Capítulo 11

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O rosto dela enrubesceu e sua pele se arrepiou por baixo da roupa térmica. Além disso, pensamentos traiçoeiros invadiram a mente dela, com imagens deles fazendo amor apaixonadamente, enquanto Leon a beijava e a levava ao paraíso.

Pelo amor de Deus, controle-se!

- Não é isso. Eu apenas pensei que seria mais cordial comigo me deixando dormir na cama.

- Eu até deixaria. Mas como lhe expliquei, estou cansado. Quero estar repousado quando sairmos daqui amanhã. Sei que há uma estrada aqui por perto e podemos pedir ajuda quando a alcançarmos. No entanto, se vacilarmos, nós morreremos de frio.

- Tudo bem. – Cedeu Felippa, mesmo sabendo que corria sérios riscos. – Dividiremos a cama, com uma condição.

Leon riu.

- Condição? – Repetiu ele. – E que condição seria essa?

- De que teremos um espaço igual na cama, separado por uma barreira. Queria que você não ultrapassasse a linha, porque eu farei o mesmo.

Leon suspirou impaciente. Em seguida, aproximou-se dela até quase encostar o rosto no seu. Ele viu quando a respiração alterou-se drasticamente.

- Eu seguirei isso. Não quero me aproveitar da situação em que estamos.

- Obrigada. – Ela ficou aliviada. Mas ainda assim, sua mente insistia nos pensamentos eróticos.

- Eu lhe asseguro, Felippa, de que quando fizermos sexo, será maravilhoso. Portanto, não fique assustada. Esta noite, apenas dormiremos. Pode contar com a minha palavra.

Ela não disse nada. É claro que para ele seria apenas sexo. Era a mesma coisa com cada mulher que ia para sua cama. Felippa tinha certeza disso. Embora ela o desejasse também, temia sair daquela relação com o de coração partido. As chances eram grandes. Toda a mídia relatava os casos breves de Leon, que saía com suas amantes que eram altas e magras.

Felippa não era assim.

No entanto, estava disposta a correr o risco. Ela estava apaixonada e queria viver esse amor, ainda que não fosse recíproco pela parte de Leon. Por ora, não lhe importava. E naquele momento, Felippa queria apenas sair viva daquela cabana e voltar a Milão tranquilamente. Estava feliz, porque enfim teria a chance de conhecer a verdade sobre sua história, graças a ele.

- Poderíamos nos deitar agora. Dessa maneira, estaremos descansados pela manhã. Será uma tentativa arriscada, mas necessitamos deixar a cabana, ou morreremos de fome.

- Tem razão, Leon. É o melhor a fazer. Apesar de estarmos quase sem comida, foi algo divino você ter conseguido descobrir essa casa.

- Eu a vi em meio à neve, quando estava quase enfraquecendo, como você estava.

- A cama está cheia de pó. Vou sacudir esse lençol e você poderia ver se há algum cobertor pelo guarda-roupa.

- Claro que sim.

Felippa estendeu o lençol e o sacudiu, tirando todo o pó que o cobria. Era perceptível que há um longo tempo, o dono da casa não aparecia ali, em razão de acumular tanto pó.

Ainda que Leon cumprisse a condição que ela havia imposto, Felipa tinha medo de si mesma ao deitar com ele na mesma cama. Ela tinha medo de não resistir ao que seus hormônios queriam, de entregar-se a Leon e ao prazer intenso que ele poderia lhe proporcionar.

- Encontrei um cobertor. Ele é bem grosso, acredito que será suficiente para nos aquecer.

Leon também sacudiu o cobertor que estava dobrado de um roupeiro. Depois, o estendeu sobre a cama de casal.

A Amante Inocente - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 1 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora