15 - Undo

79 13 4
                                    

"Nada melhor do que o amor para desfazer o medo."

Neste capítulo:
Lauren Weedman - Cristina

_______________________________________

Mundo real

Tessa está na sala de sua casa, tomando um pouco de chá quente, quando a campainha toca. Edward que estava na cozinha, vai abrir.

- Oi, Cristina... - ele abraça Cristina. Ela é a melhor amiga de Tessa.

- Eu vim correndo assim que você me disse o que tinha acontecido. - Diz ela, sentando no sofá.

- Eu estou desesperada amiga... Ouve isso. - Ela aperta no botão de caixa postal do fax.

- Mãe... Por favor... Ajuda... Acidente... Chernobyl... Matar a gente... Por favor mãe... Me ajuda... - O recado termina mas o chiado continua.

- Nossa... Que esquisito. Põe outra vez. - Tessa coloca o recado novamente. - Chernobyl...

- Pelo que eu entendi eles sofreram um acidente ou em Chernobyl ou nas proximidades. Nós não sabemos ao certo como chegar lá por isso te chamamos. - Diz Edward. Cristina é guia turística, e já conheceu diversos lugares do mundo.

- Fizeram bem. Chernobyl não é muito perto daqui. Dá pra ir de carro, mas teremos que atravessar numa balsa. No máximo umas 5 ou 6 horas de viagem. Ou podemos ir de avião para Kiev, e de lá poderíamos ir até Chernobyl. O que acham? - Ela olha para Tessa e Edward, que concordam.

- Eu só quero achar meu filho. - Ela está abatida.

- Iremos achá-lo, Tessa. - Tranquiliza Cristina. - Iremos achá-lo.

****

O trem finalmente para e abre as portas. Eu olho para frente e vejo que o corredor está vazio, e sinto medo. Medo do que pode estar ali, medo de ficar mais tempo dentro desse vagão... Medo de tudo.

- Ei... Você está bem? - Questiona Helena, ajudando Charlotte a se levantar do chão.

- Estou. Eu acho. - Diz ela, se limpando da sujeira do chão.

- O que está acontecendo com você, Charlotte? Desde que chegamos você não me parece bem não. - Pergunta Tony. Charlotte suspira.

- Nem eu sei, Tony. Nem eu sei. - Diz ela se aproximando de mim.

- Vamos sair daqui. - Digo, dando os primeiros passos para fora do vagão.

- Espera... Onde estão os outros vagões do trem? - Helena observa que o trem enorme agora só estava com quatro vagões, que era os que estávamos ocupando.

- Ah, não... Droga... Sacanagem isso... - Diz Tony.

- Eles não estão mais aí... - Digo, impressionado.

- E agora? O que vamos fazer? - Pergunta Charlotte.

- Vamos sair daqui. - Digo, continuando andando para frente.

- O quê? Mas Clay e os nossos amigos? - Tony me faz parar e virar pra ele.

- Depois a gente procura eles, estamos perdendo tempo aqui, Tony... Estamos vulneráveis. - Ouvimos grunhidos distantes. - Vamos logo... - Continuo prosseguindo. Ele, Helena e Charlotte vem logo atrás.

CHERNOBYL 2: Do Que Você Tem Medo?Onde histórias criam vida. Descubra agora