Passamos mais dois dias em Barranquilla e fomos para Cartagena, onde vamos ficar os últimos quatro dias da viagem. No dia que aqui chegamos fomos até à Isla del Encanto, um sitio longe da cidade, um lugar para relaxar, passamos a noite no hotel de lá. Na manhã seguimos e fomos conhecer a cidade. Ao fim do dia, fomos até Baluarte de Santo domingo onde dizem que que se vê um por-do-sol magnifico. Lá tem um café e sentamo-nos numa mesa, uma vez que ainda era cedo.
- Olá – ouvi aquela voz portuguesa atrás de mim e olhei de imediato
- O que fazes aqui?
- Vim ver o pôr-do-sol, deduzo que tu também – respondeu o João
- Olá – cumprimentei os amigos que estavam atrás dele – podem se juntar a nós
- A sério? – acenei que sim e eles puxaram as cadeiras
- Cláudio, este é o João, aquele que me ajudou no outro dia, e estes são – soltei uma gargalhada – desculpem, mas não sei os vossos nomes – eles riram-se
- Também me chamo Cláudio – apresentou-se o mais moreno
- Eu sou o Pedro – disse o outro
- Cláudio e Ricardo – apontei para os meus amigos – João, Cláudio e Pedro – apontando para os rapazes que estavam na minha esquerda – e eu sou a Francisca
- Não sabia que também vinhas para Cartagena – comentou o João
- Chegamos ontem aqui, mas estivemos na ilha do encanto
- Nós fomos a ilha Barú – continuamos a conversar, enquanto bebíamos cocktails, cervejas e petiscávamos.
Já estávamos todos bem animadinhos, até o Ricardo que não gosta muito de beber, ele é o travão do meu Cláudio, estava. Começou tudo a levantar-se para tirar fotos àquela beleza da natureza, junto a beira da muralha via-se melhor.
- Vamos ver para ali – disse o João, agarrando-me na mão e eu segui atrás dele juntamente com os outros gajos
Tiramos imensas fotos, o casal quis imensas selfies e que eu lhes tirasse fotos. Voltamos para a nossa mesa, bebemos mais uns copos, o ambiente estava mesmo bom e no meio daquilo tive uma ideia louca.
- Alinhas? – perguntei ao ouvido do português
- Ah?
- Sim ou não? – acenou que sim mas meio a medo – então vamos – levantei-me, peguei na carteira – dei um beijo na testa dos meus amigos – até amanhã – o outro despediu-se dos amigos que se riam
- Louca – gritou o meu Cláudio
- Onde vamos? – perguntou o João que seguia ao meu lado
- Não sei, apetece-me ir para uma ilha e passar a noite a ver as estrelas
- Mas a esta hora não devemos ter lanchas
- Havemos de arranjar – vim uma loja aberta ali na rua, entramos para perguntar se sabia a que horas era a ultima lancha, ela disse que tínhamos dez minutos para chegar ao porto de embarque, agradecemos e saímos dali a correr.
Eu não sei onde fui buscar forças para correr sem parar, ele é normal que é atleta, mas eu não, que não pratico qualquer desporto. O que realmente interessa é que chegamos bem na hora que o homem ia partir. Em uma hora chegamos à Isla del Pirata, como já era de noite só se via as luzinhas das cabanas, seguimos os restantes turistas até à receção do hotel, como é uma ilha privada tínhamos que informar da nossa chegada.
- Buenas noches – disse a rececionista
- Buenas – sorrimos
- Já têm reserva? – acenamos que não – deixe-me ver o que temos – lá viu no pc o que tinha disponível para uma noite, fizemos o check-in e o colega levou-nos até à "nossa" casa
- Tenham uma boa estadia – desejou o empregado
- Muchas gracias – agradeci, ele fechou a porta e eu saltei para a cama – é fofinha
- És sempre assim tão maluca? – perguntou-me o João enquanto se sentava na poltrona
- Só dia sim, dia sim – rimo-nos, levantei-me – vamos?
- Para onde?
- Ver as estrelas, já não te lembras?
- Ah sim, vamos – levantou o cu e saímos dali
Passamos primeiro no bar do hotel, que estava cheio, sentamo-nos numa mesinha a beber, a música começou a agradar e levantei-me para dançar convidando-o.
- Não sei dançar
- Claro que sabes, anda lá – puxei-o por uma mão e fomos para a pista
Foi bebida atrás de bebida, dança atrás de dança, muitas gargalhadas. Quando os pés já doíam, fomos caminhando até à zona da praia, que àquela hora estava vazia e sentamo-nos no areal.
- Porque é que me odiavas? – questionou-me
- Eu não te odiava, simplesmente não ia à bola com a tua cara
- Mas eu nunca te fiz mal
- O teu discurso irritava-me e aquele teu comentário tirou-me do sério
- Desculpa – pegou na minha mão e deu-lhe um pequeno beijo – posso fazer uma pergunta?
- Podes, posso é não responder – deitei-me de barriga para cima e ele deitou-se ao meu lado
- Porque é que adoras engatar rapazes? – fazendo o gesto de aspas na palavra engatar - Tu tens tudo para ter um rapaz só
- Prefiro não falar nisso, por favor
- Ok respeito – olhei para ele, sorri, ele virou-se de lado, colocou a mão na minha cara – já te disse que és mesmo bonita? – senti as minhas bochechas aquecer e soltei uma gargalhada
- Não digas asneiras, João Pedro
- Eu só disse a verdade, tens uns olhos pequeninos mas tão brilhantes – ri-me – o que foi?
- Estou adorar o teu engate – ele corou – o que vem a seguir? – deitei-me de lado virada para ele
- Posso fazer o que me apetece?
- Depende
- Um beijinho – encolhi os ombros, de imediato senti o calor dos lábios dele junto aos meus, retribui sem qualquer problema, sinceramente acho que naquele momento o álcool estava a falar mais alto para ambos. No final do beijo, sorrimos – desculpa – sentou-se
- Desculpa de que? – sentei-me também – até gostei – pisquei o olho, ele soltou uma gargalhada e voltou a beijar-me, um kiss mais intenso.
Beijo trouxe beijo, toque puxa toque e o ambiente começou a ficar bem caliente para não corrermos riscos fomos para a cabana.