Viribus

Capítulo 1. Prólogo

Em uma noite tempestuosa as casas se banhavam completamente pela chuva fria que caia com violência. Nem um ser vivo caminhava na rua naquela noite, apesar que a cidade era completamente movimentada. Somente uma mulher corria por entre as casas que pareciam até mesmo abandonadas devido a quietude que a chuva causava. A pobre mulher pisava tão forte no chão que as poças de água que se formavam subiam completamente devido a tamanha violência. Ela parecia estar fugindo de algo pela velocidade que estava correndo, e realmente algo à seguia, uma sombra preta que parecia deslizar sobre as casas. Por mais que a mulher aumentasse a velocidade de seus passos a sombra à alcançou facilmente. Com a fraca luz da lua totalmente coberta por nuvens escuras via se um reflexo de um homem. Ele era esquelético, usava um terno preto, seu rosto era fino e ossudo, ele tinha cabelos brancos e um ar de superioridade em seu olhar velho mais totalmente arrogante. - Por favor, achei que daria errado! Me poupe, não me leve! - Gritava a mulher totalmente atordoada. - Cate, é seu nome não é? - Perguntou o homem, sua voz era fria e rouca o que causava certo calafrio. - Sim, como sabe? - E isso importa? O que realmente me interessa é o motivo pelo qual você me chamou aqui, me dê uma explicação plausível Cate. - Eu... - Cate estava tão atônita que mal conseguia falar. - Não achei que você viria e... - Sim, eu poderia não estar aqui, mais adivinha, você me trouxe, e juro que não te deixarei em paz até que eu seja beneficiado, então deixando essa conversa de lado vamos aos negócios. - Sim... - Sussurrou Cate. - O que você quer? - Eu... - A voz de Cate parecia sair bem devagar. - Eu queria que você me desse meu filho de volta... - Aquelas palavras pareciam cortar Cate por dentro. - A morte dele não foi trabalho nosso, por isso não tenho como recuperar, mais, eu poderei lhe dar um novo. Uma pausa de quinze minutos fez Cate pensar e repensar na ideia. - Sim, tudo que eu preciso é sentir aquele calor novamente, e depois que meu filho morreu eu não tive como, mais agora tenho esperança de ter essa chance de novo, por isso aceito sua oferta. - Perfeito! Tudo o que tem que fazer é dizer sim, diga novamente e fecharemos o contrato. - Sim, sim eu aceito! - Em nove meses o pequeno nascerá do ventre de sua mãe. Mais logo vou alertar das consequências, o menino terá contato total com tudo que envolva o nosso mundo. - Isso não importa, tudo o que eu desejo é ter o pequeno em meus braços. - É terá, mais daqui à quinze anos voltarei para te buscar, nosso contrato se fechará e levarei sua alma comigo, esta realmente ciente disso? Cate pensou um pouco, mais logo depois deu uma resposta totalmente decidida de sua parte. - Sim, eu aceito com todas as consequências!
Os dois apertaram as mãos, e o homem sumiu tão rápido quanto apareceu. Cate fico sozinha na rua à observar a escuridão.