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Me pergunto como eu poderia rasgar a superfície dolorida deste meu envoltório sufocante. O que me guarda, o que me limita? Se meu corpo, se minha Terra, se o próprio universo e a dúvida sobre suas fronteiras...Se são infinitas ou ao menos imortais. Se flutuam em meio a bolhas de outras realidades ou na boca embriagada de um deus confuso; se é um átomo debaixo de uma unha, o todo inimaginável. Como dilacerar essa verdade aguda, como desvendar essa minha amante, tão encantadora, tão dissimulada. A única detentora de minha atenção me fura os olhos.

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