Violeta cap. 24

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Conhece aquele ditado... Folga dentro de casa é descansar carregando pedra?

Sim?!

Pois é, estou nesse exato momento ajoelhada na frente de casa limpando os malditos pisos ant-derrapantes que grudam a sujeira de uma maneira que nem Deus entende..

–Juro que quando tiver dinheiro eu mando trocar tudo...

Digo ofegante e irritada..

Molho a escova e volto a esfregar o maldito chão..

Minha tia costuma ajudar, mais ela pegou uma encomenda para um enxoval  completo e tinha muito trabalho, então ela não pode me ajudar, agora estou fazendo a faxina sozinha..

Já fiz tudo do lado de dentro, pois é mais fácil e mantemos limpo, mais o lado de fora é mais complicado, a frente da minha casa é um rancho grande e mais a frente um grande quintal com uma única árvore, um Ypê rosa, que quando floresce é lindo, mais faz uma sujeira descomunal.

Mais agradeço a Deus todos os dias pela casa que com muito suor estamos pagando.

Me levanto e vou até a torneira para ligar a mangueira.

Giro a estrelinha e levo um susto pois a ponta da mangueira esta pra cima e foi bem em meu rosto.

–Mais que merda...

Esbravejo mais acabo rindo da situação.

–Ainda bem que está calor...

Rio e pego a mangueira e aponto para o chão..

Distraída ao som alto do rádio lavo o chão e rebolo em determinados momentos..

–Isso que é uma bela recepção..

Me assusto com a voz atrás de mim e me viro para olhar quem é..

–Arthur?

Digo exasperada.

–Viole.. leta abaixa... isso... abaixa a mangueira...

Só ai percebo que estou com a mangueira apontada para ele o molhando todo.

Abaixo a mangueira e coloco as mãos na boca.

Ele sacode as mãos e torce a barra da camisa..

–Não contava com um banho desses...

Ele murmura e me olha.

Não contenho e caio na gargalhada que chego a arcar, apoiando as mãos no joelho.

–Achou isso engraçado?

Ele diz e não respondo pois não  consigo parar de rir .

Mais logo me assusto quando um jato de água gelada bate me molhando da cabeça aos pés..

–Meus Deus... Arthur.... oh gelada...

Ouço sua risada.

Olho para ele e o vejo sorrir debochado.

–Isso não vale Arthur, eu fiz sem querer..

Ele me olha e morde o lábios.

–Porra, você tinha que estar de blusa branca?

Ele murmura, mais pra ele do que pra mim..

Olho para baixo e vejo a blusa branca que estou usando completamente colada a mim, e o fato de eu estar sem sutiã, me fez corar violentamente e instintivamente cobri-los com os braços.

–Olhe pra lá....

Digo envergonhada e me viro.

Ouço sua risada de novo.

Chefe PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora