Capítulo 14

3K 245 35
                                    

Entramos no maravilhoso  zoológico. O clima era de diversão. O ambiente estava mais colorido, agradava as crianças.

Íamos começar o passeio quando meu telefone tocou.

Merda! Andrew!

Como eu fui esquecer?

- Sarah? Você está bem? Ficou pálida de repente.

- Estou bem.

- Não vai atender?

Assenti

- A... Alô?

- Sarah, aonde você está? Eu estou te esperando faz meia hora.

- Descupa Andrew - disse atraindo o olhar de Tomaz - eu tive que sair.

- Você já está chegando?

- Não, eu vou demorar.

{- Mãe, vem! - Alex gritou. - eu quero ver o leão. }

- Ah, está com as crianças. Leão? Que história é essa? - riu.

- Estamos no Zoológico. Eu havia prometido a eles que os traria. - Merda!

- Eu poderia ir ao encontro de vocês. Estão em qual zoológico?

- Andy, eu não acho uma boa ideia, você vai precisar dirigir muito e já estamos de saída.

- Se você prefere assim, tudo bem...

- Nos falamos mais tarde...

- Ok, até mais tarde!

Tomaz não estava perto quando eu desliguei.

Droga!

- Tomaz?! - procurei - Tomaz?!

Eu já acreditava que ele estava magoado com alguma coisa. Procurei, procurei, procurei.

- Woaaaaaa!! - gritou saindo atrás de uma das árvores.

- Aaaah! Tomaz! - Começamos a rir descontroladamente.

- Vamos logo!

Passamos do macaco até a girafa, do elefante ao tigre, das serpentes aos pássaros...

Rodamos todo o zoológico, acredito que Tomaz queira recuperar o tempo perdido, porque a quantidade de fotos que foram tiradas era equivalente aos 4 anos.

- Eles são muito inteligentes. Estou realmente impressionado. - Comentou deixando as crianças correrem pelo parque.

- Tiveram a quem puxar. - rimos

- Você dizia que eu iria reprovar.

- Também, toda semana faltava ou era colocado para fora. Eu não poderia imaginar que seu boletim não condizia com sua pessoa.

- Me julgou pela aparência. Que coisa feia mocinha. - Rimos ainda mais. - Vamos, ainda há uma coisa para se fazer aqui.

- Não basta? Andamos tudo duas vezes. Oque deixamos passar?

Tomaz segurou em minha mão e puxou-me. Andamos pelo parque até chegar ao centro.

Havia lá um enorme banquete em forma de piquenique.

- Nossa! Você caprichou.

- Não dava pra vir aqui e deixar de fazer isso.

Lanchávamos abaixo de um enorme carvalho.

Eu queria registrar todo aquele momento em minha mente.

Olhei ao redor e memorizei cada detalhe.

Então percebi que o carvalho no qual usufruíamos da sombra era o único antigo. Os outros eram menores por terem sido plantados a menos tempo. Meus olhos  retornaram para o velho carvalho até paralisar em seu tronco. Meus olhos encheram-se de água e acho que passei muito tempo distraída porque as crianças passavam a mão na frente do meu rosto.

- Mãe!

- Mãe! Mãe!

- Sarah! - Tomaz despertou-me.

Olhei em seus olhos e olhei para o piquenique.

- Está tudo bem?

- Desculpa!  - levantei e corri para longe. Meu coração doía e batia forte.

As lágrimas rolavam sem parar.

- Sarah? - Tomaz aproximou-se com as crianças. Você está bem?

- Você fez de propósito não fez? - gritei.

- Sarah... Eu....

- Para! Eu vi! Como? Como você fez? Todas as árvores foram replantadas. Como mantiveram logo aquela?

"-Tomaz! Me deixa! - eu corria e ria.

- Eu vou matar você! 

- É sério! Abaixa esse canivete.

Tomaz alcançou-me e caímos.

Seu corpo estava sob o meu.

Ele olhou-me nos olhos e seu sorriso me preenchia. Eu sentia paz em seu olhar.

Quando menos esperava seu rosto chegou perto do meu. Meus olhos se fecharam automaticamente e seus lábios finalmente tocaram os meus.

Eu já havia o beijado. Porém dessa vez era diferente. Era tão maravilhoso, meu coração pulsava e eu podia sentir....

Eu já o amava.

- Você é tão linda. - colou nossas testas. - Como você está aqui comigo?

- Eu que digo. Olha pra você. Que garota não gostaria de estar aqui agora.

Sorriu.

- Realmente... Eu poderia estar com qualquer garota aqui agora... - engoli seco e regredi. - Mas se eu voltar aqui amanhã, ou depois ou daqui a 10 anos... - puxou-me para perto de novo. - Eu escolheria estar aqui com você!

- Nossa! Parabéns!  Você sabe fazer uma garota sorrir.

- Eu preciso saber, porque eu estou viciado num sorriso aí. - beijou a ponta do meu nariz. - Olha, eu não quero que esse dia termine, não vai acabar hoje. - Tomaz levantou puxando o canivete de novo. - Nesse carvalho que nos deu sombra, aqui é um de nossos lugares no mundo.

Gravou na madeira " Acordarei com teu sorriso todos os dias e em 50 anos ele ainda será o mais bonito e o meu favorito. (T+S)"

- Tomaz..."

- Bom... Eu fui um dos investidores na reforma. Daria 30% do valor se eles mantivessem a árvore-  sorriu.

- Porquê?  Oque você ganha com isso?

- Eu ganhei a lembrança de um acontecimento importante.

- Ai! Tomaz! Você... Você...

- Porque está brava? Achei que ficaria feliz.

- Eu não estou brava! - gritei. - Eu só... - minha voz falhou. - Eu sinto sua falta!

Nossa Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora