Capítulo 11

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Daniel e eu seguíamos para a minha casa, tinha decidido isso no caminho, porque falava que a sua era do outro lado da cidade

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Daniel e eu seguíamos para a minha casa, tinha decidido isso no caminho, porque falava que a sua era do outro lado da cidade. Samantha tinha ido para a dela sozinha, porque Alex nos acompanhava, caso Daniel precisasse de ajuda. Meus pais provavelmente não estariam em casa, o que dificultaria um pouco as coisas, caso eles chegassem e visse Daniel sozinho comigo, no sofá da sala. Ele ficaria lá até se sentir melhor, não importava o que meus pais achassem. Mais tarde teria que ligar para Samantha e confirmar da nossa busca pelo endereço de Dora, às cinco da tarde. Alex também estava indo embora.

— Mais tarde... Aquele lance...! — sussurrei para Alex indo embora.

— Eu sei. — ele sussurrou.

— O que?

— Nada. — falei para Daniel e abri a porta.

Para confirmar a minha teoria, fechei a porta chamando o nome de meus pais, só para ter certeza de que eles não estariam em casa. Daniel começou a se segurar em mim novamente, só que dessa vez foi pela minha cintura, porque eu estava de costas. Um calor bom sempre me atingia, quando Daniel me tocava nas partes sensíveis do meu corpo, me deixando muito envergonhada. Mas só que daquela vez não era por diversão e sim porque ele estava realmente passando mal.

Virei para que pudesse ajudá-lo, sua pele estava fria e pálida outra vez. Arrastei Daniel até o sofá e o sentei para ir até a cozinha, pegar um pouco de água para desidratá-lo. E quando voltei, fiquei surpresa ao ver a camiseta de Daniel com alguns pingos de sangue. O copo de vidro com água escorregou da minha mão, espalhando vidro por todo o tapete da minha mãe. Daniel me observou e quis se levantar para juntar os cacos também.

Mas os cacos de vidro poderiam esperar. Fui sentar ao lado de Daniel.

— Como isso aconteceu Daniel? Você precisa ir ao médico. — disse preocupada. Daniel estava abatido.

— Acho que aquele amigo do seu ex, utilizou algum instrumento cortante para me ferir. — Daniel sussurrou, como se não tivesse forças para falar.

— Quando ele te deu aquele soco. — lembrei horrorizada. — Quero ver o ferimento? O corte pode ter sido muito grave. — tentei pegar na sua camiseta para ver o ferimento, mas, ele me deteve.

— É melhor não. Vai ficar tudo bem, foi só um pequeno arranhão. — outra desculpa mentirosa de Daniel.

— Mas esse sangue não parece que foi só um arranhão, parece que foi um corte muito grande! — insisti.

Ele balançava a cabeça em negação.

— É sério Leica. Vai ficar tudo bem. — ele tentou me acalmar segurando a minha mão.

— Não vai. Vou pegar água e alguns panos limpos, para tentar limpar esse suposto ferimento. — ignorei o toque de Daniel.

Levantei do sofá e corri para a cozinha pegar panos limpos. Quando voltei, Daniel estava plantado no chão, juntando os cacos de vidro. Fiquei surpresa, olhando para ele com um monte de caco de vidro na mão. Ajoelhei-me na sua frente, pondo as coisas que segurava no chão e tentei detê-lo.

Filhos da Natureza - O Presente Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora