* Capítulo 18 *

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O jantar está a correr tranquilamente, reparei que o João ao início estava bem nervoso, só dizia sim, não ou encolhia os ombros

- Então João, o que quer fazer quando terminar os estudos? – perguntou o meu pai, o moreno olhou para mim, engoli a seco pois ainda não tinha contado que ele joga futebol

- Neste momento penso investir na minha carreira de jogador de futebol mas quando não der mais quero arranjar algo ligado à área que estou a estudar, gestão – o meu pai olhou para mim

- És jogador de futebol? Não sabia, onde jogas?

- No futebol clube do porto, na equipa B

- Estás num grande clube

- Gosta de futebol? Assim um dia destes arranjo-vos bilhetes

- Gosto mas não sou nenhum fanático. Sabes que o meu clube é o Barcelona mas aqui em Portugal tenho um fraquinho pelo Porto

- Bom gosto – riram-se - a Kika já me tinha dito que a vossa família é de Barcelona

- Sim, vim estudar para cá e aqui fiquei. Tenho saudades de ir ao Camp Nou

- Já foi ao dragão? – o papi acenou que não – então tem de lá ir, vai adorar o ambiente. Eu vou pedir lá no clube uns bilhetes para o próximo jogo

- Ó pai, leva-me contigo – disse logo o Martin

- Arranjo bilhetes para todos – sorriu o Salazar

- Já gosto de ti, cunhadinho

- Graxista – resmunguei

- Também gosto de ti, maninha – como estava ao meu lado abraçou-me

- Vais continuar muito mais tempo na equipa B? – perguntou o senhor meu pai

- Penso que não, só posso ficar mais esta época senão subir à equipa principal tenho que arranjar clube

- E já tens algo em vista?

- Sinceramente não, quero muito jogar na primeira liga mas jogar no Porto, no clube do meu coração é especial

- Também tens esta época para pensar nisso

- Exato – olhou para o relógio, virou-se para mim – está na hora

- Já? Agora que te ia raptar para o meu quarto – olhei a rir para o Lorenzo, meu pai, que não gostou nada de ouvir aquilo – estou a brincar papi

- Acho muito bem, só vão para aquele quarto de porta aberta – soltei uma gargalhada

- Claro, paizinho – olhei para o João – vamos? – acenou que sim e levantamo-nos

Despediu-se de todos, fui buscar as coisas dele ao quarto e fui com ele até ao carro. Encostou-se à porta do condutor, colocou as mãos à volta da minha cintura e não resisti em depositar um beijo nos lábios dele, que sorriu imediatamente

- Custou muito? – perguntei

- Não, os teus pais são muito porreiros mas a menina não contou que eu era jogador – fez olhar reprovador

- Se o dissesse não ias ter este jantar tão cedo, eu conheço-os e isto deixou-os preocupados

- Estou aqui para lhes mostrar que não se precisam de preocupar – sorri e abracei-o – amo-te princesa – sussurrou ao meu ouvido beijando a minha bochecha

- Tambien te amo – falei com o sotaque espanhol

- Muito internacional – rimo-nos – olha sábado vou jogar contra os mouros, não queres ir? Assim passávamos o resto do fim-de-semana para passear por Lisboa

Perdidos no MomentoOnde histórias criam vida. Descubra agora