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Capítulo 12

Levantei me cedo, para poder me arranjar com calma. Não sabia o que é que o André andava a tramar, mas estava feliz por saber que ele se esforça para me deixar assim. Fui até à cozinha, bebi uma chávena de café  e comi uma torrada. Estava a por a loiça na máquina quando o meu pai e a Sónia entram.

- Cais-te da cama? - perguntou a Sónia num tom irónico.

- Não, mas hoje tenho muitas coisas para tratar, não venho almoçar e vou já embora senão chego atrasada.

- Espera lá... afinal onde é que vais e tratar do quê? - perguntou o meu pai pondo as mãos na cintura.

Imitei a sua posição, o que o fez soltar uma gargalhada e em seguida dei-lhe um beijo na testa.

- A tua filha tem que tratar de umas coisas da universidade. Visto que só me falta uma cadeira, vou saber os horários possíveis e ver se encontro um part-time. - na verdade eu já tinha tratado destes dois assuntos. Mas como eu e o André ainda não tínhamos contado a ninguém não poderia contar ainda nada ao meu pai.

- Vai lá então. Mas vens almoçar?

- Não e também não devo de jantar.

- Isso demora assim tanto?

- Não pai, mas devo de ir beber café com os Silva e talvez fazer umas compras. Vá beijinhos e até logo.

Sai de casa a correr, enfiei me dentro do carro e arranquei o mais rápido possível, tive sorte. Cheguei a casa dos Silva ainda faltava 10 minutos para as nove. Mandei mensagem ao André.

EU: 

Já estou aqui em baixo, a princesa está quase pronta?

 ANDRÉ:

A princesa já está a descer. Estaciona o carro, vamos no meu.

Assim fiz, estacionei e sai do carro indo até ao moreno que já se encontrava na parte de fora. Demos um beijo demorado e calmo.

- Hmm, espero que isso sejam tudo saudades minhas. - brinquei.

- E garanto que não são poucas. Como é que esta a mulher mais bonita do mundo? - perguntou enquanto entravamos dentro do carro.

- Hoje está mais feliz do que nunca!

Estou super ansiosa para poder contar a todos que eu e o André estamos juntos.

Passado algum tempo, eu já estava impaciente de estar no carro.

- Ainda falta muito amor?

- Um bocadinho coração. Devia ter escolhido um local mais perto, mas queria ter a certeza que ficamos à vontade.

Era dez da manhã e tínhamos acabado de chegar a um hotel que tinha spa. A ideia dele era passarmos o dia no spa e podermos aproveitar algum momento juntos. E foi o que fizemos, desfrutamos da piscina interior, das massagens, das termas e do jacuzzi.

- Reservei um quarto para nós, para podermos estar um bocadinho só os dois.

- Parece me uma excelente ideia. - sorri e dei lhe um beijinho no nariz.

Subimos então para o quarto onde não resistimos um ao outro, ao calor um do outro, ao sentimento um do outro. 
Estávamos agora deitado, o meu moreno fazia-me festinhas nas costas. 

- Amor? - chamou-me.

- Sim...

- Eu espero mesmo conseguir te fazer feliz e ser o melhor para ti. Quero que te sintas bem comigo e acima de tudo bem contigo por estares comigo. - soltei um pequeno riso ao perceber que se atrapalhou todo com o que tinha acabado de dizer.

- Eu sou feliz e estou muito feliz ao teu lado. Tenho consciência que vamos passar por alguns probleminhas quando contarmos que estamos juntos. Mas eu só preciso de ti, do teu apoio, do teu amor - comecei a subir para cima dele e dar lhe beijinhos - do teu carinho, da tua compreensão. Só preciso de ti!

Assim que acabei de falar os papéis inverteram se e desta vez veio o meu amor para cima de mim, dando me pequenos beijos.

Decidimos ir tomar um banho antes de irmos embora. Enchi a banheira e coloquei sais. Queria também de certa forma fazer uma pequena surpresa ao André. Enquanto a banheira acabava de encher, encostei me à porta que dividia a casa de banho do quarto e apenas fiquei a observa-lo. Quando ele se apercebeu olhou para mim e sorriu.

- Pensava que estavas a tomar banho amor.

- Pensei que talvez pudesse-mos tomar juntos. - sorri de maneira a provoca-lo.

- Tens a certeza? - mordi o lábio e apenas assenti começando a puxa-lo para dentro.

Tivemos imenso tempo dentro de água a trocar carinhos, falar e a rir. Saímos porque a água já estava a ficar fria.

Quando chegamos a casa do Silva, onde eu ia buscar o carro, fomos apanhados pelo sr. Álvaro que vinha a chegar também. 

- Joana? Por aqui?

- Sr. Álvaro, sim eu vinha buscar o meu carro.

- Mas o que se passou?

Eu e o André engolimos em seco e olhamos um para o outro. Lembrei me da desculpa que tinha dado ao meu pai e tentei 'adaptar'.

-Eu ia para a universidade...

- Vá lá meninos, eu já percebi.

- O que pai?

- Que voces andam...

- Ai o meu velhote tem tanta piada.

- André, a serio, aqui o ' teu velhote '  já percebeu mesmo. Porque é que não contam de uma vez?

- Queríamos contar no Douro. -disse o André.

- Lá pelo menos o meu pai não vai poder mostrar tanto o seu desagrado.

- Como assim? - perguntou confuso.

- Sr. Álvaro, quando nós contarmos o meu pai vai ser contra. Ele não quer que eu namore com o filho do patrão. Para além de que aquelas duas fazem lhe a cabeça em água... - disse cabisbaixa.

- Seja como for eu vou lá estar para vos apoiar.

Deu me um beijo na testa e high five ao André e entrou dentro de casa. Agora sim mais do que nunca estava ansiosa.

- Visto que amanhã vamos para o Douro é melhor eu ir já para casa amor. Quero que saibas que adorei o dia, ao teu lado sou feliz.

- Também adorei o dia meu amor, vai correr tudo bem, eu prometo.

Demos um beijo demorado, o moreno levou me até ao carro deu me mais um beijo e despedi mo nos com um 'até amanhã, amo-te muito'.

Segui até casa.

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Desculpem ter demorado tanto para publicar o novo capitulo. :/

Espero que gostem, beijocas :*