4 - Nightmare Hour

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"O pior pesadelo é aquele que não tem saída."
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Minha noite com os meus amigos no Subway foi maravilhosa. Nos divertimos bastante juntos.

Conversamos bastante sobre muitas coisas. Alguns deles estão na fila para pedirem nossos lanches. Pego Albert olhando fixamente para Hayley.

– Cuidado... - digo, parecendo assustado.

– Ah... O quê? - Ele se assusta olhando para mim.

– As pessoas vão escorregar na sua baba. Quer que eu pegue um balde? - Brinco, e ele fica sem graça.

– Do que está falando? - Finge não entender.

– Albert... Até os ETs já sabem que você crusha a Hayley. - Sou direto e ele parece ficar vermelho.

– Eu não crusho a Hayley. Você tá doido. - Ele disfarça tomando um pouco de água.

– Querido, se seus olhos fossem grades, a Hayley estaria presa a muito tempo. Eu percebo desde aquela aula de filosofia quando ela deu aquele discurso perfeito sobre política monetária, que você dá uns olhares meio atravessados a ela. - Digo sorrindo e ele parece se entregar.

– Eu... Não estou afim da Hayley. Esquece isso. - Ele olha para a área externa do Subway, onde as pessoas andam e os carros passam tranquilamente.

– Tá bom, se você diz. - Digo, fazendo o mesmo.

O parquinho do outro lado da rua está deserto. Mas vejo uma criança com uma camisa de capuz sentada nos balanços. Ela balança devagar. Continuo olhando e percebo que ela aponta pra mim, o que é muito estranho. Olho em volta e vejo que é pra mim de fato que ela está apontando. Não consigo ver seu rosto por causa do capuz e da distância. Um ônibus passa e quando olho novamente para o balanço, não há mais nada lá.

– Trouxe nosssos sanduíches. - Tony diz, e eu acabo me assustando. – Eita... Estou tão feio assim, é?

– Não... Eu só... Tava distraído. - Sorrio sem graça. Ele trouxe dois sanduíches de frango grelhado e duas Pepsi cola, aquele tradicional lanche da Subway. Olho mais uma vez para o balanço, e percebo que não há mesmo nada ali. Acho melhor esquecer. Deve ter sido loucura minha.

Ficamos ali mais um tempo e depois vamos embora. Deixo Tony na casa dele e depois chego na minha. Ao entrar, vejo minha mãe cozinhando o jantar.

– Clay, amor... Onde estava? - Ela me abraça.

– Eu tava no Subway do centro com o pessoal, mãe... Nossa... Você está gelada. - As mãos dela estão geladas mesmo.

– Eu acabei de saber que teve um acidente lá perto, e como você tinha saído, fiquei preocupada. Por que não me avisou? - Ela estava trêmula.

– Desculpa, eu achei que não tinha ninguém em casa. - Abraço ela, que parece bem mais calma.

– Tudo bem. Mas avise da próxima vez que for sair. Quer jantar? Fiz lasanha vegetariana e torta de maçã. - Ela ama cozinhar. Eu adoro AA comidas dela. Mas depois de ter engordado 200 quilos no Subway, terei que despensar comida por enquanto.

– Não, mãe... Obrigado. Eu tô cheio. Comi bastante no Subway. Agora vou subir. Vou ler um pouco e depois vou dormir, tá bom. Beijo no papai. - Beijo a testa dela e começo a subir as escadas.

– Boa noite, filho. Dorme bem. - Ela diz sorrindo.

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Chego no meu quarto e sinto um vento frio. Geralmente meu quarto é quente. Estamos no verão e não costumam ser frequentes as noites frias por aqui. Mas devo dizer que é legal estar frio. Tomo um banho rápido e em seguida coloco meu pijama. Ainda falta bastante pra terminar de ler o "diário" de Chloe. Continuo lendo de onde parei e logo descubro mais coisas.

CHERNOBYL 2: Do Que Você Tem Medo?Onde histórias criam vida. Descubra agora