FELIPPA OLHOU PARA Clarissa. Não a via há alguns meses e ela estava aliviada por poder compartilhar sua dor com ela.
- Eu não acredito, Felippa. Mesmo depois de você ter se entregado a ele, foi capaz de fazer isso com você? Machucou você de todas as formas. - Clarissa respondeu, apoiando a mão sobre o ombro da amiga.
- Eu não sei o que fazer. Ele não para de me ligar, de me mandar mensagens. Eu estou com tanto ódio dele, mas não consigo esconder o tanto que o amo. Eu me apaixonei pelo cara errado! Sou uma idiota! – Protestou Felippa, chorando ao mesmo tempo.
- Nada disso. – Negou Clarissa. - Você é corajosa e determinada. Saiu de Volterra e foi em busca dos seus sonhos, conheceu até seus pais! Você tem uma grande sorte. Eu e Eulalia sabemos que nossos pais morreram, mas já os seus, são advogados e mora em Roma! Sabe a sorte que tem? Não fique triste apenas por causa desse sujeito. Ele não a merece. - Clarissa finalizou.
- Você tem razão. Eu nunca achei que encontraria meus pais tão logo, e eles são ótimas pessoas. Eu os amo muito.
- Eu sei que sim. Família é sagrada. E a maneira como vocês foram separados não tem perdão. Felizmente, você conseguiu reencontrá-los.
- Eu gostaria de descansar um pouco. Me estressei demais hoje.
- Pode descansar. Eu vou buscar mais uma xícara de chá para tomar.
- Obrigada. – Felippa agradeceu.
Porém, antes que encostasse a cabeça no travesseiro, Felippa ouviu o som do interfone e olhou para Clarissa, que parou antes de ir à cozinha buscar o chá.
- Eu não estava esperando mais visitas. Vou atender. - Comentou Clarissa.
Ela atendeu ao interfone e olhou para Felippa, em seguida.
- É Leon. Eu o deixei subir. Ele me disse que quer se explicar para você, desfazer o mal-entendido. Eu vou para o quarto ao lado, de modo que possam conversar.
- Deixou-o subir. Vê-lo novamente só pode ser o fim do mundo.
Clarissa sorriu e se retirou, deixando Felippa sozinha e destrancando a porta da frente posteriormente. Minutos depois, Leon bateu na porta e ouviu "entre" do lado de dentro. Quando entrou, olhou diretamente para Felippa, que estava deitada no sofá.
De repente, o ambiente ao redor deles pareceu encolher.
- O que você está fazendo aqui, Leon? – Felippa não queria vê-lo. A língua ferina e o jeito determinado não haviam mudado nada. - Eu não quero falar com você. Se o que quer é sexo, sabe bem onde procurar. – Felippa falou entredentes.
- Nem me deixou falar ainda. Além do mais, seus pais estão bem preocupados com você. Como foi capaz de deixar Milão tão depressa, sem ao menos contatá-los? – Questionou Leon, acariciando o braço dela propositalmente.
- Eu queria me livrar e você, mas parece que não deu certo. Eu já liguei para meus pais e eles estão tranquilos. Além disso, como conseguiu me encontrar?
- Melhor assim. Trevor me ajudou, eu estava muito preocupado. Quando a não querer me ver, sei que é mentira. Eu sei que me ama, ou esqueceu que escreveu isso naquela droga de bilhete? - Leon se aproximou dela, que ficou sentada no sofá.
- O que você quer? O que quer de mim?
- Quero isso!
Leon puxou-a para si, enlaçou sua cintura fina e cobriu a boca delicada. Se o odiasse, como ela alegou, não teria o abraçado e se entregado ao beijo, deixando que a língua habilidosa de Leon abrisse seus lábios com ardor, levando-a à loucura. Quando ele se afastou, Felippa estava corada e o fuzilava de raiva.
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A Amante Inocente - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 1 (COMPLETO)
RomanceAtenção: livro não está revisado! Futuramente, passará por uma nova revisão e edição! "Homens poderosos, afetados por paixões arrebatadoras." Felippa Ventimiglia, criada em um orfanato italiano, sempre se questionou sobre suas origens. Com o apoio d...