Sinopse
"Minha vida é uma farsa, o mundo esconde segredos que as pessoas sempre falaram. Não acreditava, até ele entrar na minha vida e dizer que eu faço parte desses segredos."
Leica Derwin é uma jovem que mora com seus pais, na cidade de S...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O clima mudou completamente quando consegui atravessar o campo magnético. Fumaças e chamas pairavam no ar. Tinha deixado meus amigos para trás, porque eles precisavam ficar bem. Agora estava no mundo humano, eu era realmente um portal para o mundo mágico. Comecei a inalar uma fumaça escura bem a minha frente, fazendo com que eu tossisse sem parar. Precisava correr e encontrar Jackson e Thalita para dar um basta nisso!
Na medida em que ia correndo para fugir da fumaça, minha cabeça doía novamente, só que com mais intensidade. Parei um pouco perto de uma árvore que ainda não estava em chamas e tentei respirar mais forte. Sentia meus chifres crescerem e minha visão ficar embaçada por conta da fumaça.
Examinei o lugar a minha volta para tentar achar um caminho longe daquele fogo que estava tomando grandes proporções da floresta Amazônia. Rastros se viam no chão, que indicavam ser de uma cobra. Podia até ouvir o chacoalhar de uma, bem próximo a mim. Então senti que estava sendo atacada por uma coisa grande que envolvia todo meu corpo em volta da árvore. A cobra descia lentamente de cima da árvore em espiral. Tentava a todo custo me libertar, balançado o corpo freneticamente, com aquele pânico que dominava qualquer pessoa que tivesse medo de cobras. Mas achei que se eu fosse tão poderosa assim, conseguiria soltar das garras de uma! Comecei a duvidar dos meus poderes, porque eles falhavam comigo, às vezes.
Ela me observava de frente com aquela língua bifurcada, que entrava e saía de sua boca. Pingos de venenos caíam dos seus caninos afiados. Virei o rosto e fechei os olhos quando ela veio em velocidade ao meu rosto para dar o bote, quando alguém gritou para que ela parasse.
— Pare Judite. Ela é minha. — a voz aos berros era de Thalita.
Abri os olhos aliviados. Thalita e seu bando vinham ao meu encontro. O meu grupo de inimigos tinha aumentado. A maioria deles era desconhecidos.
— Há quanto tempo Leica! — ela debochou.
A floresta estava escura, mas conseguia ver nitidamente o seu rosto sombrio. Ela não estava com aquela pele áspera de uma cobra, mas a expressão do seu rosto era de uma muito furiosa. Suas sobrancelhas estavam baixas e enrugadas como a de um verdadeiro monstro. Quando ela falava dava para notar seus dentes afiados.
— Minha querida Leica, senti sua falta! — uma voz falou atrás de Thalita.
E a sensação de reconhecer aquela voz me veio à memória. Isso não poderia ser! A situação estava pior do que imaginava.
— Dustin é você? — perguntei em choque.
Ele deu um passo para o lado revirando os olhos e alvoroçado. Sua fisionomia era totalmente irreconhecível. Todos riram com a minha reação.
— Pobre Leica, sempre se preocupando com os outros, enquanto devia salvar a própria vida. — ele ironizou.
