A Amante Inocente - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 1 (COMPLETO)

Capítulo 2

O TEMPO PASSOU e o grande dia havia chegado: o aniversário de Felippa. Assim que havia levantado, muitas colegas a parabenizaram e ela ficou muito feliz que recordaram de uma data tão especial para ela. Ela sentiu um frio na barriga sabendo que naquele dia, ela e as amigas sairiam para se divertir.

Em pouco tempo, iria para Milão e começaria uma nova vida. Inclusive, tinha a sensação de que a cidade traria grandes surpresas em sua trajetória. Ela sorriu e concentrou-se na explicação da professora de literatura italiana, que lecionava sobre Dante Alighieri.

À noite, Felippa, Eulalia e Clarissa foram ao bar no Centro de Volterra comemorar aquele dia especial. Eulalia e Clarissa trajavam os vestidos os quais Felippa havia lhes presenteado. Elas mesmas haviam se maquiado e arrumado os cabelos em bonitos penteados. À noite, quando todos haviam se recolhido, as três lograram êxito em deixar o orfanato e alcançar seu destino. Entre as alamedas e ruas de pedra, o barulho de salto alto batendo no chão ecoava entre as paredes. Quando chegaram ao bar, perceberam que estava cheio.

Adentraram o local, Felippa ajustou o vestido azul jade pela segunda vez, enquanto andavam entre as pessoas até alcançarem uma mesa que estava desocupada. Minutos depois, Clarissa pediu refrigerantes para iniciar a noite. Felippa, ainda preocupada, virou-se para a amiga.

- Tem certeza de que isso é seguro? De que ninguém nos seguiu? – Ela estava preocupada se alguém do orfanato as tivesse visto fugir e contasse à Elnora Mancini.

- É claro que não, Felippa! Seja mais tolerante consigo mesma. Fique tranquila. A essa hora da noite, acho que ninguém nos seguiria. – Clarissa lhe respondeu, prendendo os cabelos ruivos em um coque.

- De qualquer maneira, obrigada por estarem aqui comigo. Sabem o quanto são importantes para mim. – Felippa apertou as mãos de Eulalia e Clarissa com cumplicidade.

- Sabe que pode contar conosco para qualquer coisa, Felippa. – Eulalia lhe assegurou.

- Obrigada, meninas. Vocês são as melhores.

As bruschettas chegaram com aparência apetitosa. Agradeceram ao garçom e saborearam a comida.

- Devíamos vir aqui mais vezes. A comida é muito boa. – Clarissa sugeriu às amigas.

- Tem razão. – Felippa respondeu.

O aniversário de 18 anos de Felippa era comemorado com alegria, principalmente quando ela soprou as velhinhas que estavam num pequeno bolinho de chocolate.

- O bolo está delicioso! – Ela disse saboreando o pedaço do doce.

Sorridente, ela observou ao redor e notou casais dançando sobre o piso brilhoso e escuro, ao ritmo da melodia da banda que tocava. Alguns falavam homens estavam ao telefone, outros flertavam com algumas garotas, outros mais distantes jogando pôquer, mas um em especial a fitava com intensidade.

Devido à luz azul opaca, não era possível ver a cor dos seus olhos. No entanto, ela notou os ombros largos sob a jaqueta de couro cara, os braços fortes e o peito musculoso. O rosto tinha traços arrogantes e o cabelo ruivo perfeitamente arrumado para trás.

LEON LAGOMARSÌNO OLHOU para o interior do bar movimentado daquela pequena cidade. Os homens jogavam pôquer em uma mesa. Um casal dançando em frente ao palco que a banda tocava. Ele tomava seu whisky lentamente, pensando em sua nova coleção. Segundo seu assistente, Volterra era uma excelente cidade que vendia tecidos de qualidade por um bom preço. A ideia havia surgido após ter problemas com seu fornecedor, o qual não cumpria as entregas com regularidade. Sendo assim, ele havia pedido a seu piloto que o levasse até Florença e de lá até a vila.