Capítulo 2

862 26 1
                                    

| Joana |

Mudar me para o Porto está a ser uma tortura, não é que eu não goste da cidade, é o motivo que me incomoda.
Sei que o meu pai está super apaixonado e quer casar-se, mas obrigar me a vir com ele... tira me do sério. Eu dou me super mal com a filha mais velha da Sónia. Aquela miúda é uma mimada, faz de tudo para me irritar.

A viagem de carro fiz quase toda em silencio. Só respondia às coisas básicas que me perguntavam, até que o meu pai começou a gritar.

- JOANA, ÉS CAPAZ DE TIRAR ESSA CARA DE ENTERRO E FALAR COMIGO?

- O que é que queres falar? - disse num tom seco.

- Sabes que para mim também não é fácil...

- Ninguém diria.- interrompi.

- Joana, filha, vá lá... tu vais adorar o Porto!

- É a única coisa que eu tenho certeza..

- JOANA! - voltou a gritar, o que fez passar.

- Olha pai, tu não podes pedir que eu esqueça que por tua causa tive de mudar a minha vida toda, que deixo para trás tudo o que gosto! Tudo para teu beneficio e só teu. Por isso deixa me, respeita o meu silencio e o meu espaço, tudo passa. - voltei a olhar pela janela e a pensar em tudo o que iria mudar. 

Assim que chegamos ao Porto, fomos directos ao apartamento novo que o meu pai tinha comprado. Era um apartamento grande e ele para se redimir tinha me deixado ficar com o quarto suite. Causou algumas 'dores de barriga'.
Simplesmente entrei, fechei a porta e comecei a arrumar as minhas roupas  e a fazer algumas decorações. Assim que senti elas chegarem sai e fui cumprimenta las. Fiz o esforço de falar com a Jéssica, que simplesmente me ignorou.

-  Jéssica, já foste ver o teu quarto querida? - falou o meu pai.

- Não percebo porque é que não fiquei com a suite. - disse bastante chateada.

- JÉSSICA, começo a ficar sem paciência! Tens andado o dia todo de trombas por causa do quarto. Já chega, eu e o Sérgio decidimos assim. Acabou a conversa. - Sónia voltou se bastante chateada e a rapariga apenas baixou o olhar. 

- A Bá, pode vir cá jantar? - perguntou mudando de assunto e passando à frente como se à  10 seg. atrás não se tivesse passado nada.

- Não, hoje é para descansar e arrumar algumas coisas.- disse o meu pai mostrando o seu lado sério.

- MÃE... - choramingou.

- A decisão está tomada. 

Ok, tenho de admitir que era engraçado ver a menina querida ser contrariada, santa paciência para atura-la. Decidi ir até à sala brincar com a Francisca, a pequenina estava sentada no chão com a chucha na boca a ver panda. Assim que me viu entrar pediu colinho e não neguei.

 Assim que me viu entrar pediu colinho e não neguei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
EleOnde histórias criam vida. Descubra agora