Parte 1
Faíscas Voam Para Cima
O homem nasce para a tribulação como as faíscas voam para cima.
— Jó 5:7ALÉXIA
( aproveitem galera porque esse vai ser o único capítulo que Aléxia vai narrar em primeira pessoa nessa temporada)
Acordar cedo era um costume desde a minha infância, e ultimamente , fazia parte de minha suposta rotina. A 14 dias fui tirada de meu cárcere, ao menos o fechado, pensei. Fui levada ao inquisidor e ensinada a contar uma história como se fosse minha, eu ainda lembro do que tive de decorar - Sou Aléxia Graymark Herondale, filha de Amatis Graymark e Stefan Herondale, tenho 19 anos e nasci meses antes do início do ciclo, e graças ao anjo minha mãe era fiel a Raziel e pois um fim a seu casamento, fui mandada muito nova para o exterior para treinar com parentes distantes e desde a maior idade trabalho a serviço da clave em missões mais discretas. Estou em Idris novamente apenas por saudades de minha mãe vulgo Amatis - Uma mentira que desde que comecei a andar pelas ruas vem saindo amarga pela minha garganta. Sorrio , aceno e sou amável ( não quero voltar a ser presa ), eu seria uma ótima atriz.
Ainda de olhos abertos observo o teto do quarto, fico pensando, como fui aceita tão fácil nessa casa? Amatis já sabia do dito plano quando cheguei aqui. Era tão incomodo o quanto ela era submissa. Tenho a chamado de mãe como me foi instruído, era fácil acreditar que éramos parentes , tínhamos os mesmos olhos, a mesma pele pálida, principalmente depois de ter escurecido os tons de meu cabelo para um loiro mais dourado na intenção de imita-la.
Minha rotina era simples, ela se revezava entre treinar e estudar. Não havia como se esquecer ou enganar.
Levantei a contragosto e fui a caminho do banheiro para um banho rápido, acabei e me enrolei na toalha logo voltando para meu novo e pequeno quarto, vou em direção ao armário e estudo minhas novas roupas por um momento, ainda haviam roupas e sapatos nas sacolas, realmente exagerei, acho que comprei toda a loja. Mais o que eu podia fazer? Metade das roupas de minha mochila tinham sido dadas como mundanas e recolidas por alguem .
Fui em direção a minha mochila e peguei uma das roupas que usava para a academia quando morava com Ana. Um top, um short de malha, tênis.
Ja vestida volto para minha mochila e pego minha maleta de maquiagem, volto para a minha simples penteadeira , sento e me olho no espelho, cabelos úmidos, olheiras e ematomas, meu corpo ainda não tinha se recuperado e minhas mãos e pés eram rodeados por finas cicatrizes, que nenhuma runa havia sido capaz de apagar. Com um suspiro pego minha base e começo a esconder todas as recentes imperfeições de meu rosto, braço e pescoço atrás das camadas de maquiagem. Acho que acabei com meu fixador pra poder sustentar tudo.
Saio do quarto já apresentável e pego a chave reserva na mesinha.
- mãe ? - chamo da porta de seu quarto e a ouço resmunga- já vou.
O dia ainda não amanheceu e orvalho do vento ainda úmido envolve meu corpo. Os relógios que conheço não funcionan aqui, mais eu facilmente poderia jutar que faltam uma hora e meia para amanhecer e duas horas para o treinamento com Roberto e Marina.
Começei a correr pelas ruas de cascalho que ladeavam algumas casas mais distantes , um minuto , 30 minutos depois parei para beber a água que trouxe ainda me sentindo observada, é claro que sabia que estavam me vigiando, quem era o maluco que deixaria uma estranha vagar sozinha para que ela fugisse - como se isso fosse possível - Pensei , até parece que tenho outro lugar pra ir. Devolvi a garrafinha para o pequeno suporte e em minha coxa e me virei para recomeçar a correr , trombei com alguem mais não cai pos um braço seu me segurava. Um garoto, deve ser pouco mais novo que eu, pálido em contraste com seus cabelos e olhos negros, seus olhos... perturbadores.... profundos...nao tinha como não olha-los..eu não conseguia desviar meus olhos dele - era perfeito - me afasto dele levemente contra a minha vontade, e mesmo assim, não paro de olha-lo.
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Filha de Valentine
Fiksi Penggemar-Você não sabe nada sobre mim -Sei sim -não, não sabe Porque nessa história nada é o que parece.