Final de aula. Agora irei para o meu lugar preferido... Livraria! Olhei para Maurício e depois para Luiza e não pude deixar de reparar que estão felizes por esse momento, assim como eu!
– Vamos lá! – Falou Luiza, agora ao meu lado, linda e sorridente. Olhei para Maurício ainda se desviando das cadeiras e das pessoas, tentando chegar até a minha mesa.
– Há pouco segundo te vi na cadeira do outro lado da sala... – Falei apontando com o dedo na direção em que Luiza estava sentada, sem entender a rapidez com que ela chegou ao meu lado.
– Sou rápida! – Falou Luiza pegando o meu material escolar e arrumando na mochila para mim.
– Concordo plenamente! – Falou o Maurício recém chegando ao meu lado com a cara de surpresa para a Luiza. – Deve ter algum elefante mal educado nessa sala... Pisou no meu pé com uma força... Quase dissipou meu pé – Falou Maurício com raiva movimentando o pé.
– Pois é! – Falou a Luiza concordando com Maurício.
– Como você é tão rápida?! – Perguntou Maurício obviamente para a Luiza, pois quando me virei para pegar minha mochila, dos ursinhos carinhosos, Luiza já estava me entregando com todos os materiais dentro, fazendo uma careta para mim. Não respondi, apenas peguei a mochila.
– Vocês que são lerdos demais. – Falou Luiza rindo. Mas realmente, acho que ela está certa, somos muito devagar...
– Vamos lá! – Falei me levantando finalmente da cadeira e colocando a mochila nas costas – Não vejo a hora de vocês conhecerem meu pai! – Falei saindo da sala.
Não falei para vocês?!... Convidei-os para ir à livraria comigo e com o meu pai hoje à tarde. Logo ele estará em frente ao colégio a nossa espera. Lembrei-me que ainda continuo com o curativo e pretendo tirar logo para ele não me fazer muitas perguntas, assim como Luiza e Maurício me fizeram, e claro que não respondi e nem vou responder a ninguém o real motivo.
Saímos da sala de sociologia andamos até o meio do corredor e viramos a esquerda e depois à direita e parei em frente ao meu armário número 37, um armário de esquina... O pior armário possível, pois agora acabo de perceber que com a pressa do pessoal, todos saem batendo em mim ou quase batendo no armário quando vão fazer curva. Notei que o armário do Maurício fica no mesmo corredor só que na outra esquina, a minha direita, o certo seria falar ao lado, ou na frente?! Bom... Ao meu lado se eu estiver virada para o meu armário. Bom... O armário 72, como já disse armário de esquina... Deve ser horrível assim como o meu. Quem foi sortuda aqui é a Luiza, armário número 1, primeiro armário depois dos troféus, que fica logo depois da entrada do prédio, ótimo armário.
– Então... Vamos lá! – Falou Luiza logo atrás de mim. E, mais uma vez, do nada ela aparece. Meu Deus ela parece um fantasma. Há segundos ela estava no armário dela, no início do corredor e agora aqui.
– Você estava lá – Falei apontando para o armário dela e vi outra menina encostada na frente do armário dela– Eu jurava que era você... – Falei perplexa pelo meu engano. Ajustei meus óculos e de repente senti uma mão nos meus ombros e me virei depressa. É Maurício, dessa vez, não me assustei devo estar me acostumando.
– Eu vi você... – Falou Maurício olhando para Luiza e para a menina do início do corredor. – Que estranho... – Falou Maurício limpando os óculos na parte de dentro da camisa de flanela xadrez dele.
– Você também viu? – Perguntei olhando para ele curiosa. Viu! Não estou ficando louca não...
– Viu o que? – Perguntou Luiza revirando os olhos, como se estivéssemos ficando malucos. – Gente! Vamos... Seu pai deve estar nos esperando – Falou Luiza saindo de perto da gente e caminhando para o início do corredor.
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A vida de Hannah
Ficção AdolescenteUma adolescente que sabe o que quer, mas não sabe o que a família é. Uma mãe maldosa, uma irmã que odeia a outra. Um novo colégio, um novo amor, mas como sempre o bullyng com a Hannah nada de novo... Mas o final do livro será tudo novo e misterioso...