Capítulo 24: Tô rindo de nervouser~

23 5 0
                                    

Capítulo 24...Tô rindo de nervouser~

P.O.V. - Lia

Eu: Bruno, socorro

Tá achando que eu não ia contar pra ele? Sabia que não ia responder naquele momento, mas não podia chegar pra outra pessoa e falar "e aí, mana, ei, nem te conto! Cê acredita que um homem armado passou bem do meu lado ainda agora? Poisé, mana, país perigoso esse, né?"

Meus dedos tremiam um pouco, digitando mais de uma vez todas as palavras.

Eu: Uma mulher tava atrás do teatro, e tinha um homem armado que passou beeem do meu lado...

→Eu:

→ Eu: to com medo, sério

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

→ Eu: to com medo, sério.... Eles já foram mas tô com medo


Liguei para a pessoa que mais me acolheria enquanto ele não estava online, minha irmã. Fui para um banheiro, verifiquei se estava sozinha (vai que, em filmes acontece), e pressionei o botãozinho de chamada mais desesperada do que imaginei que fosse ficar em uma situação de pressão na vida.

Quase uma hora depois...

Estava jogada em um luxuoso sofá no salão principal, já mais calma, enrolada como uma solitária pessoa no próprio casaco. Olhava para janela, "fazendo nada pensando em tudo", tentando imaginar o que levaria alguém a olhar para esse lugar. Poderia ser a fã louca de Bruno? Não sei, não faria sentido. Além disso, o homem disse "Senhora".

Meu celular vibrou, exibindo uma mensagem dele como notificação.

Mozão: Te encontro em 10 minutos no salão, ok?

Eu: Já estou nele.

Só quem já passou por momentos pós muito abalo assim sabe: parece que tudo está sem forma e sentido, você está dopada e o mundo é vago como a Matrix. Para mim, quanto mais pensava naquilo, mais distante, sem significado e ilusório se tornava.

-Oi... - disse Bruno, bem na minha frente, me tirando do meu devaneio. Quantos minutos já haviam se passado? Perdi a noção de tempo... - Como você está?

-Não sei... Bem, talvez?

-Não brinca com isso, amor, me explica o que aconteceu.

Perdendo um pouco o foco, só um pouco, novamente expliquei para um ser humano o que tinha ocorrido.

-Havia uma mulher lá fora... Eu saí pra pegar um ar e... - o mesmo sentimento que foi experienciado voltou, meus olhos arderam levemente, querendo chorar. Ele segurou minha mão, e não fui louca de não apertá-la de volta - Um homem armado passou do meu lado enquanto estava escondida, porque queria ver o que ela estava fazendo...

-Você também, Lia... Por que não foi embora logo?

- Não parecia nada grave, só estranho.

-Enfim... O que aconteceu depois?

-Mais nada, eles foram embora falando "ele não está à vista" ou algo assim. Ah, chamou a mulher de Senhora! Ela estava usando roupas muito estranhas, muito chamativas...

Seus olhos formaram duas pequenas linhas, aparentava estar pensando profundamente sobre o que tinha acabado de dizer.

-Não seria possível... Tenho um palpite, mas seria uma chance em mil outras razões insólitas para essa situação: talvez essa mulher seja minha madastra.

-O que?! - uou.... Uou - Como assim?

-Nós nos odiamos, ela principalmente. Tem um problema mental que só Deus sabe o que é, só sei que desde que a conheci não nos damos bem.

-Não acho que seja ela. Não faria muito sentido. Ela agora quer o que, te matar, do nada? Deus me livre... - lamentando no momento em que disse aquilo, procurei imediatamente uma madeira para bater.

-Talvez tenha razão - comovendo-me com mais um ato de afeição, passou do chão para meu lado no sofá e me aconchegou sem seu colo - Mas devia tentar não se preocupar com isso mais, tá bom? Não vai acontecer nada com você, prometo.

-E você? Não pode prometer que nada vai acontecer com você também?

-Nada vai acontecer pra nenhum de nós dois, amor. - beijou ternamente minha testa, fazendo o resto da minha fraqueza desaparecer, dando lugar a uma forte confiança, vinda da segurança que ele me fazia sentir quanto mais tempo passava com ele.

Na casa dos pais de Bruno... Pois é...

(N.A: Terceira pessoa porque sim, escrever em primeira nesse caso seria mt estranho)

Marcos, o segurança e fiel ajudante de Katherine, abriu a porta do carro, ainda franzindo a face pela preocupação. Ambos acabavam de voltar de uma longa viagem, feita somente para ver como estava o maior interesse daquela vida monótona e relativamente injustiçada da dama. Malvada, aliás.

-O senhor Yamanaka quer falar com a você, madame. - disse Amélia, a secretária do Tobias.

Ela já podia sentir que "algo de errado não estava certo", porque toda pessoa que fez/planeja alguma coisa muito ruim tem aquele famoso senso, não o comum, de saber quando a merda arquitetada/ realizada foi descoberta.

Porém, como humana superior e certa que achava que era desde o nascimento, Katherine entrou na sua casa, subiu suas escadas e bateu na porta do escritório de seu marido. Se fosse ser criticada por defender seu filho, que fosse, e não iria se desculpar.

-Entre - disse o velho, com a voz cansada de sempre. Ela entrou, não se intimidou nem um pouco, e ficou sentada na cadeira diretamente em frente a ele.

-O que queria falar comigo?

-Você sabe muito bem, Katherine... Você anda pagando para ameaçar meu filho?

"Espera, como ele descobriu isso?" Era o que devia estar se passando em sua mente calculista. Isso era assunto confidencial, só descobririam se o governo estivessem querendo fuxicar sua vida, o que esperava ela não ser o caso.

-Como... ?

-Acha que eu não ia perceber as coisas que faz dentro da minha própria casa, na minha presença? - inesperadamente, o calmo senhor Tobias passou para uma imagem bem mais violenta. Ela, porém, continuou sem de intimidar, estava ficando tão irritada quanto.

-Eu faço isso pro bem do meu filho! Pro nosso bem! Você nem sequer olha para ele, não ligou quando estava doente ou em nenhuma outra vez, só se importa com Bruno! Por que o expulsou se não ia me dar atenção de qualquer jeito? Por que casou comigo quando ainda ama sua ex-mulher?! - seus gritos foram definitivamente ouvidos por toda a casa, ela era, na maioria das vezes, uma mulher de classe, mas quando não era... - Não me acuse nem me julgue por fazer o que fiz, e saiba que não vou parar.

Rosnando para seu marido, saiu da sala, com a cabeça empinada de orgulho e razão, e foi para seu quarto ligar para sua informante.

Agora que não tinha o que esconder mais, não hesitaria em começar seu plano de uma vez por todas.








N.A: perdão se o capítulo foi pequeno, mas é assim que é feita a vida, né non?

NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR

Dedicado para DayanePatricia9 e nanda271202

𝔻𝕣𝕖𝕒𝕞 𝕆𝕟Onde histórias criam vida. Descubra agora