* Capítulo 9 *

25 5 0
                                    

Voltei à duas semanas da Colômbia, durante este tempo já fui uns dias para o Algarve com a minha família, como é habitual todos os anos e tenho estado com as minhas amigas. Desde que voltei a Portugal, não me enrolei com nenhum rapaz. As minhas babys dizem que vim traumatizada daquele episódio em Barranquilla, que estou com medo que volte acontecer e acho que em parte têm razão. Hoje vamos para casa da Cristiana em Mindelo, vamos passar lá o fim-de-semana.

- Benedita, quem vai lá estar? – perguntei enquanto íamos de viagem no meu carro

- O pessoal do costume

- Isso inclui o outro?

- O João? Ele vai

- Dammit

- Ainda em guerra com ele?

- Não é isso

- Então?

- Nada, esquece

- Agora vais contar, Maria Francisca – olhei de lado para ela e revirei os olhos – escusas de bufar

- Eu conto, mas promete que não te ris

- Vou tentar

- Promete senão contínuo calada

- Prometo que não me rio – contei tudo e ela começou as gargalhadas

- Benedita!!!! – bufei

- Desculpa amiga, mas teve a sua piada. Primeiro odiavas, depois torna-se o teu salvador e acabam na mesma cama

- Vai ser super constrangedor

- Só é se tu não agires normalmente

- Eu ajo como se nada passasse, mas aposto que ele vai cobrar por eu nunca lhe ter mandado uma mensagem, nunca mais lhe ter dito nada

- Se ele te respeitar não vai fazer isso, não sofras por antecipação

- Vou tentar – continuamos a conversar durante o resto da viagem.

Estacionei o carro mesmo em frente a casa da Cris, tiramos as malas, tocamos à campainha e rapidamente nos abriram a porta. Como já era perto da hora de jantar, as ladies foram para a cozinha preparar tudo enquanto que os rapazes ficaram na sala a jogar PlayStation. Jantamos, conversamos com muita palhaçada à mistura, bebemos uns copitos, arrumamos tudo e fizemos uns jogos.

- Fiquei à espera de uma mensagem tua – sussurrou o João ao meu ouvido, sentando-se ao meu lado o que me fez pegar no copo e bebi de penalti

- Sabes que não sou de fazer isso

- Então deixa-me fazer eu esse papel – piscou o olho

- João, eu não sou boa em manter relações. Já devias ter reparado que o meu círculo de amigos é muito pequeno – apontei para o pessoal à volta da mesa

- Eu quero pertencer a esse círculo – corei – escusas de corar, o que te disse naquele quarto foi verdadeiro. Não quero ser como os outros

- Não sei se vais gostar, eu tenho um feitio difícil - olhei-o nos olhos - Sou impulsiva, digo o que penso sem filtros, sou crazy, sou muito fria, odeio tudo o que seja cliché, não sei expressar o que sinto verdadeiramente.

- Também não sou perfeito – soltei uma gargalhada

- Ninguém o é

- Então podemos tentar ser amigos? – estendeu a mão

- Podemos – apertei a mão dele

Passamos mais um bocado a conversar, o Bruno teve mais uma ideia para uns jogos onde envolvia o álcool, jogamos cartas e ainda pensamos ir ver um filme, mas já estávamos todos cansados. O João levou-me até ao quarto e quando ia embora deu-me um beijo.

 O João levou-me até ao quarto e quando ia embora deu-me um beijo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Perdidos no MomentoOnde histórias criam vida. Descubra agora