Capítulo 18

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Entramos no banheiro apressados, trancando a porta logo em seguida

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Entramos no banheiro apressados, trancando a porta logo em seguida. O barulho da porta se abrindo, junto com os passos deles, se misturava com o burburinho das pessoas na pizzaria.

Alguém estava batendo na porta impacientemente, deixando minha audição sensível, porque ela estava concentrada nos passos do grupo de Jackson. A noite já tinha caído sobre o céu lá fora, o que dificultava a nossa saída. A freguesia do meu pai aumentava mais a noite.

— Leica, o que está acontecendo? Por que Alex entrou no banheiro com vocês? Quero que ele saia agora, já basta o vexame que você deu agora há pouco!

Era meu pai. Ele falou com bastante raiva.

— Ele não pode sair agora Pai.

Todos sussurravam alguma coisa, ao mesmo tempo, para me ajudar a dizer algo mais elaborado. Pedi para todos fazerem silêncio, para me concentrar lá fora. Esperava que Jackson e seu grupo não percebessem aquela movimentação do meu pai na porta do banheiro, pois o local ficava bem perto das bebidas que ele vendia.

— Ele não está se sentindo muito bem, Pai! — falei certa de minhas palavras. — Tem fobia de lugares cheios. — menti, com o suor escorrendo pela testa. — Pode ir trabalhar. Se algo pior acontecer, te chamo.

Esperava que tivesse o convencido. O seu silêncio era duvidoso. E se Jackson reconhecesse minha voz?

— Isso não me convenceu... — ele disse.

Alguém o chamava para atender os clientes no bar, que possivelmente era Jackson. O que atraía um jovem além do que comida? Bebidas.

— Vou dar vinte minutos para saírem do banheiro ou vou entrar. — ele ordenou indo embora.

Soltei o ar aliviado, assim como meus amigos.

Dora permanecia sem reação, num canto de parede. Sua obsessão por aquele espelho estava me deixando louca. Ela examinava suas mãos, seus olhos e abria a boca. Tocava os caninos e mordia os lábios para provar algo que eu não era capaz de decifrar, ainda. Todos ficaram em silêncio, rezando para que eles saíssem da pizzaria logo, pois o banheiro era pequeno e abafado para caber muita gente.

— Dora, está tudo bem? — resolvi perguntar, enquanto ela arregalava os olhos para o espelho.

— Ei garota, o que houve? — Alex pegou no seu ombro.

Dora de repente se virou para ele, recuando o seu toque.

— Não toca em mim. — ela falou numa voz grossa, quase que como uma fera.

Sua expressão era de fúria, seus olhos também me chamava atenção. Eles mudavam de cor rapidamente, do castanho para um tom amarelado. Sua boca também me parecia estranha, principalmente o formato.

— O que deu em você? — Samantha dessa vez se manifestou.

Dora se virou escondendo o rosto e a boca. Seu cabelo bagunçado caía sobre o rosto, impedindo-nos de ver o que ela estava escondendo.

Filhos da Natureza - O Presente Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora