– Chegamos a minha casa! – Falou Luiza estacionando o carro na garagem.
– Não sei se é uma boa ideia – Falei sem graça.
– Estão todos te esperando – Falou Luiza sorrindo.
– Ok! Vamos lá então! – Falei, tentando mostrar um pouco de felicidade.
– Sabia que eu nunca trouxe nenhuma amiga para vir aqui em casa?! – Ela falou caminhando até o elevador da garagem e eu a segui. Assim que o elevador abriu entramos. Ela apertou o botão da cobertura e passou o cartão magnético no visor do elevador e então começamos a subir. Virei-me para o espelho e me olhei, senti algo de diferente e me lembrei dos óculos e ri.
– O que foi? – Perguntou Luiza.
– Uma coisa idiota que pensei... – Falei sorrindo.
– Fale! – Luiza me incentivou, olhando para o visor do elevador que marca a cobertura.
– Se eu soubesse que as batidas na cabeça melhorassem a minha visão, já teria pedido para minha mãe fazer isso antes – Falei e ri, depois notei o que falei e não foi tão engraçado.
–Sua mãe que deixou você naquele estado? – Perguntou Luiza se virando para mim, ficando entre eu e a porta do elevador, enquanto que se abria.
– Sim... – Falei envergonhada olhando para o chão, sem me lembrar de que ainda não tinha lhe falado esse detalhe.
– Venha! Vamos para o meu quarto – Falou Luiza se virando e saindo do elevador e me puxando pelos braços.
– Luiza... – Falou alguém, uma voz feminina atrás da gente. Virei-me e a vi.
Deve ser da família, que genética, a única diferença é que ela tem o cabelo loiro, mas são muito parecidas, o mesmo tom de pele, parece duas bonecas de porcelana, tom de olhos cor de mel, as duas não são tão altas assim, e são lindas. A moça está vestindo um vestido floral rosa, bem cinturado, esse vestido a deixa bastante magra, o cabelo dela provavelmente está amarrado, porém está caindo inteiramente para um lado e é suavemente ondulado, ao contrário do cabelo de Luiza. Olhos pequenos e sobrancelhas grossas, desenhadas perfeitamente para o rosto dela e o nariz perfeitamente pequeno e empinado.
– Oi Mãe! – Falou Luiza virando-se para uma moça
Espera aí... Ela falou... Mãe? Isso não é possível? Ela é nova demais para ser mãe da Luiza, ela parece ser mais velha do que a Luiza apenas 10 anos, máximo.
– Sua mãe? – Perguntei para ver se entendi certo.
– Sim... Minha mãe! – Respondeu Luiza rindo – Mãe! Essa é a minha amiga Hannah... – Falou a Luiza sorrindo – Hannah essa é a minha mãe!
– Nossa... – Simplesmente consegui falar perplexa e literalmente de queijo caído – Senhora... – Gaguejei sem saber falar se posso dizer senhora ou senhorita...
Luiza e sua mãe riram
– Me chame somente de Lilian – Falou a mãe da Luíza sorrindo, um sorriso caloroso e radiante.
– Ok – Falei ainda perplexa – Mas eu não estou acreditando que a senhora é...
– Ei... – Falou a Dona Lilian, levantando uma das sobrancelhas e sorrindo e já entendi.
– Você... Não parece ser mãe da Luiza... – Falei, não acreditando ainda.
– Você está me chamando de velha? – Perguntou Luiza rindo e ri também.
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A vida de Hannah
Genç KurguUma adolescente que sabe o que quer, mas não sabe o que a família é. Uma mãe maldosa, uma irmã que odeia a outra. Um novo colégio, um novo amor, mas como sempre o bullyng com a Hannah nada de novo... Mas o final do livro será tudo novo e misterioso...