2. Capítulo Dois

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- Pode entrar.

Draco Malfoy permaneceu sentado em sua poltrona, não iria se dignar a ir até a porta e abri-la para dar de cara com o mordomo que certamente iria trazer sua sentença de morte. Conhecia muito bem sua mãe, era provável que há essa hora ela já havia feito a cabeça de Lucius. Havia sido apenas uma questão de tempo.

Tempo este que ele deveria ter considerado razoável, a questão é que não imaginara que se aproximar de Hermione Granger seria tão difícil... Havia sido um mês em que ficara a espreita, um mês em que dissera que iria conquistá-la, mas em realidade não havia conseguido mais que poucas palavras trocadas com ela, sempre ele de um lado do balcão e ela do outro. Aquela castanha era realmente mais difícil do que constava em seus planos, qualquer outra garotinha - como as amigas de sua irmã - já estariam aos seus pés com apenas uma semana, mas não, justo a garota que lhe parecera interessante o suficiente para talvez tentar algo mais se fazia de durona e não lhe dava bola.

Isso só fez sua frustração aumentar.

- O que você quer? - perguntou o loiro de mal humor.

- Desculpe incomodar, senhor Draco - disse a empregada em um murmúrio. - Sua mãe e seu pai o aguardam no escritório.

- Era o que eu estava esperando - resmungou o loiro. - Vá até lá e os avise que em instantes eu irei aparecer.

Era o momento que no último mês Draco esperava a cada dia, todos os finais de semana ele fazia o que podia para se manter afastado da casa de campo da família, afinal Lucius passava os dias da semana no parlamento, em Londres, e não se dava ao trabalho de voltar para casa. Mas agora, já estando bem de saúde e, como Draco podia imaginar, ainda mais disposto a vê-lo casado logo, Lucius e sua mãe não iriam mais adiar este momento.

- Como quiser.

Quando a empregada fechou a porta do quarto, Draco se levantou abruptamente da poltrona e andou a passos largos de um lado para o outro. Precisava reorganizar os pensamentos, ter argumentos muito bons perante seus pais. Conhecia Narcisa bem, sua mãe era uma lady em muitos aspectos, mas sempre fora uma mulher de pulso forte e a última a dar a palavra dentro da casa dos Malfoy - e neste caso ele tinha certeza de que ela seria ainda mais exigente. Draco sempre soubera reconhecer uma causa perdida, só que dessa vez iria tentar convencer a mãe. Era a única saída para que eles não tentassem arranjar um casamento dele com Pansy Parkinson.

Draco entrou no escritório de Lucius sem bater. Sua mãe e seu pai o esperavam com uma impaciência disfarçada.

- Que bom que você chegou - disse Narcisa séria. - Agora podemos começar.

Não houve resposta por parte de Draco, o loiro apenas se sentou na poltrona que estava estrategicamente colocada de frente para os pais. Com uma rápida avaliação da situação, Draco pôde perceber que seu pai não parecia nada contente e por um breve instante se sentiu uma criança de apenas cinco anos de idade sendo pega em uma travessura. Aquela conversa, definitivamente, não seria agradável.

- O que você quer da sua vida, Draco? - perguntou Lucius passando as mãos pelos cabelos meticulosamente cortados. - Sinto lhe informar, mas você não é mais um adolescente. Você já tem 25 anos.

- Eu e seu pai conversamos muito seriamente sobre o seu futuro - Narcisa estava inquieta, já havia cruzado e descruzado a perna uma par de vezes. - E chegamos a seguinte conclusão.

- Você deve casar, Draco - informou Lucius.

- Isso eu sei desde que eu nasci. - informou o loiro casualmente. - Se eu não me casar, não posso assumir o meu lugar no parlamento...

Alugando Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora