Sonho ou realidade

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Duas semanas depois...

        Enquanto Liu matava pessoas descido dar uma caminhada, todavia o que precisava fazer era sair da fortaleza onde Homicidal havia me colocado, como não sou burra achei uma saída pelo porão onde uma das janelas ali não possuía tranca, só algumas tábuas cujo esforço fiz para retira-las. Livre finalmente caminhei pela floresta solitária, confesso que medo subiu em mim ao sentir-me observada, respirei fundo acelerando o passo, ouvi uma gargalha baixa e sombria vindo dos galhos das árvores, comecei a correr avistando a casa do Bloody, mesmo que o Liu não gosta eu preciso pois vi uma silhueta negra atrás de mim conforme corria.
Bati na porta apressadamente com extremo medo do que poderia ser a coisa me espreitando 

Bloody: Broken?

Broken: Oi Bloody!

      Tento não parece medrosa, mesmo assim minha voz vacila em algumas sílabas.

Bloody: Tudo bem? Você parece assustada 

Broken: Só paranóia. --- respiro fundo normalizando as batidas de meu coração --- Então, posso entrar?
     
Sem dizer nada o pintor me da passagem, olho em volta antes de entrar na aconchegante e levemente bagunçada moradia dele.
     
Haviam mobilhas normais como toda casa, exceto pelos excêntricos quadros em estilo gótico pintados expostos nas paredes, poderia se dizer um genuíno artista de obras macabras feitas dos sangues de suas vítimas recém mortas, aquilo me dava um certo enjoou, ao mesmo tempo que maravilhada por tamanho talento.

Bloody: Estou surpreso do Liu não vir como um cão de guarda. --- disse ele retirando algumas folhas espalhadas pelo sofá azul petróleo.
   
   Desviei minha atenção dos quadros para aqueles olhos incrivelmente azuis oceano do Bloody, ele era realmente muito bonito, qualquer mulher se apaixonaria pelo charme e beleza dos creepypastas, exceto por algumas exceções aqui e ali.
     
Não que eu esteja querendo algo com Bloody Painter, longe disso ele para mim é como um amigo sério e maduro, além do mais tenho meu lindo psicopata de olhos verdes, ciumento e com um lado fofo onde não demostra com muita facilidade, o que me magoa mais é seu muro de palavras frias direcionadas muitas das vezes a mim, mas ainda sim vou quebra-lo algum dia.

Broken: Ele está matando pessoas --- suspiro me sentando em um lado do sofá apoiando meu braço no encosto --- Confesso que não fico a vontade com isso.

Bloody: É da nossa natureza ser assim, não há como mudarmos.

Broken: Não quero que ele mude, só... --- exito um pouco olhando a barra da saia agora --- queria que ele diminuísse sabe? Tem pessoas ali que não merecem morrer.

Bloody: Entendo. Não há motivos para matarmos, apenas gostamos, dizem que somos maus por isso, sendo que os humanos que se acham normais fazem coisas piores também.
   
Olho Painter que estava em certa distância de mim, sentado numa mesa rabiscado algo no seu caderno verde.  
     
Atrevo-me a questionar internamente se fiz algo de errado a ele, sentia um certo desconforto aqui, como se o mesmo tivesse tentando me evitar, será que fiz algo de errado?

Broken: Concordo. --- dou de ombros --- Então..Bloody por que está tão distante de mim?
    
Ele continua olhando o caderno constatei estar formulando exatamente o que dizer, era estranho isso, o mesmo sentimento que sentia na casa da Tia Cobra era sentido aqui também, como se eu não fosse bem vinda, uma intrusa indesejada atrapalhando. Sinto meus olhos arderem ao começo de um choro, passo a mão neles no intuito de disfarçar fazendo aparentar uma coceira repentina.

Meu Anjo Suicida - Homicidal Liu ♡CONCLUÍDA♡Onde histórias criam vida. Descubra agora