Capítulo 3

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Era sábado, final de semana finalmente tinha chegado! À noite iria para a festa na casa do Thadeu, nosso velho amigo

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Era sábado, final de semana finalmente tinha chegado! À noite iria para a festa na casa do Thadeu, nosso velho amigo. Os pais dele tinham viajado e deixado a casa para fazer o que quiser. Sorte a de ele ter uns pais assim, porque os meus surtariam! Iriamos levar Dora, o que seria sua primeira festa com os novos amigos da escola. O gato daquela noite tinha sumido desde então, junto com o bilhete em branco, o que tornava tudo mais estranho.

Lavando bem o meu cabelo, ouvi um barulho estranho na pequena janela do banheiro. Sequei os olhos para enxergar melhor e limpei a água da janela com as mãos molhadas. Adivinha? O gato estava arranhando o vidro para entrar. Que gato mais sem noção e tarado! Pensei. Ele devia ter lido meus pensamentos. Coloquei a toalha e abri a janela. O gato pulou direto para o chão do quarto numa amplitude interessante.

— Como você pôde sumir assim...? — estalei os dedos. — E aparecer assim também? — repeti o gesto.

Ele soltou um miado forte e começou a olhar por todo o canto do quarto.

— Você não está vendo uma alma, né? — brinquei com a situação.

Enxuguei os braços meio molhados, ele parecia que me entendia, pois inclinou a cabeça um pouco para o lado. Peguei-o e coloquei-o em cima da cama. Ele miava novamente.

— Você está com fome? — perguntei como se ele fosse me responder. Humanos têm dessas coisas! Avistei um colar preso em seu pescoço.

— Ei garotão! Você tem um nome. Não tinha visto, talvez porque fosse à noite. — peguei o colar nas mãos e olhei o que estava escrito. Soltei um leve sorriso quando vi o nome.

— Dustin, esse é o seu nome? Isso só pode ser uma brincadeira. — dei uma gargalhada.

Se o meu ex estivesse envolvido naquela brincadeira, hoje ele iria ter que me dar uma explicação.

— Olha! Preciso me arrumar. E quando eu fizer isso, vejo o que faço com você. — falei seriamente, olhando nos seus olhos amarelados. Lembrei que vi um par de olhos desses na janela da biblioteca. Fiquei surpresa.

— É você? — apontei para o gato. — Não entendo! Como achou minha casa? Você está me perseguindo? Quem é essa tal mulher que me deu você de presente? Será um parente meu que não foi convidado, e estava com vergonha de aparecer? Não saberei por você, mas talvez pela minha mãe ou meu querido ex, hã? — disse furiosa.

Alguém batia na porta do meu quarto.

— Leica, está pronta? Seus amigos já estão te esperando na sala. — disse minha mãe, que abria a porta em seguida para ver se eu estava mesmo arrumada.

— Diga a eles que só mais uns minutinhos.

Segui para o guarda-roupa.

— Quanto mais você demorar, mais tarde vai chegar da festa. O combinado é até as dose, lembra? — disse ela como uma bronca.

Filhos da Natureza - O Presente Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora