* Capítulo 1 *

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O meu nome é Maria Francisca tenho 21 anos, estou no ultimo ano da licenciatura em gestão de empresas no Ismai e vivo na invicta. Sou autêntica menina do papa, tudo o que quero eu consigo, sou arrogante, tenho mau feitio, não sou de dar confiança à primeira pessoa que me aparece à frente, sou super bem-disposta e adoro viajar.

Estou em plena época de exames para terminar esta luta que foi a minha licenciatura. Tanto eu como os meus colegas andamos stressados para concluir tudo e ao contrário de mim eles adoram fazer noitadas de estudo.

- Kika, não me vais dizer que vais sair outra vez esta noite? – perguntou-me a Cristiana com aquele olhar desaprovador enquanto eu arrumava as minhas coisas – amanhã às nove tens exame!

- Já não passei a semana a estudar? Até parece que é uma saída que me vai fazer esquecer tudo

- Tu é que sabes depois não chores

- Aviso registado – peguei nas minhas coisas – ainda ficas? - acenou que sim, dei-lhe um beijo na testa – bom estudo – virei costas

- Juízo – gritou ela e de imediato o pessoal da biblioteca mandou-a calar

A Cristiana é uma das minhas amigas de infância, andamos sempre juntas na escola e ao entrar na faculdade não foi exceção. Apesar de ela estar em ciências da comunicação conseguimos conciliar os horários e estar sempre juntas. Ela conhece-me como ninguém e basta um olhar para saber exatamente o que ambas pensamos, até se torna irritante.

Quando cheguei ao meu boguinhas, o meu audi a3, mandei os apontamentos e a mala para o porta-bagagens, ficando só com o telemóvel e chaves na mão. Mandei mensagem à Benedita, a minha companheira de loucuras, outra amiga de infância.

Para: Beni <3

Miga, às 20h30 passo em tua casa, pode ser? O meu pai leva-nos 😊

De: Beni <3

Miga, está ótimo. Assim dá tempo para tomar banho e arranjar-me 😊 tu és danada, estás mesmo numa de apanhar a real ahahahah

- eu avisei-te amiga 😊

Guardei o telefone, pus-me a mexer daquela universidade e fui para casa arranjar-me. Estacionei o carro na garagem, já que hoje não vou precisar dele, entrei em casa e vi logo os meus irmãos sentados no chão da sala com um monte de livros. O Martim e a Pia têm 16 anos, são gémeos e têm uma energia que não se aguenta.

- Mia, podes ajudar-me? – questionou-me a pequena

- Em que? – pousei a mala no sofá e fui ter com eles

- Neste exercício de física – revirei logo os olhos pois nunca fui grande coisa nessa matéria

- Sabes que nunca tive isto mas vou tentar, deixa-me ver – peguei no livro, li o exercício e ao fim de alguns minutos acho que consegui perceber e explicar-lhe – entenderam?

- Eu não te disse que era assim? – resmungou o Martim

- Mas podia ser como eu tinha dito – respondeu-lhe a Pia

- Se vão discutir, deixo-vos sozinhos e vou para o meu quarto – virei costas e sai dali. Já não tenho paciência para discussões de adolescentes ainda por cima por coisas estúpidas.

Subi as escadas, fui para o meu quarto, abri o armário para escolher o que vestir, peguei na toalha e fui tomar banho. Depois de uns belos minutos debaixo de água, ouvindo música, lá sai e arranjei-me. Como ainda tinha tempo, deitei-me na cama dando uma espreitadela nas redes sociais.

Como tinha combinado às 20h30 estava em casa da Benedita que já estava a porta de casa à minha espera. O meu pai deixou-nos no restaurante e foi a vida dele.

- Hoje não me vais deixar alone outra vez, pois não? – perguntou a minha amiga quando já estávamos a terminar de jantar

- Eu não tenho culpa de haver tantos rapazes giros e tu podias aproveitar os amigos deles, também são uns borrachos

- Mas eu não sou assim tu sabes

- Podias aproveitar mais um pouco a vida, é só a minha opinião

- Há outras maneiras, já te disse isso – bebeu um pouco de sangria – um dia vais apanhar um gajo difícil e quero ver o que vais fazer

- Eu consigo sempre o que quero, Beni

- Adorava que esta noite não conseguisses só para calar esse ego – riu-se e eu revirei os olhos

- Sempre contra mim, vou começar a ir para a noite sozinha

- Nada disso, sabes que serei a tua fiel companheira – piscou o olho, pegando no copo para fazermos um brinde

Continuamos a conversar enquanto fazemos tempo para depois irmos para o bar. Fomos então curtir um bocadinho, depois da sangria no restaurante, foram os shots do bar e umas quantas bebidas. Estávamos a dançar quando avistei o típico rapaz que eu adoro curtir: alto, moreno, cabelo aparadinho, musculado, tatuado e bem vestido. Deitei o toque a minha amiga que olhou logo.

- Aquele borracho não me escapa – pisquei o olho, bebi um pouco da minha bebida

- O amigo é tão giro – olhei e confirmava-se

- Queres o amigo?

- Não me importava nada de o conhecer

- Então aguardar aqui – virei costas

- O que é que... - deixei de ouvir quando me afastei graças à musica super alta. Aproximei-me do rapaz que sorriu e segredei-lhe ao ouvido

- Estás a ver ali a minha amiga – apontei com o olhar e ele acenou que sim – ela acabou de perder o namorado e precisa de companhia – voltou a olhar para ele e sorriram um para o outro

- Como se chama?

- Benedita – mal respondi, virou-me costas, deixando-me sozinha com o rapaz mais giro daquela festa

- O que se passou aqui? – perguntou-me ele

- Acabei de ficar pendurada pela minha amiga – apontei com um ar pouco triste para os outros dois que já estavam a falar

- Se quiseres podes ficar connosco, não mordemos – sorriu

- Não quero incomodar

- Nada disso, além do mais precisamos de uma carinha bonita no meio de tantos gajos – ri-me

Começamos a falar, ele pagou-me algumas bebidas, quando dei por mim já estávamos a dançar bem agarradinhos e a minha amiga também com o outro tipo. A noite desenrolou-se, beijo puxa beijo, caricia puxa caricia até que ele me convidou para ir para casa dele. Óbvio que aceitei, a noite estava a ser demasiado boa. Antes de sair, tentei avistar a minha amiga e não havia sinais dela. Peguei no telefone e tinha uma mensagem dela.

De: Beni <3

- miga, fui com o Pipo 😊

Ri-me, guardei o telefone sem sequer responder, ainda interrompia alguma coisa. Dei a mão ao Rui e bazei dali. Em dez minutos chegamos a casa dele, ainda não tínhamos entrado no apartamento e eu já não tinha camisola. As coisas no elevador aqueceram e rapidamente fomos parar à cama dele. Adormecemos quando o cansaço se apoderou dos nossos corpos. 

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aqui está o primeiro.

o que acharam?

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