13 - Metro

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"Cuidado onde pisa. Seus pés podem ficar presos nos trilhos e o trem não pode parar."

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– Favor? - Pergunto, deixando obviamente claro que não estou gostando nada do que está acontecendo aqui.

– Sim... É uma coisa muito simples. - Ela volta a se sentar.

– Diga o que é. - Diz Helena. Ela estava calada a bastante tempo.

– Pra acharem a saída daqui... Precisam de uma chave. E esta chave não está ao meu alcance no momento. - Ela bebe um pouco de água.

– Seja mais clara, por favor. - Encaro ela por um momento e ela suspira.

– Tudo o que vocês viram lá fora está associado a uma maldição. Isso vem se arrastando a anos e nunca ninguém de fato conseguiu acabar com ela. Eu posso acabar com ela, porém... Não posso entrar no local onde está essa chave. Para livrar a cidade da maldição e libertar vocês, eu preciso da chave, o talismã de Loki. - Ela diz me olhando.

– Isso parece coisa de filme de ficção científica. - Diz Jane.

– Mas não é... É a realidade. Todos aqui estamos impuros pela maldição. Exceto... Vocês. - Ela bebe mais um pouco de água.

– Espera aí... Deixa eu ver se eu entendi. Você tá querendo dizer que só a gente é que pode ir atrás dessa chave? - Questiona Tony.

– Basicamente isso. Vocês não vieram para cá por acaso. Surgiram para libertar Chernobyl da maldição. Cabe a vocês salvar nossa cidade. - Ela falava como se estivesse obcecada.

– Onde está esse tal Talismã de Loki? - Pergunta Barbara.

– No manicômio do outro lado da cidade. - Quase solto uma gargalhada ao ouvir tal coisa.

– Manicômio? Alice, me desculpa mas isso aqui tá me cheirando mal. Você quer que a gente vá atrás dessa chave, com todas aquelas coisas e a escuridão lá fora? Tô fora. - Diz Barbara.

– É o custo da liberdade de vocês. Não sabem que todo o sacrifício tem um preço? - Responde Alice.

– Eu quero. - Digo, fazendo todos me olharem. – Se for pra sair daqui, eu aceito esse desafio. - Alice sorri.

– Muito bem... Parece que temos um corajoso aqui. - Ela diz, Quando Helena se levanta.

– Eu também aceito. Sou policial, o meu dever é fazer o que é certo. - Barbara ri.

– Deixem de ser idiotas... Tá na cara que ela está mentindo. Ela quer que a gente saia daqui pra ser mortos por aquelas coisas lá fora. - A "it girl" estava alteradinha.

– Escuta aqui Barbara, você prefere ficar sofrendo aqui o resto da vida? Pensa bem... Se a gente conseguir trazer esse talismã, estaremos livres e ainda livraremos o pessoal da cidade. Entendeu ou quer que eu desenhe? - Sinceramente, as grosserias de Barbara estavam me irritando.

– Eu não dar ouvidos a alguém que já tentou se matar. - Ela revida e nos encaramos. Aquilo já estava indo pro pessoal.

– Vamos logo com isso, eu tô dentro. - Diz Charlotte

– Eu também. - Dizem, Tony, Albert e Hayley.

Sean olha para Barbara, e acaba se levantando também.

– A gente vai. - A patricinha faz uma careta.

– Como é que é? - Ela não está acreditando.

– Isso mesmo, Barbara. A gente vai e ponto final. Chega de tudo ser como você quer. Para de ser egoísta pelo menos uma vez na sua vida e pensa na porra do grupo. - Confesso que estou surpreso com essa atitude de Sean. Ele sempre vivia fazendo tudo o que Barbara queria.

CHERNOBYL 2: Do Que Você Tem Medo?Onde histórias criam vida. Descubra agora