8° Novos problemas

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Quando acordei pude sentir o que acontecia quando você dormia pouco, parecia que eu tinha sido atropelada por um caminhão, então tentei me arrumar da melhor forma possível e sai do meu quarto, seguindo para a cozinha.

-Pode me dizer o que estava fazendo ontem? -sabia que ela iria me perguntar isso, mas não pretendia ser sincera.
- na verdade.... -eu olhei para o relógio, tentando pensar em algo, quando vi a hora, estava salva. -Estou atrasada! Beijos mãe! -eu corri porta afora sem esperar uma resposta.

Assim que cheguei na escola me encontrei com o pessoal, estava tudo tranquilo demais, o que me preocupou, por que aparentemente, não existe uma calmaria tão grande em Beacon Hills que não antecedia um enorme problema.
-Já deve ter tocado, acho melhor irmos para a sala -Kira falou atrapalhando a conversa -Ainda somos alunos de ensino médio....
Concordamos e seguimos para a sala, eu tinha aula de química, junto com Isaac, Scott e Stiles.

Assim que chegamos na sala percebemos que realmente estávamos atrasados. O professor nos encarou.
-Estão atrasados! Eu já formei as duplas para a aula então vão ficar juntos. E espero que não atrapalhem mais a aula -ele apontou para as bancadas do fundo que estavam vazias e nós seguimos para elas.
Eu fiquei em dupla com o Lahey.
-Espero que seja boa nisso, senão estamos ferrados.
-Nesse caso acho que vamos acabar explodindo alguma coisa...
Ele riu baixo e voltou a olhar para frente.

Passamos a aula inteira conversando, depois que percebemos que não conseguiríamos fazer a tarefa.
Até que ouvimos alguns gritos vindos de fora e, junto com os outros alunos seguimos para fora da sala, a procura do motivo dos gritos.

Chegamos a entrada do ginásio, e percebemos o motivo, o corpo de um aluno havia sido encontrado, pelo que eu ouvi, ele estava pendurado perto das arquibancadas e foi encontrado por uma garota, que passava por ali.
Imediatamente olhei para o MCCall que estava tentando entender o que havia acontecido.
Algum tempo depois, a escola inteira estava lá, tentando ver quem era o garoto.

Me reuni com o resto do pessoal,até que o pai do Stiles veio falar com a gente, o corpo estava cheio de cortes e arranhões, além de várias marcas pelo corpo, queríamos ver mas esperamos até que o corpo fosse tirado de lá, e os alunos fossem liberados, visto que as pessoas estava assustadas demais com o corpo para poderem prestar atenção nas aulas.

Quando chegamos ao hospital, onde o corpo estava depois de passar pelo legista.
Entramos na sala escrito "necrotério" acompanhados da mãe do Scott que nos levou ao corpo.
-É esse aqui -ela puxou uma das "gavetas" e abriu o saco que cobria o corpo -acham que foi algo sobrenatural?
Os garotos pareciam assustados acho que nunca tinham visto marcas parecidas. Eu me aproximei do corpo assim que a Kira se afastou e logo percebi o motivo de tensão...
As marcas eram irregulares demais para ser algo sobrenatural, provavelmente uma faca ou algo afiado, mas os símbolos desenhados na pele, com certeza não eram de origem humana e, eu já tinha as visto antes, sabia o que significavam.
-É sobrenatural! -Afirmei com convicção, o que fez os outros me olharem curiosos.
-Como sabe? -Scott se aproximou um pouco, ficando na frente de todos.
-Já vi essas marcas, uma vez. Mas, é melhor que eu esteja enganada.
-Onde as viu? Exatamente...
-É melhor que eu esteja enganada mas... Essas marcas são feitas por bruxas, que usam magia negra.
-Magia negra? -Stiles foi o primeiro a falar.
-Server para absorver a essência, dão mais poder.
-Como sabe dessas coisas? -dessa vez era o Liam que não a acreditava na minha história.
-Estava escrito no manualzinho que recebi -adoro a ironia. Os garotos me olharam antes de eu continuar-Conheci uma bruxa, que era minha amiga, ela me contou algumas coisas, e depois tentou me matar.... Longa história.. Tem alguma bruxa tentando ganhar mais poder.
-Uma bruxa mata pessoas inocentes para ter mais poder? -Scott estava irritado.
-Não são humanos... Esse símbolo -eu apontei para a palma da mão do cadáver -Ele é usado em seres sobrenaturais. Esse garoto não era humano.
-Um lobisomem?
-não sei, só não era humano.

Depois de algum tempo, explicando o que eu sabia para todos eles, Melissa, a mãe do Scott, nos chamou.
-Tem outra coisa... Esse não é o primeiro corpo... -ela parecia apreensiva, como se tentasse decidir se nós contava ou não -Esse é o terceiro. -Todos olhamos para ela, como que quiséssemos saber por que ela não havia nos contado antes -Eu não contei antes porque eu e o xerife pensamos que não era sobrenatural, e não queríamos envolver vocês nisso.
-Meu pai sabia? -Stiles estava frustrado e ela apenas assentiu com um movimento.
-Todos eles tinham essa marca, significa que todos eram sobrenaturais? -Eu concordei e ela ficou nervosa. -Estão matando seres sobrenaturais a cada 2 dias!
-Esse é o intervalo de tempo?
-É, exatamente dois dias -ela olhou para nós -E esse, segundo o legista morreu a dois dias....
-Mais alguém vai morrer essa noite... -Scott completou apreensivo. -Não podemos ficar separados. -ele olhou para cada um de nós.

