* Capítulo 7 *

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Passamos mais dois dias em Barranquilla e fomos para Cartagena, onde vamos ficar os últimos quatro dias da viagem. No dia que aqui chegamos fomos até à Isla del Encanto, um sitio longe da cidade, um lugar para relaxar, passamos a noite no hotel de lá. Na manhã seguimos e fomos conhecer a cidade. Ao fim do dia, fomos até Baluarte de Santo domingo onde dizem que que se vê um por-do-sol magnifico. Lá tem um café e sentamo-nos numa mesa, uma vez que ainda era cedo.

- Olá – ouvi aquela voz portuguesa atrás de mim e olhei de imediato

- O que fazes aqui?

- Vim ver o pôr-do-sol, deduzo que tu também – respondeu o João

- Olá – cumprimentei os amigos que estavam atrás dele – podem se juntar a nós

- A sério? – acenei que sim e eles puxaram as cadeiras

- Cláudio, este é o João, aquele que me ajudou no outro dia, e estes são – soltei uma gargalhada – desculpem, mas não sei os vossos nomes – eles riram-se

- Também me chamo Cláudio – apresentou-se o mais moreno

- Eu sou o Pedro – disse o outro

- Cláudio e Ricardo – apontei para os meus amigos – João, Cláudio e Pedro – apontando para os rapazes que estavam na minha esquerda – e eu sou a Francisca

- Não sabia que também vinhas para Cartagena – comentou o João

- Chegamos ontem aqui, mas estivemos na ilha do encanto

- Nós fomos a ilha Barú – continuamos a conversar, enquanto bebíamos cocktails, cervejas e petiscávamos.

Já estávamos todos bem animadinhos, até o Ricardo que não gosta muito de beber, ele é o travão do meu Cláudio, estava. Começou tudo a levantar-se para tirar fotos àquela beleza da natureza, junto a beira da muralha via-se melhor.

- Vamos ver para ali – disse o João, agarrando-me na mão e eu segui atrás dele juntamente com os outros gajos

Tiramos imensas fotos, o casal quis imensas selfies e que eu lhes tirasse fotos. Voltamos para a nossa mesa, bebemos mais uns copos, o ambiente estava mesmo bom e no meio daquilo tive uma ideia louca.

- Alinhas? – perguntei ao ouvido do português

- Ah?

- Sim ou não? – acenou que sim mas meio a medo – então vamos – levantei-me, peguei na carteira – dei um beijo na testa dos meus amigos – até amanhã – o outro despediu-se dos amigos que se riam

- Louca – gritou o meu Cláudio

- Onde vamos? – perguntou o João que seguia ao meu lado

- Não sei, apetece-me ir para uma ilha e passar a noite a ver as estrelas

- Mas a esta hora não devemos ter lanchas

- Havemos de arranjar – vim uma loja aberta ali na rua, entramos para perguntar se sabia a que horas era a ultima lancha, ela disse que tínhamos dez minutos para chegar ao porto de embarque, agradecemos e saímos dali a correr.

Eu não sei onde fui buscar forças para correr sem parar, ele é normal que é atleta, mas eu não, que não pratico qualquer desporto. O que realmente interessa é que chegamos bem na hora que o homem ia partir. Em uma hora chegamos à Isla del Pirata, como já era de noite só se via as luzinhas das cabanas, seguimos os restantes turistas até à receção do hotel, como é uma ilha privada tínhamos que informar da nossa chegada.

- Buenas noches – disse a rececionista

- Buenas – sorrimos

- Já têm reserva? – acenamos que não – deixe-me ver o que temos – lá viu no pc o que tinha disponível para uma noite, fizemos o check-in e o colega levou-nos até à "nossa" casa

- Tenham uma boa estadia – desejou o empregado

- Muchas gracias – agradeci, ele fechou a porta e eu saltei para a cama – é fofinha

- És sempre assim tão maluca? – perguntou-me o João enquanto se sentava na poltrona

- Só dia sim, dia sim – rimo-nos, levantei-me – vamos?

- Para onde?

- Ver as estrelas, já não te lembras?

- Ah sim, vamos – levantou o cu e saímos dali

Passamos primeiro no bar do hotel, que estava cheio, sentamo-nos numa mesinha a beber, a música começou a agradar e levantei-me para dançar convidando-o.

- Não sei dançar

- Claro que sabes, anda lá – puxei-o por uma mão e fomos para a pista

Foi bebida atrás de bebida, dança atrás de dança, muitas gargalhadas. Quando os pés já doíam, fomos caminhando até à zona da praia, que àquela hora estava vazia e sentamo-nos no areal.

- Porque é que me odiavas? – questionou-me

- Eu não te odiava, simplesmente não ia à bola com a tua cara

- Mas eu nunca te fiz mal

- O teu discurso irritava-me e aquele teu comentário tirou-me do sério

- Desculpa – pegou na minha mão e deu-lhe um pequeno beijo – posso fazer uma pergunta?

- Podes, posso é não responder – deitei-me de barriga para cima e ele deitou-se ao meu lado

- Porque é que adoras engatar rapazes? – fazendo o gesto de aspas na palavra engatar - Tu tens tudo para ter um rapaz só

- Prefiro não falar nisso, por favor

- Ok respeito – olhei para ele, sorri, ele virou-se de lado, colocou a mão na minha cara – já te disse que és mesmo bonita? – senti as minhas bochechas aquecer e soltei uma gargalhada

- Não digas asneiras, João Pedro

- Eu só disse a verdade, tens uns olhos pequeninos mas tão brilhantes – ri-me – o que foi?

- Estou adorar o teu engate – ele corou – o que vem a seguir? – deitei-me de lado virada para ele

- Posso fazer o que me apetece?

- Depende

- Um beijinho – encolhi os ombros, de imediato senti o calor dos lábios dele junto aos meus, retribui sem qualquer problema, sinceramente acho que naquele momento o álcool estava a falar mais alto para ambos. No final do beijo, sorrimos – desculpa – sentou-se

- Desculpa de que? – sentei-me também – até gostei – pisquei o olho, ele soltou uma gargalhada e voltou a beijar-me, um kiss mais intenso.

Beijo trouxe beijo, toque puxa toque e o ambiente começou a ficar bem caliente para não corrermos riscos fomos para a cabana. 

Perdidos no MomentoOnde histórias criam vida. Descubra agora