Capítulo 31 - Discharging Anger

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Acordei com um barulho de choro que tanto estou habituada. Logo que apercebi-me que era minha menina, levantei-me o mais rápido possível de onde estava deitada e corri em direção grande cama de hospital. Finalmente ela tinha acordado e apenas estava assustada por não saber onde estava, com quem estava e o que estava a acontecer.

-Hey princesa - Falei mais calma possível tentando controlar minha respiração acelerada - Esta tudo bem, mamã está aqui contigo agora

Aos poucos ela parava de chorar enquanto eu mexia em seus cabelos loiros e suavemente pressionava, múltiplas vezes, meus lábios em sua testa. Apenas sua respiração mantinha-se pesada, consegue-se perceber que a dificuldade em respirar é grande. É compreensível seu estado, uma criança de apenas dois anos não está habituada a tal acontecimento e nem a estar deitada e ligada a maquinas que fazerem barulhos a cada batimento do seu coração. Sinto-me mais calma por ela ter finalmente acordado e estar bem, talvez não totalmente mas bem melhor do que antes, sem conseguir respirar ou estar inconsciente.

-Sentes-te bem minha princesa? - Perguntei limpando as últimas lágrimas que caíram por sua face e ela apenas acenou com a cabeça em afirmação

Sorri de alegria com sua resposta. Ela tentou levantar-se e eu rapidamente a impedi dizendo que precisava permanecer deitada até que o médico viesse examina-la, ao inicio ela recusou-se a fazer tal ação mas logo que viu o quanto o eu insistia, desistiu, e fez o que eu mandara.

-Precisas de ficar aqui esta bem? - Perguntei e depois de ela pensar durante um bocado assentiu com a cabeça a sorrir

Logo apercebi-me de algo... Onde estará Harry? Olhei para o sofá em que ambos adormecemos noite passada mas nem sinal dele. Procurei até na casa de banho do quarto mas também não. Então decidi liga-lhe mas sempre ia parar diretamente ao atendedor de chamadas. Onde e que aquele rapaz andará? Não me vou preocupar com isso agora, vou concentrar-me em entreter minha menina para que não fique com medo, pelo que aprendi é bastante importante que esteja sempre com ela, que a distraia e que a impeça de sentir qualquer medo ou receio de qualquer coisa que os médicos queiram fazer, ou então ficará em sua mente para sempre. A porta de repente abre-se e o médico, que ontem a noite recebeu Mia, entrou ainda com seu sorriso de orelha a orelha.

-Muito bom dia menina Isabella - O médico cumprimentou-me bastante simpático ao aproximar-se de Mia com seu estetoscópio - Mia acordou há muito tempo? -Ele perguntou verificando os batimentos do coração e a respiração de Mia

Ele ao pressionar o estetoscópio em seu peito, Mia pegou no objeto e empurrou-o retirando-o do mesmo. O médico voltou a repetir enumeras vezes mas ela não o permitia fazendo-me estranhar com seu comportamento.

-Mia deixa o médico ver o que tens - Eu peço e ela olha-me confusa

-Não mamã, eu não tou dodói não! - Ela afirmou com toda a certeza fazendo-me rir de leve

-Mas tens de deixa-lo ver se vais ficar dodói de novo - Invento qualquer coisa para tentar convence-la mas sem sucesso pois ela recusa novamente abanando a cabeça de um lado para o outro

Depois de mais algumas tentativas finalmente conseguimos convencê-la de deixar o médico ver como estava, se tinha melhorado ou piorado pois de certeza ela não consegue distinguir de estar bem ou mal em certos casos. Mas agora vem a pior parte, dentro de 1h será realizada uma série de exames desde raio X ao seu tórax até a colocação de um tudo com objetivo de observar o interior do seu pequeno pulmão para determinar a gravidade da asma de Mia. Essa é a parte que mais me preocupa, que mais aperta meu coração e que me deixa em maior agonia. Preciso de Harry ao meu lado, preciso dele aqui para me ajudar a suportar essa dor e essa preocupação mas ao invés disso desapareceu e não atende o telemóvel tal como ontem a noite.

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