Capítulo 13

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Eai gente, como foi o dia das crianças de vocês? O meu não aconteceu nada, só fui naquelas festinhas de igreja e comi muito. A foto acima é do novo personagem que será mostrado hoje.

Eva

   Na manhã seguinte, acordei primeiro que Roman. Um sorriso aparecia em meus lábios sempre que eu lembrava sobre a noite passada no restaurante, acho que depois daquilo eu havia me apaixonada dez vezes mais por Roman. Levantei da cama fazendo o possível para que ele não acordasse. A vontade de continuar na cama e ficar agarrada em seu corpo nu era demais. Me surpreendi por ele ter dormido sem roupas nenhuma e eu não tê-lo atacado durante a noite.

   Pego uma legging, camiseta e tênis e me visto rapidamente, hoje, antes de eu voltar os treinos com os soldados, eu daria uma volta pela floresta para ver se eu achava qualquer coisa que indicasse se nosso inimigo havia voltado. Passei pela cozinha e já havia algumas pessoas tomando café da manhã, quando me viram todos sorriram e me deram bom dia.

Saio da casa e vou em direção à floresta, quando estou distante o bastante sinto meus ossos estalarem e segundos depois estou em minha forma de lobo. Vou primeiro para a parte de trás da casa, onde ficava meu quarto e de Roman e onde vi pela primeira vez o lobo que estava nos observando. Farejo o local mas não sinto nenhum cheiro diferente, isso significava que pelo menos perto do nosso quarto aquele lobo não tinha ido mais.

   Começo a correr pela floresta até perto do riacho que dividia nossa fronteira com a pequena cidadezinha que fui ontem. Continuo caminhando lentamente prestando atenção a tudo ao meu redor. Estava tudo tão quieto, quieto até demais. Paro de andar e respiro fundo para ver se capturo o cheiro de algum outro lobo, e não sinto nada. Como que em uma fronteira não existia lobos? Onde estavam os lobos da minha alcateia protegendo as fronteiras? Eu precisaria falar com Roman sobre essa falta de guarda nos nossos limites.

Continuo andando, dessa vez com a atenção redobrada. Enquanto ando, sinto minhas patas traseiras pisarem em algo duro que logo se parte, por um segundo penso que é somente um galho, mas logo depois um cheiro forte sobe e balanço minha cabeça franzindo o nariz. Me volto para a coisa que eu havia pisado e começo a cavar o local. Não muito mais fundo que quatro cavadas meu coração para ao perceber que a coisa que eu havia tropeçado era na verdade a pata de um lobo. A pata enterrada de um lobo.

  Por mais que eu não quisesse ver mais do que aquilo, eu precisava saber. Continuei cavando a neve em volta da pata, para logo depois meu pensamento se concretizar. Era um corpo. O corpo de um lobo Silverlight. Me afasto rapidamente do corpo, já me viro prestes a sair correndo e voltar de volta a Casa Principal, mas assim que me viro para fugir um lobo avermelhado surge na minha frente. Meu coração dispara ao perceber que é o mesmo lobo que vi na janela do meu quarto. 

Ele abre a boca mostrando todos seus caninos afiados e começa a rosnar. Eu estava ferrada, eu morreria aqui e agora. Não tinha como eu explicar para esse lobo quem eu era, já que não éramos do mesmo bando e também não tinha como eu mentalmente avisar para alguém que eu estava em perigo já que eu ainda não era oficialmente uma Luna. O lobo a minha frente caminha em volta de mim olhando toda a extensão da minha loba, logo ele aproxima seu focinho do meu pescoço e fareja. Um rosnado sai de sua boca e ele se afasta para trás de uma árvore, ele iria voltar a sua forma humana. Rapidamente também vou para trás de uma árvore e me transformo. Desamarro a sacolinha que eu sempre levava na minha pata traseira, onde eu guardava minha roupa para casos como este acontecessem e me visto.

   Saio de trás das árvores e vejo um homem parado me olhando. Ele era lindo. Droga. Ele estava só de bermuda e cobria com neve o corpo que eu havia desenterrado.

-Quem é você? -pergunto tentando mostrar alguma coragem, mas estava na cara que a única coisa que faltava para mim era chorar de desespero.

-Acho que já nos vimos antes, não é? -ele diz se aproximando de mim até parar com seu corpo quase colado ao meu.

Preto no BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora