Capítulo 7

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"Esse cheiro de orvalho, sempre foi meu perfume preferido

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"Esse cheiro de orvalho, sempre foi meu perfume preferido. Desde pequena eu aprendi a amar a natura! A admirar a beleza das plantas, porque sem elas não existiria vida na terra. A vida poderia ser baseada numa gota de tinta, ou numa simples folha seca, que com um pouco de cor, poderia colorir uma folha em branco, e a tempestade, florescer uma mata inteira."

— Garotas normais nunca escreveriam em seus diários perto de um garoto. – Daniel acariciou meus cabelos. Seu toque era delicado.

— Talvez eu não seja uma garota normal. Sinto que sou diferente, talvez meio louca, ou só diferente!

Admirei seu rosto acima do meu e dei-lhe um sorriso afetuoso.

— Ah é! Então me dá o seu diário, quero ler. — ele tentou alcançar meu diário estendendo o braço.

Levantei a cabeça do seu colo e sentei de costas para ele. Segurei o diário firme em minhas mãos.

— Nem pensar. E se eu tiver escrito algo ruim sobre você? Aposto que não iria gostar!

Seu rosto ficou serio. Mas, fui surpreendida.

— Vamos descobrir! — ele começou a fazer cócegas em minha cintura. Soltei o diário no chão, quase que chorando de rir. Tentei afastar suas mãos.

Sentados na grama em baixo da arvore, Daniel continuava a me fazer rir com suas cocegas. E sem perceber, caímos de costas no chão, que por sorte, caí sobre ele. Daniel me encarava sério com o sol refletido em seu rosto, parecendo o Edward de Crepúsculo. Mas quando levantei a cabeça para ver através dele, tive medo pelo que estava a nossa volta.

O parque estava em chamas e a terra começava a tremer sobre nós. Daniel me levantava depressa para tentar salvar a sua vida e a minha, pois até o céu ganhava fogo, deixando o ambiente vermelho e cinza por causa das chamas. Mas foi tudo muito rápido e quando dei por mim, não estávamos mais no parque e sim na floresta. Uma das maiores árvores de lá estavam em chamas. Ouvimos gritos vindos do seu interior, gritos de pessoas pedindo ajuda. Também podia se ver animais mortos dentro das chamas, como uma visão distorcida, toda aquela cena me apavorava. Daniel me abraçava forte para me proteger das chamas.

E no momento em que eu abria os olhos assustada, Daniel não estava mais comigo. As árvores não possuem mais folhas, todas estavam secas e sem vida no chão. Uma luz próxima de onde eu estava ofuscava minha visão, até ela ser tomada por a sombra de um animal que eu tinha mais ou menos a ideia do que era. O grande animal veio em minha direção saindo da luz, parecendo um cavalo com chifres enormes na frente de sua cabeça. Ele era pontudo e colorido como as cores do arco-íris. A cor de sua pele era branca como a luz.

— Você precisa salva-los. Salvar a todos nós. Só você pode salvar. Salvar a todos nós. — o cavalo falava comigo em voz de mulher.

O som da sua voz soava como notas musicais ecoando no vento.

Filhos da Natureza - O Presente Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora