Capítulo 26: Verdade ou desafio

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Capítulo​ 26...Verdade ou desafio

P.O.V. - Lia

Meus cabelos molhados pioravam o frio, sentido até no osso, mas não importava muito. Logo eu estaria fora daqui, indo para onde? Para casa de Bruno.

SEM más intenções.

"Me engana que eu gosto" - diabinho falou.

"Lia, não se esqueça! Primeira vez é um momento especial..." - anjinha.

"Tá morfando por dentro, garota, se atira logo"- diabinho.

"Que mal educado! Não se fala assim com uma dama"- anjinha.

"É A LIA" -diabinho.

Balancei a cabeça tentando parar de pensar neles. Que irritante.

Enfim, não perdendo a linha de raciocínio, eu não estou indo para uma arapuca não, vou lá para ser bastante confortada por ele.

"É, ele vai bem te mostrar o calibre do conforto" -diabinho sussurrou no fundo da minha mente. Gente, sério, eu não sou louca, vão me dizer que vocês também não pensam umas merdas que assustam a vocês mesmos?

Bom, ainda há pouco tive uma pequena crise sentimental e, vocês sabem no que deu. Resolvemos, não como desejávamos, mas resolvemos, a questão. Decidimos fazer o seguinte: em todas as folgas, até o fim dessa competição, iríamos ter encontros, e, neles, estaríamos liberados para fazermos o que quiséssemos para que o ambiente profissional não seja repleto de limitações.

Estava nervosinha? Estava, mas mais feliz e aliviada. Não ia forçar nada, esperava que ele não forçasse nada, tudo certo, se acontecesse naturalmente, deixa acontecer...

-Lia?

-Puta merda!- foi minha reação a um dos piores sustos que já tinha levado na vida. Ouvi uma risada gostosa atrás da porta do banheiro do quarto, só podia ser dele, até porque estava no dele.

-Está bem? Vamos sair junto com o pessoal, ninguém vai perceber nada.

-T-tá, já estou indo! - não era preciso gritar, mas foi exatamente o que eu fiz. Notificação do meu estado:

Coração: mil por hora;
Cérebro: confuso, mas de bom humor;
Pernas: depiladas e tremendo;
Braços: fracos de estresse;
Boca: dá-lhe Nívea.

Tudo ok.

P.O.V. - Bruno

Um sorriso persistente no rosto não foi nem sequer tentado ser evitado, eu estava feliz e queria que ao menos isso o mundo soubesse.

Estar levando Lia para minha casa ainda era uma ficha a ser caída. Como homem, não estava planejando fazer nada, queria que nós tivéssemos confiança um no outro e tranquilidade, não estávamos desesperados, afinal, é algo que deve ser tratado com responsabilidade e...Carinho. Uau, quem diria.

-Vamos - disse ela com sua voz tímida.

-Vamos. - sorri o mais naturalmente possível. Convidar a namorada para passar a noite na sua casa era uma grande coisa, não era? Geralmente, em situações assim, sempre tem alguém que..

-Bruno. - ela tocou meu braço antes de irmos para o salão. Havia pessoas passando do nosso lado, me importei 0% com elas.

-Sim? - mordi instintivamente os lábios ao notar o quanto os delas estavam úmidos e rosados. Ela olhou para mim diretamente nos olhos, não timidamente​, parecia pronta para me beijar ali mesmo, igual Felícia fez, a diferença é que dessa vez eu ficaria eternamente grato aos céus.

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