Capítulo XVII - É óbvio que sim... Mau! Eu aceito!

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Acordei com o som do despertador ao meu ouvido. Hoje ao contrário de qualquer outro dia acordei com vontade de continuar na cama, dormindo, mas sei que devo estudar, e levantei-me rapidamente com esse pensamento, já tirando o meu pijama de Cupcake, fui tomar um banho de chuveiro, fui rápida e logo me enxuguei e fui diretamente para o meu armário e escolhi qualquer coisa, como sempre a primeira roupa à minha vista. Me recordei do que a Isabella tinha falado em relação a não me ajudar a me arrumar e pensei em algo muito legal para fazer hoje à tarde. Vou sair com a Luiza.

Me vesti rapidamente e desci, indo para a mesa de jantar, e vi meu pai lá sentado, lendo como sempre seu jornal matinal e na outra mão sua caneca e o abracei por trás, um abraço forte e longo, depois de um tempo ele se virou, saindo da cadeira, ficando em pé e me abraçou forte, ficamos durante algum tempo nos abraçando sem pronunciarmos uma palavra, e esse abraço foi tudo para segurar o meu mundo que está desabando a baixo de meus pés.

– Eu te amo papai! – Falei, acabando com o silencio entre nós e senti cair uma lágrima em meu rosto.

– Oh minha filha – Falou meu pai beijando minha testa com ternura – Eu também te amo muito...

Assim que ele falou eu me separei dele e sentei-me ao seu lado, ele começou a me olhar, parece um tanto curioso.

– Está sem óculos?! – Perguntou papai me olhando estranhamente e acenei a cabeça.

– Falando nisso... – Falei me lembrando – Tenho que ir ao oftalmologista – Falei colocando suco no copo e bebendo – Será que consegue marcar lá no hospital? – Perguntei dando mais um gole no suco e olhando-o.

– Claro, marco hoje mesmo minha filha! – Ele respondeu dobrando o jornal e se levantando – Com licença, tem muita cirurgia lá no hospital, tenho que ir – Explicou meu pai saindo da sala de jantar e eu o acompanhei com o olhar.

– Obrigada! – Falei alto o suficiente para que ele possa ouvir. Terminei de tomar meu suco e me levantei. Ao sai da sala de jantar, vi mamãe e Isabella chegando, e assim que nos encontramos nós olhamos sérias, talvez até demais. Passei rápido pelo Hall de entrada, subindo até ao meu quarto, onde peguei uma jaqueta jeans e sai do quarto trancando o mesmo. Pois é, estou mais esperta agora, não deixarei mais ninguém mexer no meu quarto.

Desci as escadas em direção a porta e sai. Vi que o motorista ainda está lá parado em frente ao Land Rover e acenei a ele e o Rodriguez fez o mesmo, abrindo a porta do carona para mim e entrei dando o meu feliz bom dia e ele retribuiu e logo fechou a porta. Rodriguez deu a partida no carro e eu fiquei vendo a paisagem através da janela. Não demorou muito a chegarmos a escola, talvez um pouco mais cedo que o esperado, e então tive que esperar Luiza, e entrei na escola e fui direto para o meu armário.

Destravei o armário vendo a minha mochila ali dentro e então a peguei, revirei a mochila inteira a procura do meu celular e encontrei no bolso de fora e peguei, colocando no bolso da calça jeans azul e comecei a arrumar a minha mochila de acordo com o meu horário. Assim que tranquei o meu armário peguei o meu celular e comecei a mandar mensagem para a Luiza andando para fora do prédio da escola.

Andando tranquilamente olhando para o meu celular, enquanto mando mensagens para a Luiza, e lendo as mensagens que ela está me retornando. De repente senti meu corpo bater em algo duro, parecendo uma parede e me equilibrei para não cair, olhei para frente e percebi que esbarrei em alguém e não em uma parede e esse alguém que me segurou com rapidez e força pela cintura, era nada mais, nada menos... Que o idiota que me salvou ontem, quanta coincidência e azar ao mesmo tempo.

Senti que ele ainda segura, com uma das mãos, minha cintura e com a outra o meu celular, e percebi que minhas duas mãos se encontram em cima de seu peitoral duro e musculoso, extremamente musculoso e assim que percebi que era ele eu apenas peguei o meu celular com a cara fechada, enquanto que ele sorria... Um sorriso sarcástico, cínico, irônico, convencido e... Lindo...

