Prologue

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Naquela manhã Harry fora acordado pelo seu pai, que praticamente o jogara para fora da cama.

- Se arrume logo, vamos passar o dia na casa dos seus tios. - Revirou os olhos para o filho, como se estivesse o apressando.

- Que tios? E você ainda está de pijamas. - Apontou, se levantou meio cambaleante e colocou seus óculos.

- Lucius, Sirius e Remus. - Disse já saindo do quarto do filho. - E se arrume rápido, a rainha da reclamação já está pronta. - Berrou do corredor e Harry ouviu direitinho sua mãe ralhando com seu pai como se ele fosse uma criança.

Se dirigiu ao banheiro, escovou os dentes, estava tão sonolento que quase colocou creme de barbear na escova, ao invés da pasta de dentes. Com os dentes escovados e o rosto limpo, fez sua "barba", que consistia em alguns pelos que cresciam aleatoriamente por seu rosto e que o irritavam profundamente.

Tomou o banho mais rápido que conseguiu, preferiu lavar o cabelo já que ele parecia um ninho de ratos e provavelmente iria ouvir algum comentário vindo de Lucius ou Draco
quando chegasse a Grimmauld Place.

Veja bem, seus tios Sirius e Remus eram um casal, Lucius Malfoy era um bruxo veela puro, solteiro e muito bonito. Em uma noite acabaram se encontrando e os dois se apaixonaram pelo loiro, mas ao mesmo tempo continuaram apaixonados um pelo outro. Um tempo depois se tornaram um casal triplo e depois de mais um tempo nasceu Draco - que era filho de sangue unicamente de Sirius e Lucius, já que Lupin estéreo, mas para Draco os três eram seus pais e sempre seriam.

E Draco, bem, Draco era o amor de sua vida. Na cabeça de Harry ele era apaixonado por Draco desde que nasceu, ou, pelo menos, desde que se conhece por gente.

Mas era um amor não correspondido, o loiro apenas falava com ele para o insultar ou reclamar que ele fazia tudo de errado. Também não conviviam muito, apenas durante as férias, porque Harry estudava em Durmstrang, afinal desde pequeno havia se apaixonado pela escola, principalmente quando descobriu que lá tinha treinos de luta e aulas sobre artes das trevas, algo que ele se interessava muito, pois um dia seria um auror como seu pai e como comnater artes das trevas do melhor jeito? A conhecendo melhor que ninguém, e por isso Harry era um dos melhores alunos da escola e um dos mais esforçados.

O Instituto de Aprendizagem Mágica Durmstrang se localizava no norte da Suécia, mas ensinava alunos de diversas nacionalidades, até mesmo da Bulgária.

E Draco estuda na Academia de Magia Beauxbatons, uma escola localizada no sul da França, perto de Cannes. E é um veela. Veelas são, na não tão humilde opinião de Harry, a melhor coisa já criada pela magia. São uma raça semi-humana semi-mágica, que lembram as sereias da mitologia grega. Seus olhares e, especialmente, sua dança são magicamente sedutores para quase todos os seres do sexo masculino, o que os faz executar ações estranhas a fim de ficar mais perto delas. Veelas masculinos são mais femininos que bruxos comuns e em grande maioria possuem úteros, o que os faz capaz de se reproduzirem com seres do mesmo sexo.

Quando Veelas estão com raiva, no entanto, eles se transformam em algo mais parecido com Harpias - seus rostos se transformar em cabeças de aves com bicos cruéis enquanto asas longas escamosas estouro de seus ombros, e eles podem lançar bolas de fogo de suas mãos.

Uma das fantasias de Harry era imaginar Draco dançando para ele, eram conhecidas as lendas sobre a dança dos veelas, e Harry não podia se conter, só de imaginar como seria um calorzinho se instalava no seu baixo ventre, e não era culpa da água quente do chuveiro.

Antes que se atrasasse mais, desligou o registro e enrolou uma toalha em volta da sua cintura.

No andar de baixo Lily tentava se levantar do sofá, o que havia de se tornado uma tarefa muito difícil nas últimas semanas, havia fechado o oitavo mês de gestação e sua barriga parecia uma melancia. Mas não se preocupava tanto com isso, aquele bebê foi muito quisto por ela, James e Harry, que implorava para ter irmãozinhos desde seus dez anos.

