Capítulo 15

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— Vamos pessoal, tem uma porta no fim do corredor

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— Vamos pessoal, tem uma porta no fim do corredor. — Dora se levantou.

— Dora é você? Perdoa-me por... — Dora a interrompeu me ajudando a levantá-la.

— Eu a perdoou, agora não temos tempo.

Ficamos em pé, para sair de fininho pela porta dos fundos da escola. Daniel não tinha nos acompanhado.

— Vão à frente. Eu preciso fazer uma coisa. — Daniel começou a mexer no celular.

De quem ele arrumou aquele celular? Ele fez um sinal para seguirmos pra fora. Saí com o coração apertado, em deixar Daniel sozinho perto do salão.

Chegando quase que do outro lado da escola, bastante angustiada, Daniel apareceu correndo para nos acompanhar. Finalmente eu ficava mais aliviada.

— O que você fez? — Dora perguntou.

— Chamei a polícia.

— Eu não sei o que rolou aqui, mas aquilo tudo foi estranho. As pessoas passando mal... — Alex falou. — E você Leica, como conseguiu fazer aquilo?

— Eu não sei... — Daniel balançou a cabeça para que eu não falasse.

Realmente eu não sabia, mas aquela luz comprovava que eu era algum tipo de aberração, desses de filmes de terror ou super heróis.

— Preciso voltar e procurar Jackson, ele também pode estar desmaiado. — Samantha falou desorientada e sem saber que a culpa disso tudo era dele também.

Apesar de ele ter ficado surpreso ao ver Thalita, a mulher cobra. Termo extremamente verdadeiro para descrevê-la. Parecia que todo mundo a conhecia, menos eu.

Samantha deu de ombros para voltar, e a detemos.

— Assim que eu comi o Braune que o amigo de Jackson me deu eu passei mal e... — Samantha recordava. Ela estava em choque com o acontecido.

— Eu sabia que tinha alguma coisa errada naquele Braune. Vocês comeram o Braune? — circulei o dedo entre Dora e Alex.

— Não, a gente ficou o tempo todo do lado de fora. — os dois responderam ao mesmo tempo.

Samantha abaixou a cabeça.

— Aquela garota envenenou quase todos da escola. — disse Dora.

Encarei Daniel como se a culpa fosse dele também, por não nos avisar que tinha uma amiga sociopata.

— Que garota? — lembrei que Samantha não sabia do que tinha rolado no salão, enquanto estava desmaiada.

Todos ficaram em silêncio. Essa parte eu contaria para ela depois, porque já passava da meia noite.

Daniel com certeza sabia de alguma coisa. Estava estranho desde que chegou ao nosso lado. E eu queria resposta. Mas por que eu e Daniel não desmaiamos igual aos outros? Se eu tinha algum poder estranho, como aquela luz que despertou Samantha, Daniel também escondia alguma coisa. Será mesmo que eu era especial?

Ouvimos a sirene de a polícia passar com tudo para o lado da escola. As luzes azuis e vermelhas passavam depressa do outro lado da pista.

Daniel chamou o taxi que passava na rua.

— Espera... Não vão caber todos aí... — o motorista se apressou em falar, enquanto entravamos no taxi.

— Eu pago o dobro. — Daniel jogou um pequeno bolo de dinheiro no colo do homem, que ficou de boca aberta.

Onde ele tinha arranjado todo aquele dinheiro? Daniel pedia para o motorista acelerar.

— Leica, você ainda não me disse como aquela luz saiu das suas mãos? — Alex insistia por respostas. Ele só não sabia que eu também queria uma.

— Eu... Não... — gaguejei.

— Deixa para amanhã Alex. Não estamos seguros agora.

Daniel fez um sinal para o motorista, para dizer que estávamos em companhia e não era o momento.

— Eu estou me sentindo num daqueles filmes de terror, mesmo sem saber o motivo da cara de vocês tão assustados. — Samantha falou de repente.

— É porque você não viu quase nada, por causa do desmaio. — explicou Alex.

Todos se calaram.

— Eu estou confusa. E a sua moto ficou no estacionamento? — perguntei para Daniel no banco da frente.

— Tudo bem, isso não importa agora. O importante é sua segurança... Quer dizer a de todos vocês. — ele corrigiu.

Daniel me deixava na porta de casa, mesmo assim eu sabia que não estava mais segura, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer. O medo me apavorava, o que iria acontecer amanhã ou depois de amanhã? Será que a polícia tinha chegado a tempo de socorrer meus colegas da escola?

A questão era que a situação agora envolvia os meus amigos. Eles tinham sido testemunhas de uma coisa sobre humana, como o rosto de Thalita transformado em cobra, e minhas mãos emitindo luzes. Precisava descobrir o que tudo isso significava! Minha intuição tinha certeza de que Daniel teria as respostas que eu procurava, pois ele era o único a não temer aquele circo de horrores, causado pela sua amiga Thalita, como se já fosse acostumado a viver rodeado dessas criaturas estranhas.


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