* Capítulo 5 *

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Acordei com o meu telefone a tocar, abri um olho para ver quem era

- O que foi?

- A minha casa já está livre? – perguntou a Beni

- Se bem me lembro só dormi aqui eu mas posso ir ver a casa toda

- E o loiro?

- Fizemos o que tínhamos a fazer e mandei-o embora

- Tu não fizeste isso?

- Porque não? A casa não é minha

- Começo a ter pena desses rapazes

- Pena? Ele queria o mesmo que eu por isso, não há que ter pena

- Tu não mudas Maria Francisca

- Já vens para aqui ou é para ir ter contigo a algum lado?

- Eu estou aí em quinze minutos

- Ok. Xau – desliguei

Levantei-me, vesti-me e fui até à sala dar um jeito no que tinha desarrumado. A minha amiga, entretanto, tinha chegado, entreguei-lhe as chaves e fui para casa. Uns dias depois combinamos todos um café, eu fui a ultima a chegar porque ainda a tratar de umas coisas para a minha viagem à Colômbia.

- outra vez este postal – comentei com os meus botões quando vi o amigo do Bruno sentado ao seu lado, bufei logo, mas rapidamente disfarcei e exibi um sorriso – olá pessoal – não dei beijinhos a ninguém e sentei-me entre as minhas amigas

- Olha quem é ela, papa todos – comentou o João e log o fuzilei com o olhar

- Querias era que te papasse a ti, mas estás com azar não gosto de criancinhas

- Calma, Maria era só uma piadinha – este gajo estava a conseguir tirar-me do sério

- Primeiro é Francisca, segundo uma piadinha de mau gosto e terceiro deves ser um machista de primeira

- Ó malta, vamos lá acalmar os ânimos – interrompeu o Bruno

- Machista eu? Não me conheces mesmo

- Nem quero conhecer – revirei os olhos

- Agora estou curioso por saber porque me achas machista

- Bastou o teu comentário de "papa todos", tipo a chamar-me de puta porque ando a sair com quem quero e bem me apetece – fiz uma pausa – deves ser como aqueles retardados que pensam que homem que come todas é o maior garanhão e raparigas que comem todos são logo putas

- E o que é que as putas fazem? Comem tudo e mais alguma coisa

- Para tua informação, puta é mulher que vende o corpo para favores sexuais e que eu saiba não faço nada disso. Se o fizesse estava rica – olhei para a Beni e rimo-nos, parecia que já estava à espera do meu comentário egocêntrico

- Achaste mesmo boa, estou a ver

- Ficarás só pelo achar – chamei o empregado – é um sumo de laranja por favor – ignorei o outro e comecei a falar com as minhas amigas.

Uns dias depois rumei a outro continente com o meu amigo Cláudio e o seu namorado Ricardo.

Perdidos no MomentoOnde histórias criam vida. Descubra agora