| Joana |
Mudar me para o Porto está a ser uma tortura, não é que eu não goste da cidade, é o motivo que me incomoda.
Sei que o meu pai está super apaixonado e quer casar-se, mas obrigar me a vir com ele... tira me do sério. Eu dou me super mal com a filha mais velha da Sónia. Aquela miúda é uma mimada, faz de tudo para me irritar.A viagem de carro fiz quase toda em silencio. Só respondia às coisas básicas que me perguntavam, até que o meu pai começou a gritar.
- JOANA, ÉS CAPAZ DE TIRAR ESSA CARA DE ENTERRO E FALAR COMIGO?
- O que é que queres falar? - disse num tom seco.
- Sabes que para mim também não é fácil...
- Ninguém diria.- interrompi.
- Joana, filha, vá lá... tu vais adorar o Porto!
- É a única coisa que eu tenho certeza..
- JOANA! - voltou a gritar, o que fez passar.
- Olha pai, tu não podes pedir que eu esqueça que por tua causa tive de mudar a minha vida toda, que deixo para trás tudo o que gosto! Tudo para teu beneficio e só teu. Por isso deixa me, respeita o meu silencio e o meu espaço, tudo passa. - voltei a olhar pela janela e a pensar em tudo o que iria mudar.
Assim que chegamos ao Porto, fomos directos ao apartamento novo que o meu pai tinha comprado. Era um apartamento grande e ele para se redimir tinha me deixado ficar com o quarto suite. Causou algumas 'dores de barriga'.
Simplesmente entrei, fechei a porta e comecei a arrumar as minhas roupas e a fazer algumas decorações. Assim que senti elas chegarem sai e fui cumprimenta las. Fiz o esforço de falar com a Jéssica, que simplesmente me ignorou.- Jéssica, já foste ver o teu quarto querida? - falou o meu pai.
- Não percebo porque é que não fiquei com a suite. - disse bastante chateada.
- JÉSSICA, começo a ficar sem paciência! Tens andado o dia todo de trombas por causa do quarto. Já chega, eu e o Sérgio decidimos assim. Acabou a conversa. - Sónia voltou se bastante chateada e a rapariga apenas baixou o olhar.
- A Bá, pode vir cá jantar? - perguntou mudando de assunto e passando à frente como se à 10 seg. atrás não se tivesse passado nada.
- Não, hoje é para descansar e arrumar algumas coisas.- disse o meu pai mostrando o seu lado sério.
- MÃE... - choramingou.
- A decisão está tomada.
Ok, tenho de admitir que era engraçado ver a menina querida ser contrariada, santa paciência para atura-la. Decidi ir até à sala brincar com a Francisca, a pequenina estava sentada no chão com a chucha na boca a ver panda. Assim que me viu entrar pediu colinho e não neguei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ele
Teen FictionDuas vidas diferentes Mas tão iguais Mudanças Brigas Paixão Intenso Unidos contra tudo |9|