* Capítulo 14 *

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Decidimos, depois do jantar, ir até a um bar aqui na zona para nos divertirmos um pouco. A noite foi passada entre o balcão das bebidas e a pista de dança com as minhas meninas. Os rapazes ficaram no canto deles, claro que de vez enquando as minhas amigas estavam um pouco com os seus mais que tudo. Quando voltamos para casa, já de manhãzinha, o João interpela-me

- Podemos falar?

- Sobre? – questionei, arqueando a sobrancelha

- Vamos lá para fora? – acenei que sim, avancei primeiro que ele, sentei-me na primeira espreguiçadeira que encontrei e ele sentou-se à minha frente

- Que queres falar comigo?

- Estás estranha desde o momento que postei aquela foto, não gostaste foi?

- Não é não gostar, simplesmente foi estranho ao final de tanto tempo ter alguém a fazer-me aquilo – desviei o olhar – isto tudo é novidade para mim

- Se preferires eu apago – sorriu

- Não é preciso – voltei a olhar para ele – eu tenho medo de te magoar, de me magoar, de nos magoar – ele aproximou-se de mim, com a mão esquerda agarrou as minhas mãos e com a outra acariciou o mesmo rosto

- Já te disse isto e repito. Não quero ser como os outros, não te vou magoar e dou-te o tempo que for preciso para que tu te sintas bem – voltou acariciar a minha bochecha – eu só quero que sejas feliz, adorava que fosse do meu lado mas se não for tudo bem, desde que o sejas – sorri e aproximei-me mais dele

- Obrigada, João – depositei um ligeiro beijo nos lábios dele, que me abraçou de imediato fazendo-me encostar às costas da espreguiçadeira e ele deitado por cima de mim

- Gosto muito de ti, Francisca – sorri e voltei a beija-lo, desta vez um beijo mais demorado, com mais sentimento

- Os meninos não vão dormir ai outra vez, pois não? – questionou o Bruno, que nos assustou

- Fodasse, que susto Bruno – resmunguei logo – já vamos para dentro

- Está bem, é só para avisar que podem usar o teu quarto – fez uma careta, peguei no meu chinelo e atirei sem acertar no alvo

- Vai ter com a tua namorada masé – ele desapareceu – vamos dormir?

- Sim – levantamo-nos, fomos para dentro

Já na sala, onde se encontrava o Pedro pronto para dormir num dos sofás e o outro pronto para o Salazar

- Boa noite Kika – disse o Pedro

- Boa noite Pedro – respondi

- Vai lá dormir, que eu também vou – disse o João, dando-me um beijo na testa

- Queres vir dormir comigo? – sussurrei ferrando o lábio inferior

- Como não aceitar essa proposta indecente? – pegou na almofada

- Poner en juego tu cuerpo si te parece prudente esta propuesta indecente – cantarolei a música

- Vocês podem-me deixar dormir? – resmungou o barbudo

- Desculpa, vamos deixar-te em paz. Dorme bem – fomos para o meu quarto

Trocamos uns beijinhos e uns miminhos antes de adormecer em conchinha. 

Perdidos no MomentoOnde histórias criam vida. Descubra agora