PASSADO

291 22 0
                                    

Sandy & Junior - Encanto 



Anahí olhava-se no espelho e sorria contente com o que via. Tudo estava certo, não é? Christopher estava com Dulce, e esqueceria dela. Analu dormia tranquila, ela provavelmente não daria trabalho, tão pequena, a única coisa que ela queria fazer era dormir.
Aquela seria sua despedida, sua despedida com o seu amor.




Ela beijou a testa da sua menina e saiu do quarto sem fazer barulho. Ela segurava os sapatos e a bolsa nas mãos e saia nas pontas dos pés da casa. Saiu por uma passagem onde nenhum dos empregados pudessem ver.


Assim que ela se viu distante daquela casa, Annie colocou os sapatos de salto e saiu correndo para o taxi que a esperava.


Ela indicou o endereço que o taxista deveria cheguei, e então logo ela estava a caminho da casa de Alfonso.

Assim que o carro pegava ainda mais distancia da casa de Uckermann, a chuva começava a surgir.




E ela sorriu, sorriu por que ela tinha certeza que aquela noite seria memorável, seria perfeita.



Mas, um quarteirão antes da casa de Alfonso, havia um engarrafamento. E Anahí não podia esperar, ela não queria esperar.



Taxista pegando o dinheiro: Mas, senhora a chuva...


Annie: Eu não posso esperar. Obrigada.


Anahí saiu correndo, ou pelo menos tentou sair correndo, trombando nas pessoas que andavam correndo para suas casas, embaixo de seus guarda-chuvas. Ela não se importava que a chuva lhe molhasse, dificultando um pouco para que ela pudesse andar. Na metade do caminho, ela tirou as sandálias e correu ainda mais.


Nem a chuva, nem o transito e muito menos aquele sapato iria impedir que Annie chegasse em seu destino.

Nada e ninguém impediria que ela se encontrasse com ele. Uma ultima vez.


Quando ela chegou ao edifício que Alfonso morava, o porteiro nem pensou duas vezes, ele abriu o portão e ela entrou, colocando de volta o sapato e mais uma vez correndo.


O elevador parou no andar que era o apartamento de Alfonso. Anahí bateu a campainha e esperou. Pela primeira vez ela tomou um pouco de ar e se acalmou. Mesmo que todos os nervos dela estivessem arruinados.


Não passou nem cinco segundos, e Anahí já estava batendo novamente a campainha. E dessa vez, bem dessa vez a porta se abriu, e ela se jogou nos braços daquele homem que ela tanto amava, que estava sem camisa e com cara de sono.

Ele surpreso, quase caiu, mas se manteve e segurou ela, correspondendo ao beijo como se devia.


Poncho ofegante: Annie, o que você...


Annie olhou para ele e o interrompeu: Não diga nada. Eu só preciso que você me ame. Que fique comigo essa noite sem se preocupar com mais nada, apenas eu e você!


Poncho pegou ela no colo: Eu irei ama-la sempre. E primeiro, você precisa se secar.


Assim que Poncho colocou Annie no chão, ela não esperou que ele buscasse qualquer coisa. Tirou o vestido e o abraçou, Alfonso ficou surpreso novamente. Mas, assim como da primeira vez, ele se rendeu.


A chuva batia nas janelas do apartamento, e eles não ouviam. A única coisa que ele ouviam eram os sussurros de amor. As promessas, e o adeus em silencio.


Se eu pudesse libertar

A luz que existe em seu olhar
Do frio dessa solidão sem fim
Se alguém pudesse adivinhar
O que fazer, o que falar
Um encanto pra fazer o amor surgir
Trazer você de vez pra mim

.


Anahí deitou no peito nu de Alfonso. O coração dele batia descompassadamente e a chuva lá fora, estava cada vez mais forte. Ele passou a mão nas costas dela, e notou que o cabelo dela estava muito molhado.


Poncho olhou pra ela: Que tal tomar um banho antes que adoeça?


Annie sorriu: Vem comigo?


Poncho sorrindo: É claro que eu vou!


E ele realmente foi, pegando ela em seus braços eles foram para o banheiro, mas antes tivessem tomado apenas um banho, Anahí não queria perder um segundo se quer que estivesse com ele. Eles se amavam novamente. E mesmo que tudo estivesse incrivelmente perfeito, Alfonso tinha um pé atrás, tentando entender por que sentia um aperto em seu peito.


Depois do banho, eles não quiseram comer, eles não quiseram conversar. A única coisa que eles queriam era ficar juntos, e mesmo sem fazer depois, os dois ficaram se encarando, um de frente para o outro, deitados na cama, e se acariciavam, ternamente.


Alfonso sorriu e beijou ela, ela correspondeu, se segurando para não chorar. Depois ela se encostou ao peito dele, onde se sentia incrivelmente segura e adormeceu.


Trazer você de vez pra mim

O tempo vai passar
E eu sei pra sempre vou levar
O seu amor por onde eu for
Você nasceu pra mim
Só pra mim
Vem pra mim
Vem pro meu coração
.


Na manha seguinte, ela acordou e viu o sol quente do lado de fora, ela se soltou dele e se vestiu. Pegou um papel e escreveu.


Eu vou guardar o meu amor

Eternamente pra você
Um dia eu sei que vai olhar pra mim
Então enfim vou ser feliz


Adeus Alfonso.



O tempo vai passar

E eu sei pra sempre vou levar
O seu amor por onde eu for
Eu sei você nasceu pra mim
Só pra mim
Então vem pra mim
Vem pro meu coração

Ainda Gosto delaOnde histórias criam vida. Descubra agora