Sinopse
"Minha vida é uma farsa, o mundo esconde segredos que as pessoas sempre falaram. Não acreditava, até ele entrar na minha vida e dizer que eu faço parte desses segredos."
Leica Derwin é uma jovem que mora com seus pais, na cidade de S...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O dia da viajem com Daniel e meus amigos haviam chegado. E como iria convencer meus pais a me deixarem ir, se nem sabia para onde estava indo? As aulas já começavam semana que vem e não dava mais para adiar em descobrir o que eu poderia ser. Já fazia duas noites que não conseguia dormir direito, com minha cabeça doendo, como se estivesse para explodir a qualquer momento.
Minha mãe tinha examinado a mecha branca no meu cabelo, e disse que minha avó tinha uma igualzinha. Ela achava até estranho, porque não tinha nada dela, nem um fio de cabelo.
Então minha avó era uma sobrenatural? Isso ficava martelando na minha cabeça todas as noites, antes de dormir.
Sem falar que o sonho com Daniel se repetia várias vezes na noite. O mesmo sonho com a gente sentada em baixo de uma árvore da praça que de repente tudo mudava. A temperatura aumentava e tudo pegava fogo. E isso só se repetia, cada vez que eu descobria mais sobre o que estava ao meu redor. Sobre a minha vida, completamente falsa.
— Leica, eu e seu pai precisamos falar com você. — ela falou da porta do quarto.
— Estou indo. Também preciso falar com vocês! — disse.
Ao chegar à sala, meu pai estava tomando seu café puro de sempre, enquanto minha mãe mexia as mãos impaciente. Os dois olharam para mim e meu pai parou de tomar o café.
— Sente aqui filha! — minha mãe apontou para a cadeira da frente.
— Essa conversa era para ter rolado há muito tempo. Mas com tudo isso que tinha acontecido, fez bem ter esperado mais. — ela olhou para meu pai, pondo a mão esquerda na perna dele.
— Eu ainda não tive coragem de me desculpar com vocês. Então essa é a hora de pedir desculpas por ter envolvido vocês nessa loucura. — falei tentando olhar nos olhos deles.
— A gente sempre acreditou em você querida. Vamos sempre está ao seu lado. Por isso resolvemos deixar tudo para trás. — meu pai disse, acariciando o ombro da minha mãe.
Observei seu gesto carinho com estranheza. Eles há poucos dias nem se falavam.
— Bom. Você lembra quando eu viajei para casa da sua tia, porque ela estava doente? — ela perguntou cruzando os dedos no colo.
— Sim mãe. Você às vezes nem nos dava noticias de nada. — tentei lembrá-la.
— Eu sei que errei filha, mas uma parte daquilo era verdade, sua tia estava mesmo doente. Mas também tinha outra coisa. — ela pausou examinando meu pai.
Ele fez um gesto com a cabeça para que ela prosseguisse.
— Eu e seu pai íamos nos separar. Não pense que era por sua causa que eu não ligava de vez em quando, é que eu queria manter a promessa de não falar mais com ele. — ela virou o rosto para meu pai e ele a beijou na testa.
