17 - My Way.

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"Você me deixou com um desejo que eu não posso preencher. Me pergunto o que eu tinha ontem. — Bea Miller (Burning bridges)."

Madison's Point Of View.

— Merda. — Eu murmuro para mim mesma e mordo o lábio nervosa, jogando o exame fora, não querendo que ninguém o veja, pelo menos não agora.

Puta que pariu.

Logo agora? É sério isso? Não tinha mais nenhum momento da minha vida pra eu ficar grávida? O Justin com a cabeça à mil e eu do outro lado do mundo, sem nem saber se ele já foi para essa reunião ou não.

Me olho pelo espelho e respiro fundo, ligando a torneira da pia e começando a passar no rosto, querendo não estar aqui, pelo menos não sozinha.

Eu pego a toalha e seco o rosto mais do que nervosa, sentindo minhas mãos tremerem, como se de certa forma conseguisse sentir todos os batimentos que estou tendo nesse momento.

O que eu vou fazer? Digo... Como eu vou falar com o Justin? Ele sequer vai ficar feliz com essa notícia? Ele disse que queria, mas depois que não queria filhos, mas agora... É mais do que óbvio que vou manter essa criança, mas esse não é o momento correto para ela vir ao mundo.

Eu tenho a minha faculdade, o Justin está com a cabeça à mil e acabou de perder o pai. Sem conseguir se focar em nada direito. Eu não sei se uma criança agora seria só mais um desastre, ou a salvação que ele precisa.

Respiro fundo, abrindo a porta do banheiro e pela maneira que o Chaz e minha sogra me olham, tenho mais do que certeza de que eu estou pálida.

— Eu ia entrar no banheiro! Tu ta lá dentro a mais de 40 minutos. — O Chaz fala preocupado.

— O que aconteceu com você? Está se sentindo enjoada? Ou...

— Eu... Ah, acho que vou ir deitar, não estou me sentindo muito bem. — Falo séria, vendo que o Chaz me olha da mesma maneira. — Os meninos já chegaram nos Estados Unidos? — Pergunto olhando o relógio e percebendo que aqui são 6 horas da manhã.

Nós mal havíamos pousado na França e eles já partiram, então é mais do que óbvio que não consegui nem sequer pregar os olhos desde que eles saíram, porque eu estou nervosa, esperando uma única ligação que seja, avisando que está tudo bem.

— Sim, eles provavelmente devem estar indo se encontrar com o Justin agora. — Ele fala e eu concordo, sorrindo nervosa e saindo do quarto com pressa, indo até o meu quarto nesse apartamento enorme que eles haviam alugado.

O que eu vou fazer? Digo... Eu preciso falar com ele, mas nenhuma pessoa aqui vai me deixar fazer isso. Mas ao mesmo tempo... Ter um filho não é algo ruim, é um momento único na vida. O Justin merece saber disso antes de qualquer outra pessoa, por isso ele vai ser a primeira pessoa que vai saber.

Sinto o meu celular tremer e congelo, mas logo pego ele do meu bolso e estranho, pois o número não está salvo no meu celular, sem contar que tem um DDD bem estranho.

— Alô? — Falo de forma calma, escutando apenas uma respiração do outro lado. — Quem é? — Fico nervosa, mordendo o lábio.

— Maddie. — Só de ouvir essa voz, o telefone quase cai da minha mão.

— Rylee? — Falo realmente surpresa, escutando um som afirmativo do outro lado.

— Como você está? — É sério isso?

— Você só pode estar brincando!

— Olha, eu sei que...

— Não, pelo amor de Deus! O Ryan falou com você? Foi por isso que me ligou? — Eu pergunto séria, tendo um silencio do outro lado. É óbvio. — Pois bem, Rylee. Eu não preciso da sua pena. Então por mais que tenha algo de ruim ou pesado acontecendo na minha vida, não seria à você que eu pediria ajuda. — E com isso eu desligo a ligação na cara dela, jogando o celular na cama e fechando os olhos, querendo apenas sumir pelos próximos instantes, mas não, é como se a minha mente dissesse algo, mas o meu coração estivesse me ordenando a fazer completamente o contrário.

Chains 2Onde histórias criam vida. Descubra agora