"Espera aí Hannah. Para. "

– Pelo visto você não presta muita atenção por onde anda, não é? – Perguntou o rapaz ainda com o sorriso irônico e convencido, exibindo seus belos dentes brancos – Pelo menos se é para te salvar toda a hora... Por que não me diz o seu nome? – Perguntou ele me olhando de cima a baixo, com o olhar tão provocador que me senti nua. Seu sorriso faz lembrar aqueles galãs de Hollywood

– Por que não quero – Simplesmente falei com uma raiva e guardei o celular no meu bolso da calça e ele me olhou com uma expressão ironicamente assustado, pelo menos fingindo estar assustado, mas depois deu o seu sorriso de galã.

– Ok! Além de desatenta é mal-agradecida?! – Ele falou rindo, desvencilhei-me de suas mãos e sai porta a fora irritada e batendo o pé e ouvi seu riso ainda no fundo.

Quem ele acha que é? Idiota, isso que ele é...

– Oi meu amor! – Falou uma voz masculina ao meu encontro despertando-me dos meus devaneios. Olhei já sabendo quem era e quando o vi pulei em seu pescoço, abraçando-o – Nossa! – Maurício falou sorrindo, um sorriso confortante e gracioso – Por que você não é assim sempre? – Brincou Maurício me fazendo rir e então olhei para trás de canto de olho e vi o rapaz ainda me olhando. Mas agora a ironia sumiu de sua expressão, dando um ar de reprovação, desenhado em seu rosto perfeito. Voltei meu olhar para o Mau... Meu lindo Mau – O que foi? – Perguntou Mau sério olhando para o rapaz e me abraçando em forma acolhedora e bastante forte.

– Nada – Menti sorrindo, como eu consigo mentir tão bem assim? Me perguntei e voltei a abraça-lo de frente.

– Tenho um presente! – Falou Maurício jogando sua mochila para frente e pegando um embrulho rosa pink e me entregou. Sorri.

– Presente?! – Confirmei ainda sorrindo e abrindo a fita que fecha o embrulho – É alguma data especial? – Perguntei olhando-o e sorrindo.

– Precisa de uma data? – Perguntou ele com um sorriso debochado e me deu um beijo delicado no rosto.

– Acho que não – Falei sorrindo e peguei uma caixinha preta que estava dentro do embrulho. E assim que peguei a caixinha vi o Maurício se ajoelhando à minha frente e me lembrei de vários filmes com essas cenas, e todas essas cenas terminam com um pedido.

"Oh my God"

– Hannah Evans... – Maurício falou calmamente pegando a caixinha e a abriu, vi um lindo anel de compromisso – Gostaria de namorar comigo?! – Ele terminou de fazer o pedido, e ainda não caiu a minha ficha. Maurício me pediu em namoro... Alguém me pediu em namoro.

Fiquei sem atitude, sem resposta, só o olhava com curiosidade, sem entender o que ele falou, mas por pouco tempo, até que os sentimentos mudaram e agora me sinto entusiasmada, animada, maravilhada, e com espanto, um ponto de espanto, pois foi tudo muito inesperado.

– Claro! – Aceitei sorrindo e ele suspirou de nervoso e satisfeito – É óbvio que sim Mau! Eu aceito! – Falei com a voz rouca, enquanto ele se levantava e eu o abracei beijando-o apaixonadamente e ele me abraçou erguendo-me alguns centímetros enquanto nos beijamos. E depois do beijo avassalador ele me colocou a aliança no meu dedo, e me senti a menina mais feliz de todo o colégio, talvez até da cidade! Ou quem sabe... Não exagera Hannah....

" Estou namorando com um cara tão lindo, sensível, e eu o adoro!

Nos viramos abraçados e ele pôs o braço no meu ombro com um sorriso de satisfação, notei que ele estava olhando para o rapaz dentro do prédio da escola, provavelmente querendo provar que eu tenho namorado agora. Caminhamos de volta ao prédio, onde passamos pelo rapaz que me salvou e ele saiu do prédio rápido e com raiva, batendo duramente no ombro do Maurício sendo agressivo demais com meu... Namorado... Fazendo o Maurício se esquivar e quase gritar de dor e o olhei por entre meus ombros. Não entendo a raiva dele, eu nem o conheço e ele ficou com a expressão agoniada, seus olhos cheios de fúria, frustração e repulsa. Mas sinto que o conheço de algum lugar... Só sei disso...

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A vida de HannahOnde histórias criam vida. Descubra agora