13. Capítulo Treze

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- Draco, não. – disse Hermione em meio aos beijos. – Por favor... – murmurou ao sentir Draco beijar a base de seu pescoço.

- Certo – disse o loiro parando abruptamente. – Eu já lhe disse, não irei fazer nada que você não queira.

Hermione viu o loiro se virando para o lado, e se afastando o máximo que podia. Ela respirou fundo. Não seria fácil esses cinco anos que iriam vir pela frente. Mas afinal, o que ela estava achando? Que iria conseguir permanecer virgem durante esses 5 anos ao ladro de Draco Malfoy? Que pensamento mais tolo, mais infantil. A realidade era outra, e Hermione bem sabia disso.

Por mais que tentasse, Draco sabia que não iria conseguir dormir. Ainda mais quando sentiu uma das pernas de Hermione pousando em cima de seu quadril. A respiração tranquila denunciava que ela dormia profundamente. Seria uma longa tortura tê-la ao lado sem nem ao menos, poder tocá-la. Iria ver o sol nascer, provavelmente. Ela mexeu-se inquieta e se virou, tirando o peso de cima de Draco que respirou um pouco mais aliviado. Amanhã seria um longo dia, com certeza. Talvez fosse usar essas horas que tinha para pensar no que iria fazer.

 A experiência na casa dos Malfoy havia traumatizado Hermione e a trazido para realidade. Era com aquele tipo de pessoa que ela iria tratar dali por diante. Pessoas como Narcisa e Lucius. O casamento estaria cheio de pessoas como aquelas, que lhe lançariam um sorriso pela frente, mas empunhariam uma adaga por trás.

- Você não vai falar nada, Hermione? – perguntou Draco com os olhos na estrada. – Diga alguma coisa. Qualquer que seja.

- Não precisávamos ter tomado café da manhã na casa dos seus pais – murmurou ela. – Sua mãe é elegante demais para falar tudo o que pensa, mas eu escutei vocês discutindo ontem.

- Eu já lhe disse que o problema não é minha mãe, mas sim meu pai – num gesto casual, ele trocou a marcha do carro. – Achei que você tivesse entendido.

- As coisas não funcionam assim, Draco. Sua mãe é uma mulher geniosa e por demais observadora. Não me parece que ela aceita a opinião de seu pai sem avaliar.

- Talvez, mas acredite em mim, meu pai a influencia demais.

Havia algo que Hermione não conseguia compreender direito. Quando pegara o final da “conversa” entre Draco e Narcisa, algo lhe chamou atenção: o modo como Draco havia se referido a futura esposa do Príncipe William.

- Sua mãe parece gostar da noiva do príncipe – comentou Hermione olhando a paisagem passar rapidamente.

- Quem? Kate? – perguntou Draco olhando de soslaio para Hermione.

- Sim.

- Minha mãe tem o dom de gostar das pessoas erradas, Hermione. Você vai aprender isso rapidamente. – murmurou Draco.

- Voce não gosta da Catherine?

O que responder a Hermione? Draco não sabia, ou melhor, não se sentia preparado para falar sobre ela. Ainda mais com Hermione. Era uma ferida que ainda não fora cicatrizada, e que provavelmente nunca seria.

- Nada contra – respondeu evasivo.

- Você a chamou de aproveitadora ontem.

- Até que ponto voce escutou da conversa? – perguntou Draco atento. – Não minta para mim, Hermione.

- Não tenho o costume de mentir, Malfoy – disse a castanha mostrando-se ofendida. – Escutei sobre o casamento e depois sua mãe defendendo Kate. Só isso.

Alugando Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora