* Capítulo 29 *

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(Alexa)

Trabalhar no centro comercial em épocas festivas é horrível, as pessoas desarrumam tudo, não há piedade pelos funcionários e andam todos stressados. Agora que o natal e a passagem de ano terminaram, os saldos vão começar, vai ser a correria pela troca de prendas e encontrar coisas boas e baratas. ODEIO esta fase do ano!!!! O que vale é que vou uns dias de férias, vou fugir desta gente toda.

- Alexa, podes ir ao armazém buscar a caixa que chegou ontem? – perguntou a minha gerente

- Posso – virei costas, fui buscar o que me tinha pedido – aqui está – a dor no estômago tinha voltado e automaticamente agarrei-me à barriga

- Está tudo bem?

- Acho que não, abusei de mais das rabanadas e aletria

- Para o próximo ano, já sei que não te posso dar folga no dia um de janeiro. Abusaste no álcool  também – fez-me uma careta

- Por acaso não, eu e o Kiko só bebemos o champanhe quando soou a meia noite.

- Depois tiveram muito ocupados foi? – rimo-nos

- Temos que aproveitar o tempo juntos – pisquei o olho

O resto do turno passou normalmente, fui a voar para casa para fazer a mala pois amanhã bem cedo rumava à cidade Invicta. Vou ficar em casa da Francisca, vamos aproveitar para passear, conversar, divertir e também para eu estar com o Francisco Augusto.

No final da semana, eu, Kika, Benedita e a Cristiana fomos todas sair à noite sem rapazes, ladys night. Jantamos no Restaurante Eusébios, em Vila do Conde, uma bela francesinha acompanhado de uma excelente sangria. Era tão boa que ao fim do segundo copo parecia que já tinha bebido uns dez e não podia beber mais porque ficou combinado que eu é que iria conduzir pois ainda andava mal do estômago. Após o jantar fomos até ao forte de São João dançar um bocadinho, eu fiquei-me pela água mas as outras meninas foi shot e mais shot, bebidas brancas atrás de bebidas brancas.

- Hoje não podes engatar ninguém – comentou a Beni para a Kika

- Leva-lo para a cama não mas posso ganhar bebidas de borla – piscou o olho

- Tu não vais fazer isso – respondi de imediato, sendo a única sóbria do sitio

- Então observa – um rapaz moreno não tirava os olhos da minha amiga, ela ia aproveitar isso, foi ter com ele, sussurrou-lhe qualquer cena ao ouvido, segundos depois estavam a pedir qualquer coisa ao senhor do bar e foram para a pista dançar. Eu e as outras duas ficamos de olho para ver se ela não fazia nada que depois se viesse arrepender – este é o Marcelo – voltou para a nossa beira com o rapaz

- Olá Marcelo – respondemos em coro

- Olá – disse a medo

- É o Marcelo que nos vai pagar uma rodada? – perguntou logo a Cristiana colocando o braço dela à volta dos ombros dele

- Querem o que? Shots? – acenaram que sim – 5?

- Eu não bebo, alguém tem que conduzir – respondi

- Eu bebo o dela – repostou a Kika

- Pede só 4 por favor – ele foi ao balcão, trouxe os quatro shots, beberam, conversamos mais um pouco e ele foi à vida dele – tu és doida Maria Francisca

- Também te amo amiga – abraçou-me e eu retribui

Dançamos até ao amanhecer, até nos doer os pés. Ficamos em casa da Cris a dormir, onde os rapazes depois do almoço vinham ter connosco.

- Devo dizer bom dia? – questionou o Chico assim que lhes abro a porta

- Sim, ainda é de dia – agarrei-o pelo casaco e dei-lhe um beijo em frente aos outros rapazes

- Acho que estamos a mais – comentou o Graça , entraram, deixando-nos ali

- Isso era tudo saudades minhas? – perguntou o meu moreno, aproximando ainda mais os nossos corpos

- Sim – dei-lhe a mão e levei-o para o "meu" quarto

- A malta está na sala – trancou a porta

- Não vão interromper – mordi o lábio e num instante tinha as mãos dele à volta da minha cintura e os nossos lábios colados. Tinha saudades de ter aquele corpo para mim, de sentir a respiração dele bem forte, de sentir o carinho e o conforto nos braços dele. Tinha o desejo enorme de ser dele por mais uma vez, de sentir a nossa paixão no meio dos lençóis. Desta vez foi mágico, deixamo-nos levar por esse desejo, pelo sentimento que a cada dia que passa fica mais fortalecido. Experimentamos coisas que não imaginava fazer tendo os amigos em casa, acho que isso tornou o momento mais picante, o desejo mais apetecível. Foi até o cansaço se apoderar dos nossos corpos, adormecemos.

- Alexa? Chico? – ouvi a baterem à porta, abri os olhos e tinha o moreno sereno agarrado a mim. Voltaram a bater à porta – adormeceram queres ver – levantei-me e abri a porta, estava a Kika e o João – estavam a dormir? – perguntou a minha amiga

- Sim – esfreguei os olhos – o que querem?

- Queremos ir comer, lanchar, jantar

- São que horas?

- Seis e meia – regalei os olhos

- Já?

- Ya – respondeu o Salazar – tu e o Chiquinho nem deram pelas horas passar

- Dá-nos quinze minutos e vamos ter convosco à sala

- Não se percam no banho – minha amiga dá um tabefe no namorado, viraram costas, fechei a porta

- Francisco Augusto, acorda! – gritei e ele sobressaltou

- Ah? O que é que eu fiz? – espreguiçou-se

- Temos 15 minutos para estar prontos, está tudo à nossa espera – peguei na toalha – vou tomar banho

- Vou contigo – levantou-se tipo zombie e veio atrás de mim

- Não sei se tenho toalha para ti

- Uso a tua – deu-me um beijo no pescoço

Tomamos um banho bem rápido, arranjamo-nos e fomos ter com o resto da malta que resmungaram logo quando nos viram a entrar na sala. Após alguns minutos a tentar decidir onde iríamos, encontramos um local que fosse unânime. 

Perdidos no MomentoOnde histórias criam vida. Descubra agora