Chefe Pecado

Violeta cap. 30

Boa leitura.

Revisado..

Vejo a ariranha se despedir de D. Anna mãe de Arthur e sair da cozinha sem me olhar.

Até achei bom, evitou de levar cinco dedos naquele focinho fingido dela.

Argh! Que raiva!

Mais já peguei o que essa surucucu de chapinha quer.

Ela quer o Arthur..

Cobra peçonhenta!!!

Esta escrito naquela marquise que ela chama de testa.

Fiquei chateada com o Arthur também que não coloca freio naquela vaca da amiga dele.

Estava tudo tranquilo de mais...

Respiro fundo e me controlo, já perdi as contas dos apelidos que já usei para me referir a ela.

Vou escolher um só e usarei apenas ele.

–Me ouviu querida?

Pisco diversas vezes saindo da minha neblina vingativa e olho para a mãe de Arthur.

–Me desculpa estava distraída, pode repetir?

Ela sorri conivente.

–Eu disse que também vou indo, amanhã nos vemos na feira, estou curiosa para ver os bordados de sua tia.

Sorrio agradecida.

–Obrigada pela ajuda, acho que sem ela não estaria nem na metade.

–Que isso menina, amo cozinhar e ajudar as pessoas que precisam aquece o coração.

–Sim, muito.

Ela me abraça pegando desprevenida.

–Querida nos vemos amanhã.

–Sim.

Concordo com a cabeça e nos afastamos.

Ela pega sua bolsa sobre a mesa do cantinho, me da um último aceno e se vai pela porta, me apoio na mesa e respiro fundo.

Ouço passos em minha direção e sei bem quem é.

Não me movo para olha-lo, seus braços envolvem minha cintura, descanso minha cabeça em seu peito.

–Está tudo bem?

Sinto seu peito vibrar..

Suspiro e nego.

Seu aperto aumenta e seu rosto se esconde em meu pescoço.

–Desculpe por Yara, ela costuma ser bastante inconveniente, com o tempo você se acostuma.

Sua voz sai abafada por meus cabelos me fazendo arrepiar.

Me acostumar?

–Não confio nela.

Digo direta.

Ele  vira meu corpo, agora estamos frente a frente.

–Yara é inofensiva, não tem que se preocupar.

Ergo uma sobrancelha com desdém.

–Inofensiva? Aquela cara dela não me engana ela vai aprontar alguma.. eu sinto, esta claro que ela é apaixonada por você Arthur.

Meus sexto sentido não me engana.

Ele franze o maldito rosto bonito dele.

–Pare, somos amigos, nada mais que isso.

Diz sucinto.

Solto uma longa lufada de ar.

–Amigos não ficam por Paris  trocando beijos.

Balbucio ressentida...

Arthur me olha por alguns segundos pensativo e me puxa mais para perto.

Ele segura meu rosto com as duas mãos para olhar diretamente em seus olhos.

–Violeta, foi apenas uma vez e não significou absolutamente nada para mim, eu sempre deixei bem claro a ela que somos apenas amigos.

Mordo o lábio inferior.

Ele só pode ser cego..

Só ele não percebeu que ela carrega um caminhão sem   motor por ele?

–Não foi isso que pareceu, ela quis deixar bem claro que tiveram um caso.

–Caso? Que caso.. eu já disse, foi só um beijo e a anos atrás.

Suspiro.

Afinal não me deve nada.

Não temos um compromisso, estamos apenas...... Ficando?

Ele diz que quer ficar comigo, mais não toca em nenhum momento no assunto.

Sinto meu peito se apertar em pensar que não vamos ter um futuro.

Outra coisa que aquela erva daninha deixou explícito.

Eu sou a empregada.

Será que estou querendo de mais em pensar que eu  e ele algum dia...... oh céus!!!

Só volto de meus pensamentos quando sinto sua mão quente tocar meu rosto com carinho.

Olho em seus olhos.

–Pare de pensar bobagens, posso ouvir seus pensamentos, não se rebaixe.. nunca em sua vida.

Será que ele realmente lê pensamentos?

–Como sabe o que estou pensando?

Questiono aturdida.

–Seus olhos ficaram tristes e ficou olhando fixamente para a pia... só deduzi, pare de pensar nisso ok?

Assinto.

Seus lábios tocam os meus..

É só um roçar e seus dedos fazem um delicioso carinho em meus cabelos.

Suspiro e Arthur aproveita para aprofundar o beijo.. me deixo levar, meu corpo se entrega a ele sem pestanejar...

Assim como meu coração...

Oi lindezas do meu coração...

Não esqueci a estrelinha...

No próximo capítulo é a feira...

Até a próxima.

Beijos de uva.

Yasmin Godoy