A decisão de finalmente ter um segundo filho veio dela, Harry passava praticamente o ano inteiro em Durmstrang, e mesmo que Lily trabalhasse trabalhasse lá, como professora de poções, não aguentava mais as reclamações de James - que tinha saudade de ter uma criança correndo pela casa. Lily tentou convencê-lo que a criança já era ele, ou Sirius quando vinha visitar o amigo, mas James apenas revirou os olhos, não achando graça da piada feita pela esposa.

James entrou na sala com a bolsa do bebê, que agora carregavam para todos os lugares como se fosse uma segunda varinha, e viu a esposa em uma posição estranha.

- Hm, amor? O que está tentando fazer? - O cenho franzido enquanto caminhava até ela.

- Tentando me levantar. - Sorriu amarelo e James a puxou para cima com todo cuidado.

- Melhor? - Selou os lábios com a ruiva.

- Melh-.

- Ew, que nojo. - Harry gritou descendo as escadas.

- Já está pronto, querido? - Perguntou sem se abalar pelas palavras do filho, enquanto James mostrava a língua para
o mais novo que retribuiu o gesto. Harry assentiu, caminhando diretamente para a lareira, pegou um pouco de pó de flu em uma jarra marrom que ficava ao lado de algumas fotografias, entrou tomando cuidado para não bater a cabeça.

- Largo Grimmauld Place, 12. - Gritou atirando o pó de flu no chão.

Girou e girou, tendo a sensação que iria vomitar, foi um alívio quando enfim parou e a fumaça verde se dissipou, saiu da lareira dando de cara com Draco, que o encarava com uma sombrancelha arqueada.

- Olá, Potty. - Voltou a ler o livro, Harry ia respondeu quando ouviu um grito de uma pessoa que conhecia muito bem.

- Harry! Achei não ia mais te ver. - Berrou Gina Weasley, se jogando nos braços do melhor amigo. O moreno apertou com força o corpo pequeno dela contra o seu.

- Eu senti saudades. - Confessou beijando os cabelos ruivos.

- Não tanto quando eu. - Do sofá Draco fez um som semelhante a quando se vomita. - Como foi seu ano? Você cresceu, olha só esses músculos. - Apertou o tríceps de Harry e analisou bem o peito largo e forte do rapaz.

- Em Durmstrang nós somos obrigados a treinar, e como eu era do sexto ano o treino foi mais intenso, já que esse ano vai ocorrer o Torneio Tribruxo. - Comentou ainda envergonhado pelos olhares nada inocentes da amiga.

- Mas vo- - Como se fosse salvo por um gongo, seu pai, espalhafatoso como sempre, entrou na sala fazendo barulho.

Sirius apareceu na sala como se estivesse aparatado ali, passou a mão pelos cabelos do filho, os jogando no rosto dele, que grunhiu.

- Harry, James. - Gina se afastou no momento certo em que Sirius puxou os dois Potter para um abraço triplo. James correspondeu animado, mas Harry foi se afastando devagar, até que se viu livre dos braços do pai e do padrinho.

Lily chegou alguns minutos depois e balançou a varinha em direção ao filho, que ainda estava sujo das fuligens da lareira. Seus pais sumiram alguns minutos depois, deixando um irritado Draco junto com dois melhores amigos, conversando na sala.

- Mas como você fez para ficar assim? Ano passado você ainda era um menino magrinho e baixinho. - Riu enrolando o cabelo na ponta do dedo. Draco se levantou, arremessando o livro contra os dois, que desviaram rapidamente.

- Vocês não podem calar a boca um segundo? Eu não ligo se os músculos do Harry estão maiories, Ginevra, e nem ele. Você não entende que ele gosta de mim, todo mundo sabe! Pare de ficar dando em cima dele descaradamente como uma meretriz. - Saiu da sala batendo os pés fortemente contra o piso de madeira.

Harry encarou a porta, onde todos os adultos estavam, espiando para dentro como se a qualquer momento Draco fosse voltar e continuar a discussão.

[...]

Disponível também no Spirit Fanfics pelo meu perfil @/mybaeslash

Unrequited - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora