Capítulo 12

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NA MANHÃ SEGUINTE, Felippa acordou cedo e totalmente regenerada. A luz parca do sol atravessava as cortinas do seu quarto. Ela levantou-se e colocou as pernas para fora da cama, passando as mãos nos olhos logo em seguida. Dirigiu-se para o banheiro e tomou um banho relaxante, despertando por completo. Vestiu uma calça jeans grossa, botas caramelo forradas com lã, e um casaco grosso, também forrado. Um cachecol branco completou o visual e aqueceu seu pescoço.

Embora a neve tivesse diminuído bastante, o frio continuava. Leon a havia avisado na noite anterior que o jato os estava esperando em Salzburgo. Os dois se encontraram na sala de café da manhã e se alimentaram na primeira refeição do dia. Como nos dias anteriores, Thomas havia insistido que Falco os buscasse e os levasse até seu destino. O carro escuro e confortável os deixou em Salzburgo, e eles logo embarcaram no avião.

Aterrissaram em Milão com tranquilidade e Gianluca, motorista de Leon, esperava-os na pista de pouso.

- Fez boa viagem, signore Lagomarsìno?

- Uma viagem ótima, Gianluca. Obrigado.

- Seja bem-vinda, signora Ventimiglia. Há comida e água no carro.

- Obrigada.

Felippa sorriu para Leon e depois para o motorista. Ela não estava acostumada àqueles luxos. As pessoas fazendo para as coisas por ela. Não que ela estivesse achando ruim, longe disso, apenas não estava habituada. Quando vivia no orfanato, Felippa costumava ajudar as outras adolescentes nas tarefas. Fosse varrer ou secar a louça que usavam.

Ela tomou um gole da água que estava em um compartimento próximo ao banco de couro. Depois, comeu alguns petiscos no palito, que também estavam resfriados junto às garrafinhas d'água.

- Isso está delicioso! – Elogiou Felippa, enquanto saíam do aeroporto.

Leon pegou um petisco e o saboreou também.

- Tem razão. Está mesmo.

- Para aonde estamos indo? – Perguntou Felippa, querendo saber o destino daquela pequena viagem.

- Se quiser ir para minha casa, será bem-vinda, Felippa. No entanto, a escolha é sua.

Felippa ficou hesitante e lembrou-se de Attila, o qual ela havia deixado sob os cuidados do hotel para cachorros no pet shop. Teria de buscá-lo e levá-lo para sua casa.

- Agradeço o convite, mas gostaria de desfazer minhas malas e cuidar do meu bichinho. Ele é muito apegado a mim e tenho certeza de que sentiu bastante minha falta.

Leon pareceu compreender. Pelo menos sua expressa transparecia isso, pensou Felippa.

- Há quanto tempo tem o animal?

- Há cerca de seis meses Encontrei-o na rua depois de vê-lo preso sob uma madeira, na rua. Fiquei com pena do pobre animal e o peguei para mim. Levei-o a uma veterinária e ela comentou que ele estava fora de perigo. Inclusive, ela cuidou dele no hotel do pet shop, durante nossa viagem.

- Que bom. A maioria das pessoas prefere filhotes de raça e não cães encontrados no meio da rua.

- Bem, eu não sou a maioria das pessoas. Penso que, assim como o ser humano, os animais também merecem ser bem tratados.

- Concordo plenamente. Eu tive um cachorro quando eu era criança. Costumávamos brincar muito e em uma viagem que fiz a negócios, dez anos mais tarde, meus pais me comunicaram que ele estava doente.

Felippa sentiu-se triste por escutar aquilo. No entanto, queria saber do restante da história.

- O que aconteceu com ele?

A Amante Inocente - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 1 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora