O garoto acima é o Matheus.
Acordei com o barulho do despertador gritando no meu ouvido. Abro os olhos que ainda estão inchados (droga!), olho para o teto e respiro fundo.
Ontem Bianca veio me visitar. Não lembro de quase nada do que aconteceu. Só lembro de ter abrido a porta para ela e me jogado nos braços dela em prantos.
Levando da cama e me olho no espelho. Nossa! Tenho que dar um jeito nesses olhos inchados.
Vou para o banho e demoro algum tempo. Fico pensando no que aconteceu ontem... Droga de vida!
Saio do banho, coloco um jeans preto, um sapato escuro (não sei discernir a cor desse sapato), o uniforme da escola e um moletom bem grande por cima (cinza escuro).
Olho no espelho e meus olhos ainda estão inchados, mas não tanto quanto na hora em que acordei.
Amarro meu cabelo num rabo de cavalo bem bagunçado, preencho as sobrancelhas, passo um rímel e um pouco de corretivo pra cobrir as olheiras. Minha boca está meio pálida mas dane-se.
Pego minha mochila, desço as escadas, respiro fundo e vou para a cozinha. Chegando lá vejo meu pai, minha mãe, Stefanny e David sentados conversando. Quando eles percebem que estou lá, param de falar na mesma hora. Vou em direção à geladeira, pego uma maçã e quando estou saindo da cozinha.
Paulo- Bom dia, fi...
Anna- Bom dia. - Digo rígida.
Mary- Não vai tomar café?
Anna- Não. - Digo e saio da cozinha. Não estou nem um pouco à fim de olhar pra cara deles.
Vou para sala, pego o celular e vejo que ainda são 06:48.
David- Anna? - Ele diz aparecendo na sala.
Anna- O que é? - Digo olhando para a tv que está desligada.
David- Quer conversar? - Ele diz e se aproxima.
Anna- Não. Tô bem (mentira). - Digo ainda olhando para a tv desligada.
David- Eu soube da conversa que você e o papai tiveram.
Anna- Hm.
David- Você tá bem, Anna?
Anna- Não enche, David. Que saco! - Digo me levantando e saindo de casa.
...
Enquanto caminho na rua, percebo que meus olhos começam a arder e que logo estarei chorando.
Olho para o lado e vejo um homem alto e forte que aparenta ter uns 30 anos, uma mulher muito bonita por sinal que aparenta ter 27/28, e uma criança segurando a mão de ambos. A criança sorri enquanto caminha, e os dois, sorriem olhando para o (supostamente) filho saltitando.
Os três aparentam estarem muito felizes, e a criança, mais ainda.
Os olhos do menino brilham!
Ele aparentava ter uns 5 anos, tinha cabelos cor de mel, olhos claros, e um lindo sorriso estampado em seu rosto.
Fico observando aquela cena e as lágrimas continuam a cair dos meus olhos.
Abaixo a cabeça e continuo a andar.
Olho para o outro lado da rua e vejo uma calçada alta. Atravesso a rua, me sento lá e abaixo a cabeça. Enxugo as lágrimas que insistem em cair do meus olhos, e então percebo alguém pegando em meu ombro. Me assusto e vejo que é um senhora. Olho para ela e ela está sorrindo. Ela está sentada em uma cadeira de rodas e uma pessoa está atrás dela.
Anna- Deseja alguma coisa, senhora? - Digo tentando esconder as lágrimas.
Senhora- Que você tenha um ótimo dia. - Ela diz sorrindo e vai embora sendo empurrada por uma moça que estava vestida de branco. Deveria ser sua enfermeira ou algo do tipo.
Eu não soube reagir ao que ela disse. Aquele realmente não iria ser um bom dia. Imagine, "ótimo".
Observo ela se distanciando e eu acho que já vi aquela senhora em algum lugar. Só não lembro onde.
Me levanto da calçada e vou em direção à escola.
...
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O verdadeiro Amor
Non-FictionVocê conhece o verdadeiro amor? Então venha saber o que Anna teve que passar para encontrar o verdadeiro amor.