Não sei por que eu concordei com a ideia deles, agora eu estava no carro da Lydia, que se ofereceu para dar carona, indo até a minha casa.
O Scott disse que deveríamos ficar juntos e logo sugeriram duplas... Eu poderia ter ficado em dupla com qualquer pessoa mas fiquei exatamente com quem eu não queria... Isaac Lahey, que parecia se divertir com minha frustração.
Depois do ocorrido na noite anterior o clima ficou meio.... Estranho entre nós.

Eu afastei meus pensamentos quando cheguei em casa, as luzes estavam apagadas o que significava que minha mãe ainda estava no trabalho para minha sorte.
-Obrigada Lydia -eu me despedi dela e da Malia, que seria a dupla dela e sai do carro com Isaac logo atrás.

Abri a porta e entrei em casa, seguindo direto para o quarto, com Isaac logo atrás.
-Vai mesmo continuar me seguindo?
-Nossa quanto mimimi -ele se jogou na minha cama. -Eu estou aqui para ajudar...
Eu me virei ignorando completamente o Lahey e peguei o meu celular para tentar passar o tempo

-Vai mesmo me ignorar assim? Eu tenho sentimentos sabia? -E eu continuei ignorando, até que ele se levantou e veio até mim, pegando meu celular. -Agora vamos conversar
Ele riu e eu me levantei para pegar o meu bebê que estava nas mãos daquele idiota, mas ele era alto demais o que significa que eu fiquei inutilmente tentando alcançar o meu celular enquanto ele se divertia com minhas tentativas de pular para pegar o meu amorzinho de volta.
Pude ouvir o carro da minha mãe mas estava concentrada demais em tentar pegar o aparelho da mão do Isaac
-Acho que precisa crescer um pouco -Ele me encarava sorridente, o que fez com que eu ficasse com uma enorme vontade de socar a cara dele.
-Idiota -Eu tentei subir em uma cadeira para alcançar o aparelho, mas acabei desequilibrando e cai exatamente em cima dele e nós dois fomos parar no chão. Por que isso acontece comigo?

E é claro que minha mãe tem que chegar exatamente na hora em que eu estava em cima dele.
-Sinto muito se atrapalhei algo... Mas deveria me avisar quando trouxer seu namorado.
-Mãe.... -eu me levantei o mais rápido que pude, e enquanto tentava andar em direção a minha mãe desequilibrei de novo e quando acreditava que acabaria com a cara no chão fui segurada pelo Isaac. Eu queria me enterrar em um buraco e não aparecer mais.
Minha mãe riu envergonhada e saiu do quarto. Que ótimo....
-Nem um "obrigada por não ter me deixado cair de cara no chão de maneira super patética"?
-A culpa foi sua de qualquer jeito... -Fiz uma careta -Agora minha mãe acha que é meu namorado...
Ele riu e me encarou
-Qual é o problema nisso?
-Você... É um idiota -Eu me soltei dele e me afastei, sentando em minha cama.
-Ahh... Eu sei que você me ama. -Eu o ignorei e fui tomar banho, para dormir.

Assim que terminei o banho e fui ao meu quarto, percebi que o Isaac dormia na minha cama, eu ficaria com raiva se ele não fosse tão lindo dormindo. Acabei ficando parada por alguns minutos o encarando, até que eu resolvi que iria dormir e caminhei até a minha cama, o acordando, ele sorriu para mim e se afastou, me deixando deitar, mas ele não levantou da cama e ficou lá me olhando.
-Vai mesmo ficar me encarando assim?
Ele riu e se levantou, indo deitar no pequeno sofá do meu quarto.

Sabia que iria me arrepender do que ia falar mas mesmo assim eu disse. -Eu não te expulsei daqui, só queria que parasse de me encarar... Vou me sentir mal se dormir nesse sofá minúsculo... -ta eu realmente me arrependi de ter dito.
-Quer que eu durma com você? -Ele tinha um sorriso malicioso.
-Não foi o que eu disse...
-Mas foi o que pensou -Mais ou menos isso...
-Idiota.. Pode ficar aí se quiser...
Ele me encarou com aquele sorriso malicioso antes de levantar da poltrona e se deitar ao meu lado na cama de casal, o que me deixou terrivelmente constrangida, em um nível que eu nunca tinha ficado na vida, e ele percebeu por que riu de mim, por que ele sempre ri de mim?.
-Vou te expulsar daqui se rir de novo...
-Não seria capaz disso, -ele se virou para mim e esboçou um sorriso -Você me ama.
E então eu dormi.

The HybridOnde histórias criam vida. Descubra agora