5 - Insanity

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"Cuidado com o que procura, a morte não é difícil de se encontrar"

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Estou deitado no jardim da minha casa. Olho pro céu, que está totalmente nublado. O clima hoje está meio chuvoso. Então sinto as pequenas gotas de água tocando meu rosto. Eu já havia tido pesadelos antes, mas como esse, nunca tive. Tony está deitado ao meu lado. Ele está virado olhando pra mim.

– Foi tudo tão real. - Digo ainda olhando para o céu. – Eu vi... Todos caíram naquele imenso... Lago de fogo e estavam morrendo. E eu não podia fazer nada. - Ele me abraça e beija minha bochecha.

– Tá tudo bem agora, Clay. Foi só um pesadelo. Por mais que tenha sido uma coisa muito realista, era só um pesadelo. Acontece. - Ele sempre me tranquilizava quando eu precisava. Tony era um refúgio, nele eu podia confiar totalmente e sabia que ele também confiava em mim. Olho pra ele, que sorri. Os olhos dele são castanhos, muito bonitos, me sinto realmente seguro ao lado dele.

– Eu te amo, Tony. - Ele ri e me abraça ainda mais.

– Eu também te amo, Clay. - Tony me beija e então eu lembro que estamos a quatro anos juntos. Nosso relacionamento é muito estável e pacífico. Lembro de quando nos conhecemos.

16 de Abril de 2013

Na quadra da escola, eu, Chloe e os amigos dela estávamos assistindo os meninos do basquete treinando. A melhor amiga de Chloe, Darcy, era namorada de Steve, o capitão do time.  Eles não pareciam o casal perfeito, porque viviam brigando em público, mas hoje ela estava eufórica por ele. O campeonato de escolar basquete estava chegando e os garotos estavam treinando duro para vencer.

– Vai, Steve... Dê tudo de si, meu amorzão...  - Gritava Darcy, e Steve apenas a olhava e ria.

– Gente apaixonada é pior do que açúcar. Olha essa aí... Não está nem deixando os garotos treinarem em paz. - Diz Chloe, me dando um pouco de sua coca.

– Ah, cala essa boca. VAI STEVE... - Nós rimos da atitude de Darcy.

– Quem é ele? - Digo, reparando no garoto novato. Ele é alto e magro, e tem um cavanhaque super charmoso.

– É um aluno novo. Ouvi dizer que o nome dele é Tony. Gatinho ele né. - Disse Lícia, uma prima da parte paterna de Chloe.

– Muito. - Eu gostava de George, um dos amigos de Chloe, mas ao ver que não teria futuro, decidi ficar quieto. Mas eu gostei desse aluno novo. Ele me olha e eu sorrio pra ele. Ele volta a se concentrar no jogo.

Algum tempo depois, o time do tal Tony ganhou de 37 a 29. Fomos todos embora juntos. Ele veio puxar assunto comigo durante este tempo.

– Oi! - Disse ele meio envergonhado.

– Oi... E aí? - Não posso dizer que não fiquei feliz, afinal ele que tomou atitude.

– Qual o seu nome? - Com os cabelos molhados ele ficava ainda mais atraente.

– Clay... Clay Riggs. E o seu? - Vejo que ele sorri. E que sorriso.

– Tony... Tony Grant. - Nos cumprimentamos com as mãos e continuamos conversando até chegar na minha casa. Ele era na época dois anos mais velho que eu. Eu tinha 16 e ele 18. Peguei o número dele e logo nos tornamos amigos. O tempo foi passando e eu percebi que Tony era uma pessoa sem rótulos... O que facilitou ainda mais meu caminho. Certo dia, estávamos sentados um do lado do outro no parque isolado que fica perto da casa dele. Fazia uma bela tarde de pôr do sol e estávamos o admirando.

CHERNOBYL 2: Do Que Você Tem Medo?Onde histórias criam vida. Descubra agora