Jungkook entrelaçou seus dedos aos dedos de Jimin, que retribuiu com um sorriso fraco, mas sincero.
Estavam em frente à casa de Lalisa. No fim, Jimin acabou aceitando o plano idiota de Jeon. Mesmo não gostando da loira, não queria lhe ver acabada daqui uns anos, e Jimin pensava que, um ser indefeso, não marecia passar por tudo aquilo futuramente.
Jungkook sacou a pequena chave de seu bolso, depois de ter soltado a mão do baixinho.
A noite estava com um clima bom. Não era tarde, e nem cedo; digamos que era por volta das nove horas da noite, pois esse foi o único horário em que Lalisa não estava presente em sua casa. Ventava um pouco, mas não fazia muito frio. A rua estava deserta, e as únicas fontes de luz, eram os postes.
Jimin estava receoso. Aquilo poderia dar errado, tanto quanto poderia dar certo. Mas, para zelar da vida de uma pessoa, Jimin fazia de tudo, independente da situação.
Jungkook abriu a porta, vagarosamente. Em seguida, entrelaçou seus dedos novamente aos dedos de Jimin. Não queria abandonar o baixinho por um segundo siquer.
Os dois adrentaram a casa. O lugar não era grande, mas nem pequeno, uma casa normal. As paredes estavam bem pintadas, de cores pastéis. Os móveis, aparentemente, eram novos. Estava tudo arrumado, cada coisa em seu lugar.
ㅡ Jimin-ah, você procura nos quartos e eu procuro nos armários da cozinha, tudo bem? ㅡ Jungkook perguntou e Jimin assentiu. ㅡ Não tenha medo, ninguém vai aparecer aqui, eu prometo. Se achar qualquer coisa, é só me chamar.
Jimin assentiu mais uma vez, confiante. Respirou fundo a foi à procura dos quartos, enquanto Jeon ia até a cozinha.
Ao chegar no primeiro quarto, percebeu que o mesmo era delicado e arrumado, mas, mesmo assim, Jimin estava com um pressentimento ruim.
Adentrando o mesmo, em frente a porta, uma cama de casal. A sua esquerda, um guarda-roupa espelhado, e a sua direita, um armário não muito novo.
Park, então, começou a sua missão. Procurou em baixo da cama, não achando nada, apenas as pantufas rosas de Lalisa. Procurou no guarda-roupa, tentando manter tudo bem organizado, para que a moradora não percebesse. Mais uma vez, não encontrou nada diferente.
E, então, andou até o armário que havia lhe chamado atenção.
Abriu a primeira porta, encontrando apenas vários livros empilhados, provavelmente, para estudos. Nada de diferente.
Abriu a segunda porta. Essa estava quebrada, o que dificultou Jimin, mas não desistiu. Ao conseguir, na prateleira de baixo, Jimin encontrou vários porta-retratos, e na prateleira de cima, um pequeno caderno, mais parecido com um diário.
Park, não conseguindo conter sua curiosidade, despejou os porta-retratos na cama, onde sentou-se.
Pegou o primeiro. A foto era de uma familia, sorridente. Jimin reconheceu uma pequena figura loira, que aparentemente era Lalisa quando menor. Na foto haviam quatro pessoas: uma moça jovem e morena, um rapaz com as mesmas características, um pequeno garoto, de aparentemente quatro anos, e, ao lado do mesmo, Lalisa, que sorria como nunca.
Jimin retirou a fotografia da moldura, para poder ver melhor. Era uma foto bonita, mas antiga. Virou o "papel", encontrando apenas poucas palavras, como se fosse uma mensagem de recordação. Estava escrito: "sinto falta desse dia, omma!".
Jimin observou todas as imagens, e praticamente todas eram iguais, com as mesmas mensagens atrás.
Arrumou tudo como estava antes, e pegou o caderninho da prateleira de cima.
Não tenham uma imagem ruim de Jimin. Aquilo poderia sim, ser uma pista.
Park sentou-se novamente, e começou a ler.
As primeiras páginas estavam um pouco sujas, dificultando a leitura. A partir da sétima página, Jimin comçou a sentir-se mal, muito mal, por Lalisa.
Nas páginas, a loira contava o quanto sentia falta dos pais e do irmão, que morreram em um acidente de carro. Ela dizia que, iria se arrepender e se culpar por toda sua vida, pois aquilo não era justo. "Omma, eu sinto muito. Eu deveria ter morrido em seu lugar.", era isso que dizia uma delas.
Jimin sentiu uma pontada em seu peito, mas ignorou.
Abriu na vigésima página.
Jimin arregalou os olhos e sua respiração ficou descompassada.
Jogou o diário na cama e foi atrás de Jungkook. O mesmo estava na sala, procurando por debaixo dos sofás.
ㅡ Jungkook, venha aqui! Rápido! ㅡ Jimin mandou e o moreno o seguiu.
O menor entregou o diário para o maior, que leu aquela mesma página.
E a reação foi a mesma, com toda a certeza.
ㅡ O-onde encontrou isso, Jimin? ㅡ Jungkook perguntou, nervoso, e Jimin apontou para a prateleira de cima.
Jeon abriu a porta direita daquela.
Encontrou seringas, remédios, drogas, bebidas, agulhas, lâminas e tudo mais.
ㅡ Droga, Lalisa! Merda!
Jungkook puxou a mão de Jimin para fora de casa, o qual seguiu sem reclamar.
Já dentro do carro, Jimin tomou coragem e perguntou:
ㅡ Jungkook, o que vai acontecer agora?
Jimin estava assustado, e Jungkook odiava aquela cena.
Jungkook conectou o GPS e colocou o endereço desejado.
ㅡ Vai ficar tudo bem.
Jungkook tomou partida, numa velocidade absurda.
"Eu estou indo lhe encontrar, omma. Hoje, nesta noite. Por favor, me espere".
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party ♡ jikook
Fanfictionuma festa pode ser o começo de tudo. "take it easy on my heart, even though you don't mean to hurt me. you keep tearing me apart."