Capítulo 2

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Parabéns pra você

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Parabéns pra você

Nesta data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida

É pique, é pique

É pique, é pique, é pique

É hora, é hora

É hora, é hora, é hora

Ra-ti-bum

Parabéns.

Levei um grande susto quando do nada a sala toda começou a cantar parabéns. Mas o susto ainda não tinha acabado! Ouvi no fundo da sala garotos planejando quebrar ovos na minha cabeça, na hora da saída! Será que eu tinha ouvido direito? Isso não poderia está acontecendo comigo, só devia ser um pesadelo, muito real! Levantei da carteira rapidamente em meio às palmas e gritei em protesto.

— Parem! Não vou deixar quebrar ovos na minha cabeça. Já chega! — gritei com muita raiva e toda a sala parou em silêncio.

Olhei ao redor para cada um em suas carteiras e vi até o professor espantado.

— O que disse? — berrou uma voz masculina.

— É isso mesmo que você ouviu, não vão quebrar ovos em mim coisa alguma. — repeti novamente.

— Mas a gente não falou pra ninguém. Ele... Só sussurrou no meu ouvido. — apontou o garoto para o seu colega.

— Como assim? Eu... Não entendo. — dei-lhe meio sorriso desesperada.

— Simples assim, ele não falou em voz alta. — dessa vez quem berrou foi uma garota de cabelos escuros e pele bem morena.

Dessa vez ouvi sussurros pela sala inteira.

— Essa garota é louca. — Ela pirou de vez. — Como ela ouviu...? — Olha a cara dela assustada.

Coloquei as mãos sobre os ouvidos. O que estava acontecendo comigo? Achei que iria ter um infarto, pois meu coração estava tão acelerado que podia o sentir bater em minha garganta. Isso devia ter uma explicação! Então fui até o professor.

— Como vocês sabiam do meu aniversário? — sussurrei assustada.

— Não sabíamos. A diretora que entregou a relação dos aniversariantes desse ano inteiro. — disse ele naturalmente.

Peguei minhas coisas na carteira e saí correndo da sala. Sentia que alguém estava me seguindo, querendo se esconder pelos corredores da escola. Percebi que era Dora e fui direto para a biblioteca.

— Como tem coragem de vir para cá sozinha? — perguntou ela tentando acompanhar meus passos. Enfim me sentei e baixei a cabeça sobre a bolsa.

— Não vim sozinha, você está aqui, não está? Veio zombar de mim também? — perguntei, sentindo uma leve brisa entrar pela janela e acariciar meu rosto.

Filhos da Natureza - O Presente Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora