CAPÍTULO XXIII - Isso não vai ficar assim

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- Não – Falei séria e confiante. Luiza me olhou, sua expressão mostrava orgulho e ao mesmo tempo não acreditava no que acabei de falar. Mamãe ficou de queixo caído, assim como Isabella. Celina lá no segundo andar desconfiada de algo.

– O que é que você disse guria? – Perguntou minha mãe levantando a mão e ao invés de eu me encolher eu ergui mais a cabeça e ela então baixou a mão de repente – Isso não vai ficar assim. Não vai – Falou mamãe se virando e saindo da sala e Isabella ficou me olhando e olhando para Luiza e então saiu, seguindo minha mãe. Isabella saiu bufando como um touro e batendo pé como uma criança mimada.

– Isso aí! – Falou Luiza sorrindo – Bom... Tenho que ir... Antes que eu morda alguém – Ela falou apontando com o polegar para trás dela e entendi a referencia, não podendo deixar de rir.

– Ok Luiza... Amanha que horas?! – Perguntei abrindo a porta.

– 6:30 – Respondeu Luiza saindo.

– Ok! Já estarei de banho tomado para adiantar... ok?

– Perfeito! – Falou Luiza – Vamos no meu carro – Ela falou dando uns de seus sorriso malignos.

– Pode deixar... Ficarei em jejum para andar com os Velozes e Furiosos – Brinquei.

Luiza mandou um beijo no ar e sorri, a vi entrando no carro e partindo e do outro lado vi o carro do papai chegando e sorri alegremente e então acenei para ele.

Vi o pai estacionando o carro em frente à casa e depois saiu do carro e então fui até a ele e o abracei.

– Nossa... Quem é você e o que fizeram com a minha filha? – Falou papai sorrindo e me abraçando e não pude deixar de rir e alto por sinal.

– Gostou?! – Perguntei preocupada, largando ele.

– Você gostou? – Perguntou papai segurando meu queixo com delicadeza – O que importa é se você gostou...

– Sim! – Falei. Ele sempre diz coisas certas, nas horas certas.

– Venha então... Me conte lá na hora do jantar sobre essa transformação – Falou meu pai pousando o braço esquerdo no meu ombro, me guiando até a entrada de casa, assim que entramos mamãe e Isabella logo me afastaram com a mão de meu pai e começaram a tagarelar sobre mim. Elas estão realmente falando isso? Falando sobre eu estar querendo competir com a Isabella? Querendo roubar a atenção toda para mim? O que?

– Pai... Vou jantar lá no quarto – Falei decepcionada com as duas, falei subindo as escadas, meu pai tentou pegar na minha mão para me impedir, mas o larguei e continuei subindo. Não aguento mais olhar para as duas. Nunca gostei delas, não vou gostar agora.

Assim que cheguei ao meu quarto vi a cama vazia e logo gelei, fiquei sem ar, meu coração começou a palpitar e corri para o armário a lá estava às roupas no guarda roupa, perfeitamente arrumadas, e vi ao lado uma caixa, escrito:

Para doar

Letra da Celina, e na caixa estava muitas roupas, talvez todas as minhas antigas roupas, mas sinto muito Celina e Luiza, mas vou recolocar no meu closet as roupas que eu mais amo. Por exemplo essa blusa do ac/dc como é??? Nunca, camiseta de banda nunca, e essa minha blusa xadrez? Vou ter que olhar toda essa caixa? É isso??? Elas estão querendo jogar esse meu pijama fora? E essa calça jeans? Fala sério?!

Ouvi umas batidas na porta logo depois a voz da Celina e a mandei entrar.

- Vi que você mal jantou e então eu e seu pai combinamos de te trazer comida aqui no seu quarto – Falou Celina levantando mais acima na altura do rosto a bandeja.

A vida de HannahOnde histórias criam vida. Descubra agora