11.

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Eu – Estamos prontas.

O Cody levantou-se logo assim que ouviu a minha voz e o Jake e o Justin levantaram-se assim que o viram a levantar.

Cody – Liza, Alex, estão lindas. – Fez uma pausa e olhou para mim. – Tu não estás linda porque tu já és linda, independentemente do que uses.

Alex – Ui, a paneleirice já começa.

Cody – Desculpa? – Com certeza que no curso de português não lhe ensinaram o significado de paneleirice.

Eu – A Alex usa essa palavra quando acha as coisas demasiado lamechas. Mas não ligues, eu amei o que disseste.

Jake – Vamos? Acho que já esperamos bastante.

Eu – Oh, claro.

Saímos de casa e fomos para o carro do Cody. Não o de ontem mas outro diferente, este era num estilo mais vintage, azul claro e descapotável. Ele foi a conduzir e ele fez questão que eu me sentasse ao lado dele, à frente. Claro que eu não disse que não, isso seria um desperdício de tempo com ele. Assim sendo, a Alex, a Liza, o Jake e o Justin foram atrás.

Eu – Onde vamos?

Cody – Surpresa, hoje sou eu o teu guia. – Ele ligou o carro e entrou na estrada.

O vento começou a fazer esvoaçar os meus cabelos como se fossem livres. O Cody colocou a música que me mostrou ontem no almoço a dar no rádio e sorria a olhar para mim. Eu? Eu sorri de volta e senti-me a rapariga mais feliz do mundo. Algo me diz que hoje vai ser um bom dia.

Olhei para trás. O Justin e a Alex estavam a rir-se bastante e a Liza e o Jake conversavam também mas mais sérios. Espero bem que ela lhe esteja a pedir desculpa.

Liza P.O.V.

Eu prometi à Dacha que lhe ia pedir desculpa e vou cumprir. Além disso, ele merece mesmo as desculpas, ele não tem culpa de nada, eu vou explicar tudo.

Eu – Desculpa, eu fui muito parva.

Jake – Não tem problema.

Eu – Tem, tem mesmo. Posso explicar?

Jake – Força.

Eu – Eu vim para cá mas eu deixei lá o meu namorado. Nós tivemos um namoro muito intenso, desde os catorze anos que namoramos. Nós não somos apenas namorados, somos também melhores amigos, entendes? – Olhei para ele e ele anuiu com a cabeça. – Entre estes quatro anos eu nunca deixei de o amar, nem ele a mim. Sempre tivemos muita confiança, contávamos tudo um ao outro mas desde que eu lhe disse que vinha para cá…

Jake – O que se passou?

Eu – Nós decidimos manter a relação à distância. – Olhei bem nos olhos dele. O tom azul destes dava-lhes um ar calmo e compreensivo. – E está a matar-me. A incerteza dá cabo de mim.

Jake – Incerteza? – Ele pegou-me nas mãos e apertou-as suavemente. Confesso que nem me importei pois vejo-o como um amigo e sei que não vai acontecer nada mais. – Desconfiança?

Eu – É o facto de eu não saber. – Eu apertei-lhe um pouco mais e estranhamente, senti-me protegida. – Ele pode estar a trair-me neste momento e eu aqui na ignorância.

Jake – A vossa relação é forte, ele nunca te iria fazer uma coisa dessas.

Eu – Não sabes, nem tu nem eu, esse é o problema.

Jake – Pois não mas tens que ter confiança. Confiança é a base de uma relação. Ele algum dia te deu algum motivo para não confiares?

Eu – Não mas… – Ele não me deixou acabar.

Jake – Então respira e sorri. Vocês vão ultrapassar isto junto. – Ele largou-me as mãos e puxou-me o queixo para cima, pois eu não consegui encara-lo por muito tempo. – Nunca desistas.

Eu – Tens razão. Obrigada por me ouvires.

Natacha P.O.V.

Depois de me rir imenso com o Cody e de corar também, pois de minuto em minuto ele dizia algo romântico que me punha logo vermelha, chegamos finalmente ao primeiro destino: Empire State Building. O prédio era enorme, dava a sensação de que se estivéssemos no topo poderíamos tocar no céu. O interior estava cheio de história americana, eu fiquei a saber muito mais sobre os Estados Unidos e achei bastante interessante, principalmente quando se tem o Cody Simpson como guia. Olhando para trás víamos a Alex quase colada ao Justin e o Jake a falar muito bem com a Liza. Espero que eles se estejam a divertir tanto como eu estou.

Voltamos para o carro, agora rumo ao segundo destino, onde? O Cody não dizia, era surpresa mais uma vez.

Cody P.O.V.

Eu – Chegamos. – Parei o carro.

Ela olhou em volta, dava para ver onde estávamos com todo aquele verde.

Dacha – Central Park!

Eu – Vamos? – Saí do carro e abri-lhe a porta para ela sair.

Dacha – Claro! E obrigada cavalheiro. – Ela saiu do carro e sorriu para mim, ao que eu sorri de volta.

Eu – Isto é enorme, temos que nos despachar se ainda queremos ver mais locais.

Dacha – Tu é que me guias hoje, portanto para onde fores eu vou. – Disse ela a rir.

Os outros saíram também do carro e entramos no recinto.

Caminhamos e caminhamos, devíamos estar mais ou menos a meio do parque. Vimos muita vegetação, banquinhos, lagos, fontes, quiosques… acho que eles estão a gostar muito, principalmente a Natacha. Viemos sempre a falar muito divertidos até que eu comecei a abrandar o passo ficando um pouco para trás. É agora.

Nova Iorque, Nova Vida ➵ c•sOnde histórias criam vida. Descubra agora