12 - Fortress

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"Nunca confie em estranhos. Pois nunca sabemos quando por trás de um bonito cordeiro há um lobo feroz."

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– Quem são vocês? Nunca vi os rostos jovens e bonitos por aqui. - Diz a mulher. Ela está vestida com um vestido longo, e usa uma coroa muito bonita na cabeça. Ao lado dela estão um homem meio estranho e uma mulher que mais parece uma guerreira.

– Nós... Sofremos um acidente. Estamos perdidos aqui e precisamos de ajuda. - Digo, fazendo todos olharem pra nós.

– Ah... Vocês são os forasteiros. Muito bem... Sejam bem vindos ao templo Genesis. - O ar na voz dela não é agradável. Este ambiente não é nada agradável. Há velas espalhadas por todo o lugar.

– Esse cheiro de vela vai acabar me fazendo vomitar. - Reclama Barbara.

– Juntem-se a nós. Iremos fazer as preces. - Ela desce do grande palco e fica entre a multidão.

– Preces? - questiona Katy.

– Nós nos ajoelhamos, e rezamos até a escuridão ir embora. Sempre funciona. - Ela sorri. As pessoas começam a se ajoelhar nas cadeiras e ficam em posição de oração. – Bom, se quiserem se juntar a nós é só se ajoelhar e rezar. - Ela se vira e vários sussurros começam a preencher o silêncio de antes. É até medonho o som que os sussurros fazem. Quase não há janelas aqui. E as poucas que tem estão trancadas com muitas barras de ferro.

Ficamos em um canto do local, longe de todas aquelas pessoas.

– Vocês acham que é seguro ficar aqui? Eu não sou muito fã de fanáticos religiosos. - Diz Jane.

– É muito melhor do que ficarmos lá fora, com aqueles monstros tentando matar a gente. - Helena diz.

– Eu nunca confio em estranhos. - Rebate Jane.

– Eu sei. Aliás... Eu não esqueci de você, mocinha. Seu rosto me é bem familiar. - Elas se encaram.

– De qualquer forma... É bom ficarmos aqui. Pelo menos por enquanto. - Diz Tony.

–Eu sei que estão com medo. Eu também estou... Mas, eles podem nos ajudar. Nos ajudar a sair daqui. - Digo, segurando na mão de Tony.

– Acho difícil... E se eles nos obrigarem a ficar e seguir isso tudo aqui? Eu não vou usar essas roupas horrorosas. - Diz Barbara.

Sshhhh! - Uma mulher que estava ali se incomoda com nosso falatório. Decidimos então ficar calados e esperar aquilo terminar.

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Alice está andando em uma área de mata. Ela trás uma bolsa consigo.

– Eu tenho que conseguir provar pra eles que eu prendi o demônio da Charlotte. Agora, vejamos... Onde posso começar o ritual? - Ela analisa o melhor lugar e vai até uma área perto do lago. – Aqui está perfeito.

Ela está realizando um feitiço de armadilha.

Com sangue puro, ela faz o círculo da seita, e em seguida profere algumas palavras esquisitas. A Demon Charlotte aparece pouco depois.

– O que pensa que está fazendo? - Diz a garotinha com voz demoníaca.

– Eu estou livrando Chernobyl de você, sua imunda. Profana. - Ela diz, tendo certo receio da aproximação do demônio.

– Chernobyl nunca será liberta. Nunca ouviu dizer que não ha cura para o que não é doença? Então... Não há libertação para o que não precisa ser liberto. - O demônio é surpreendido quando várias faixas de sangue começam a envolver seu corpo. Os olhos de Alice estão totalmente pretos.

CHERNOBYL 2: Do Que Você Tem Medo?Onde histórias criam vida. Descubra agora